Teo Gums – Divulgação
Até o dia quatro de outubro, o cantor e compositor catarinense Assini tinha em sua discografia dois EPs e quatro singles. Juntos, esses lançamentos informaram ao público brasileiro (e diga lá internacional) o que esse jovem artista tem e mente e em alma.
No entanto, hoje é o dia em que Assini dá luz ao EP “broken hearts”, uma coletânea de cinco canções classificadas por ele como “baladas pop”, com letras que viajam pelos mares de tristeza, melancolia e criatividade de Assini. Entre essas faixas, está a gloriosa “dancing alone”, canção lançada pelo músico como single e clipe há alguns meses.
A boa aceitação de “dancing alone” repercutiu na coragem de Assini em lançar “broken hearts”. Segundo ele, o EP é uma compilação de sentimentos vivenciados, em especial, da tristeza presenciada no ano de 2020, que se refere a pandemia.
Vale – e vale muito – pontuar que este arremesso nas plataformas de streaming anuncia a despedida de Assini como compositor de letras na língua inglesa, como uma forma de alcançar mais ouvintes, mas também no desejo de que ele seja melhor compreendido, já que esses ouvintes irão entender perfeitamente sua mensagem.
FAIXA-A-FAIXA (Por Assini)
1 – “i’m sorry, i love you” – A primeira faixa foi também a primeira que escrevi para o projeto. Ela fala sobre alguém que está perdido numa cidade grande, sem rumo e sem casa pra voltar. O amor nunca deu nenhum lar pra essa pessoa.
2 – “rain on us” – Essa música é sobre deixar a tempestade passar para poder aproveitar o arco íris. Às vezes as nuvens carregadas estacionam em nossa cabeça e precisamos ter paciência e encontrar formas de escapar disso.
4 – dancing alone – o single que deu o pontapé inicial para lançar o EP. Uma música com muito sentimento e fiquei muito feliz que mesmo ela sendo fora da caixa conseguiu agradar bastante o público.
3 – “talking to strangers” – Essa é a minha preferida e fala sobre não poder mais conversar com a pessoa que deseja, pois a pessoa está conversando com outras e já virou a página.
5 – hope you’re happy – Considero a mais triste do álbum e ela termina com uma guitarra pesada, então quis que o EP terminasse dessa forma. A letra fala sobre querer que a pessoa que não está mais por perto esteja feliz onde quer que esteja.
Matheus Luzi – Acho interessante você falar sobre essa “indecisão” em
lançar o EP, e como “dancing alone” interferiu nessa decisão.
Assini – É um pouco difícil arriscar em um som que está totalmente fora do top
100 brasil, ainda mais que sou um artista pouco conhecido. Mas o lançamento
do single e o alcance que ele teve me deixou muito confiante em continuar e
finalizar o projeto como um todo.
Matheus Luzi – Que tristeza é essa que tanto influenciou na construção
das músicas de “broken Hearts”?
Assini – Eu sempre fui muito bom em escrever músicas tristes, isso tudo só se
intensificou com o cenário gloabal que vivemos ano passado.
Matheus Luzi – No âmbito musical e de arranjos, o que você traz a mais
de especial para a música indie pop, e para a cena catarinense e sulista?
Assini – Meu trabalho é óriginal, eu me inspiro em vários artistas é claro, mas
acredito que algo em mim soa diferente e eu entrego um conceito super bem
amarrado entre capas, clipes e músicas que vejo poucos artistas da região
fazerem. Eu gosto disso.
Matheus Luzi – Naqueles momentos de criação das músicas do EP, quem
era o Assini artista e o Assini ser humano?
Assini – Assini é meu sobrenome então os dois são um só, o tempo todo. Esse
é meu mundo.
Matheus Luzi – Qual a contribuição de Davi Carturani no EP? Sei que ele
foi fundamental, mas nada como saber de suas próprias palavras.
Assini – Davi é um excelente produtor, na qual produziu Bryan Behr, um artista
incrível que nasceu na mesma cidade que eu, então chegar e produzir com ele
algo totalmente novo foi uma experiencia incrível e acho que o trabalho fluiu
muito bem.
Matheus Luzi – “broken Hearts” tem dois conceitos além da música em si
que chamam a atenção: o preto e branco, e os títulos das canções serem
escritas em letras minúsculas. Qual sua explicação?
Assini – Eu gosto de amarrar tudo, de fechar o conceito em tudo, nos detalhes
principalmente. O que é forte nesse novo projeto é realmente o tom de
minimalismo em tudo.
Matheus Luzi – Porque é este EP é o último que você lança com letras em
inglês? O que vem pela frente em sua carreira?
Assini – Havia um bloqueio enorme ao escrever em português, e de um ano
pra cá as coisas estão fluindo melhor. Eu pretendo lançar um projeto em
português no ano que vem, realmente mergulhar no público mais próximo a
mim, onde literalmente todos entendem o que estou cantando.
Matheus Luzi – Você tem alguma história/curiosidade interessante sobre
o EP que queria destacar?
Assini – A ordem das músicas estão por ordem de escrita, na qual eu escrevi
primeiro até a última do projeto.
Matheus Luzi – Assini, agora deixo você livre para falar o que quiser.
Assini – Eu gostaria de agradecer a todos que colaboram com minha arte de
alguma forma. Sem público a minha arte não faz sentido, e embora seja
extremamente difícil ser independente, estou trilhando meu caminho e muito
orgulhoso da minha caminhada. Devo isso a todos que me ouvem.
FICHA TÉCNICA
Intérprete: Assini
Composições: Assini
Produção musical: Davi Carturani
Instrumentos: Davi Carturani
Local de gravações: Pistache Estudiod
Arte da capa: Kaluan Perreira
Fotos promocionais: Teo Gums
Assessoria de imprensa: Matheus Luzi (Revista Arte Brasileira)
SOBRE O ARTISTA
Sem medo e com muita liberdade, o cantor e compositor catarinense Assini, abre espaço para revelar seus sentimentos mais íntimos, em um mundo cada vez mais violento. Em diálogo com o pop Indie, influenciado pelo rock dos anos 1980 e 90, o músico encontrou o ritmo perfeito para exercer seu ativismo LGBTQ+. “Meu sonho é fazer música pro resto da vida. Isso não significa uma monstruosa fama. Se vier reconhecimento, é incrível também.”
Os primeiros versos de Assini, surgiram aos 13 anos de idade, quando a auto aceitação ainda era uma tarefa difícil e dolorosa. Por viver em uma cidade do interior, com aproximadamente 4 mil habitantes, a resistência contra os preconceitos é diária. E a resposta dele para isso tudo é “Não deixe ninguém te aprisionar. Seja orgulhoso de quem você nasceu para ser”.
Nascido na cidade de Brusque (SC) em 1996, o artista carrega em seu repertório autoral os EPs “Tragic but Magic” (2018), “Gênesis” (2020) e “broken hearts” (2021), sendo que, desses trabalhos, duas delas já foram presenteadas em forma de clipe. Segundo suas próprias palavras “Esses primeiros lançamentos foram um teste, para encontrar o próprio sentido da minha sonoridade”.