25 de março de 2025

Gustavo Spínola e seu “retrato musical”

Inspirado, a pandemia foi para Gustavo Spínola o passo para pensar, gravar e lançar o seu novo EP, o querido e agradável “Retrato”. De cinco faixas autorais e duas regravações, o pequeno álbum vem da ideia de reunir canções sobre as caminhadas do artista. Mesmo desmotivado, sentiu a necessidade de produzi-lo.

Apesar das várias temáticas de “Retrato”, o EP tem algo que o torna uma coisa só. “Pensei em um paralelo da canção com a fotografia. As duas têm o poder de nos levar para lugares e momentos, às vezes esquecidos, de nossa memória. Cada faixa do EP tem uma grande importância para mim nesse sentido.”, explica Gustavo.

A sonoridade parece acompanhar o cotidiano do artista, que vive em uma chácara com seus familiares mais próximos. Isso porquê os arranjos e o canto têm cheiro de campo, são simplistas e genuínos, de fácil digestão. Violões, violinos, viola, cello, piano e vocais presentes nas gravações tornam ainda mais “Retrato” um trabalho de brilho, diferenciado, inesperado.

A seguir, você saberá um tiquinho a mais sobre cada música do EP.

Faixa a Faixa (nas palavras de Gustavo Spínola)

Paná  Canção composta por mim em parceria com a Mara Rita Oriolo, surgiu inicialmente quando fui convidado para fazer a trilha de espetáculo infantil chamado “O Casulo” – da Cia Art Móvel. O roteiro é baseado na relação da perda para uma criança que tem uma uma lagarta, que vira uma borboleta e se vai, enquanto sua avó adoece.

Quando li o roteiro me veio o refrão: “Sempre com o vento a me guiar, bordando o céu vou alcançar, um lugar que é meu. Quiçá nos olhos teus ficar…”

Tempos depois senti a necessidade de compor uma parte A para fechar a canção. Liguei para a Mara, contei essa história e ela, super sensível me respondeu com os dois versos. A canção estava pronta!

Estações – Outra parceria minha com a Mara. Compus a melodia e harmonia, enviei para ela e pedi pra me dizer o que sentia com a música. 

Ela me disse que sentia uma música leve que a levou para sua história com seu parceiro. Então pedi pra ela descrever isso na canção. 

Assim que escrevi o arranjo, convidei minhas amigas Denny Cristina, Lariene Prata e Rebeca Oliveira para formarem o coro que vem junto comigo na canção desde o início.

Retrato – O EP não leva o nome dessa canção por acaso. Essa faixa 

é muito importante pra mim. Ela demonstra o que eu vivo aqui com minha família, com a mesa sempre cercada por pessoas queridas que espantam qualquer tristeza.

E também eu assino o arranjo pro quarteto de cordas. É o único que escrevi pro álbum, os outros são do amigo Álvaro Peterlevitz. 

Vieste – Obra prima de Ivan Lins e Vítor Martins. Escolhi essa canção em agradecimento ao Ivan Lins, com quem tive a honra de dividir o palco junto com a Orquestra Filarmônica de Rio Claro, em um dos dias mais mágicos da minha vida.

Abra Os Olhos – Canção que surgiu no início da pandemia. Quando estávamos todos confusos com o que estaria por vir. Tudo parecia nos levar para baixo e senti que precisaríamos de um pouco de coragem!

Um Pequeno Imprevisto – De Herbert Vianna e Thedy Corrêa, foi gravada no álbum “9 Luas” dos Paralamas. Ouvi muito esse disco durante minha adolescência e essa é uma das minhas preferidas. 

Clarear – Os meus filhos e as crianças que chegam à minha volta me inspiram muito. Clarear surgiu quando recebi, quase que simultaneamente, a notícia de que os bebês Arthur e Clara estavam a caminho – e que seríamos tios novamente.

Quem é ele?

Gustavo Spínola tem 44 anos, nasceu e vive em Americana, interior de São Paulo. Na música desde criança, se formou em programação visual e em Canto Popular, pelo Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, de Tatuí. Além disso, teve o maestro Cláudio Leal Ferreira como mestre, responsável por refinar seu olhar para a música.

instrumentista, cantor, compositor e arranjador, Gustavo já participou de vários grupos. Na carreira solo desde 2016 quando lançou o disco “Mares, Rios”, tem disponível em seus perfis nas plataformas de streaming três álbuns e quatro singles. Seus trabalhos foram elogiados por artistas referências, como Guinga, Rosa Passos e Ivan Lins.

Suas letras são autobiográficas, uma vez que histórias vivenciadas são retratadas em suas canções, e quase-biográficas quando se trata de acontecimentos à sua volta. Gustavo mora em uma chácara com sua família, algo genuíno que transparece em sua poesia e sonoridade.

Ficha técnica de “Retrato”

Voz/ Violão – Gustavo Spínola

Violino 1 – Álvaro Peterlevitz 

Violino 2 – Fábio Engle

Viola – Jonas Góes

Cello – Cristina Geraldini 

Piano – Denis Talasso 

Programações e percussão – Hélio Cunha

Violões – Bruno Piapara

Vozes – Rebeca Oliveira, Lariene Prata, Denny Cristina

Participação – Eddie Fernan (na faixa Paná)

Engenheiro de Áudio Jean Dealfiori

Microfones – Nano. B – Studio & Production 

Mixagem – Hélio Cunha

Masterização – Gargel Mastering – Maurício Gargel

Produção musical – Gustavo Spínola

Arranjos – Álvaro Peterlevitz e Gustavo Spínola

Imagens – Direção, Captação e Edição –  Laio Carvalho

Diretor de Fotografia – Patrik Alves

Foto da Capa – Marcos Misturini

Comunicação Digital – Tielle Mello

Assessoria de Imprensa – Tudo Em Pauta

Distribuidora – Tratore

Empresariamento Artístico – Carlos Costa e Sérgio Chimite

FONTES

– Entrevista com Gustavo Spínola

– Release da assessoria de imprensa

CRÉDITO DA FOTO DE CAPA

Marcos Misturini

LIVE BRASILEIRA #5 – O “coração solteiro” do sertanejo Vitor Leite e a MPB “encante-se”

A edição do dia 9 de junho de 2022 recebeu dois cantores-compositores mineiros, de gêneros musicais distintos. Essa foi uma.

LEIA MAIS

As tradições culturais do Pará e de Minas Gerais se encontram na banda Tutu com

Bruna Brandão / Divulgação Apesar do disco de estreia ter sido lançado em novembro de 2021, a banda Tutu com.

LEIA MAIS

CONTO: O Grande Herdeiro e o Confuso Caminhoneiro (Gil Silva Freires)

Gregório era o único herdeiro de um tio milionário, seu único parente. Não tinha irmãos, perdera os pais muito cedo.

LEIA MAIS

“Sertão Oriente”, álbum no qual é possível a música nordestina e japonesa caminharem juntas

A cultura musical brasileira e japonesa se encontram no álbum de estreia da cantora, compositora e arranjadora nipo-brasileira Regina Kinjo,.

LEIA MAIS

Muitos artistas querem o mercado; Tetel também o quis, mas na sarjeta encontrou sua liberdade

Tetel Di Babuya — cantora, compositora, violinista e poeta — é um projeto lançado por uma artista do interior de.

LEIA MAIS

É tempo de celebrar o folclore brasileiro (Luiz Neves Castro)

FOLCLORE BRASILEIRO – Em agosto, comemoramos o Mês do Folclore no Brasil com a passagem do Dia do Folclore em.

LEIA MAIS

Existe livro bom e livro ruim?

Muitos já me perguntaram se existe livro bom e ruim, eu costumo responder que depende. Se você leu um livro.

LEIA MAIS

Podcast Investiga: Quem foi o poeta Augusto dos Anjos? (com Augusto César)

O 9º episódio do Investiga buscou informações sobre os principais pontos da trajetória pessoal e profissional do poeta brasileiro Augusto.

LEIA MAIS

Resenha do filme “O Dia em que Dorival Encarou o Guarda”, de 1986 (por Tiago

Olá a todos! Feliz ano novo! Vida longa e prospera! Bom, a primeira obra do ano se chama “O Dia.

LEIA MAIS

Artistas destacam e comentam álbuns de 2023 e de outros anos

Sob encomenda para a Arte Brasileira, o jornalista Daniel Pandeló Corrêa coletou e organizou comentários de onze artistas da nova.

LEIA MAIS