Nascido em 1997, filho de batuqueira, Rafael Balla foi criado com tambores nos Carnavais da cidade, tocando desde criança em muitos blocos e diversos movimentos de cultura popular no Rio de Janeiro, como blocos de maracatu e o afoxé Filhos de Gandhi. Até os 19 anos, se desenvolveu como baterista, acompanhando peças de teatro e artistas como Eduardo Braga e Simone Miranda.
Porém, o desenvolvimento como compositor desencadeou a criação de projetos que dessem vazão ao seu idealismo e sentido estético: a auto mar, sua nave-mãe, que se prepara para lançar o primeiro álbum em 2020, o Balla e os Cristais da Decepção, projeto de rock debochado, suingado e irreverente, e o álbum solo ‘Balla’, lançado em 2019.
O ÁLBUM
Concebido e gravado ao longo de 2018, no Estudio Mira (RJ), com produção de Rafael Balla e Rodrigo Miguez, a obra é uma criação coletiva de mais de 20 musicos, em 8 faixas compostas por Balla entre os anos de 2015 e 2017.
A intenção era criar um neo-pop tropicalista, antropofágico, criando nas faixas encontros de musicalidades diferentes, em disposições diferentes, com o intuito de trazer alquimias, cheiros e cores das mais diversas e inesperadas.
BOM SABER
(Retrato do músico Rafael Balla – Assessoria/Divulgação)
Pedro Amparo, percussionista de artistas como Mahmundi e Mateus Carrilho, e amigo de longa data, desde os tempos de Carnaval, foi o responsável por materializar outro desejo do artista: que esse trabalho fosse totalmente percussivo, sem qualquer tipo de timbragem eletrônica, mas sem recair sobre padrões rítmicos usuais.
Ou seja, que a abordagem da percussão no álbum fosse encarada sob perspectivas rítmicas novas: não fosse samba, não fosse xote, não fosse frevo, fosse tudo junto. Como a música brasileira é, tropicalista, antropofágica, misturada e única.
Participam do disco também artistas como Eduardo Santana (Jesuton, Afrojazz), Antonio Neves (Ana Frango Elétrico, Vovôbebê), Paulo Emmery (Laura Lavieri, Beach Combers), dentre outros.