Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 113ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Borderline Cowboys – “Tear in his beer” – (Suécia) – [MINI ENTREVISTA]
– Em linhas gerais, o que é esta música? Esta é uma música sobre ter o foco errado na vida, sobre correr atrás do dinheiro. Sobre como você pode acabar sozinho se não investir em seus relacionamentos.
– O que diz a letra da música e qual sua mensagem? Como a maioria das canções do Boderline Cowboys, a letra é bastante simples e com um pequeno vislumbre das banais canções country do velho oeste.
Mas ainda assim é um assunto sério e a mensagem para o mundo é: Cuide de quem você ama ️ e não haja bolsos na sua última camisa.
– Há alguma ligação desta música com a cultura musical sueca? Acho que essa música não tem nenhuma relação com a cultura sueca, é uma tentativa de fazer uma típica música country americana, mas com um pouco de brilho nos olhos.
– Há alguma história ou curiosidade interessante sobre este lançamento? É muito difícil fazer essa análise das minhas letras. Eu normalmente escrevo minhas letras muito rápido e elas simplesmente vêm até mim. É apenas rock’n roll
Mais músicas virão em um futuro próximo!
Respostas Borderline Cowboys
Gata Galactica – “Septiembre” – [MINI ENTREVISTA]
– Qual é o tema da música, o que você diz nela? O tema da música é introspecção e nostalgia. Está muito alinhado com a estação do outono e com os sentimentos que a mudança para uma estação mais escura e fria pode trazer. À medida que os últimos raios do verão brilham em sua pele, você pode sentir o ar frio e intenso alertando seus sentidos de que a mudança está chegando. O movimento gradual em direção aos dias mais escuros do inverno e a retirada do calor levam você a ficar mais dentro de casa e a buscar o conforto de estar aquecido e aconchegante.
Embora seja uma música instrumental, os instrumentos contam a história da viagem que todos fazemos com a mudança das estações e como este retiro físico para dentro de casa também pode inspirar uma oportunidade de olhar para dentro de si para descobrir o que realmente importa. É uma questão de reflexão, mas também de nostalgia, como as lembranças dos dias quentes e despreocupados de verão que podem começar com emoção e parecer que nunca vão acabar.
– Essa música nasceu como? A música surgiu nos primeiros dias da banda. Foi o resultado de uma jam session improvisada quando a banda estava nascente e descobrindo o som que se tornaria o Gata Galáctica. O título Septiembre é uma referência à época em que a música nasceu, em setembro de 2021. Isso foi logo depois que os bloqueios de 2020 foram afrouxados, pouco mais de um ano após o início da pandemia global. Ainda havia um sentimento de vulnerabilidade e esperança que permeava a música.
A melodia principal da guitarra foi criada pelo guitarrista/baixista Dylan Illseng que teve uma ideia de acompanhamento rítmico para ela. O refrão da música realmente surgiu como um esforço de grupo e girou em torno de uma batida estilo reggaeton que o baterista Chris Torres estava experimentando. No estúdio, a música tomou nova forma com elementos adicionais de rhodes e órgão, juntamente com a harmonia vocal que completou a peça como você a ouve hoje.
– Que referências temos nesta música? A música faz referência a uma variedade de influências. A introdução da música tem uma vibe shoegaze melancólica que vem com a interação dos dois riffs de guitarra e uma batida de bateria emparelhada. Uma vez que a música chega ao verso principal, ela lembra o funk tailandês combinado com o blues do sul. A música entra no território do reggaeton/dembow no refrão com os ritmos da bateria, enquanto mantém sua sensibilidade do indie rock e, finalmente, é envolvida por um tom comovente que se resolve no verso.
O final da música fica muito brilhante e quase tropical com um transe onírico que se segue à melodia desenvolvida da guitarra. No geral, é uma ótima representação da diversidade de influências da banda. Todos os membros vêm de diferentes origens, incluindo metal, jazz, funk, garage e new wave. Você pode sentir o ritmo pulsante do refrão com fortes influências latinas que é contrabalançado pela vibração do indie rock com um toque cinematográfico funky.
– O que essa música diz sobre sua carreira? A música realmente serve como um espelho e um lembrete de onde viemos, não apenas como banda, mas como indivíduos na vida. Durante nossas apresentações ao vivo, sempre chamamos isso de slow jam e encorajamos o público a fazer uma conexão na multidão com aqueles com quem veio ou com uma nova pessoa. Acho que isso reflete o espírito da banda no sentido de que, em última análise, queremos unir as pessoas através da música e fazê-las se unirem com um entendimento mútuo de que estamos todos juntos nisso.
Septiembre nos mostra um ponto em que pegamos uma ideia desde o início e a desenvolvemos totalmente em uma peça que conta uma história, evoca emoções e alcança uma conexão com nosso público. Isso mostra a amplitude do som da banda e embora Gata esteja firmemente enraizado na música latina com músicas mais dançantes, Septiembre mostra que amamos uma variedade de músicas e oferecemos ao nosso público para curtir conosco.
Respostas da baterista Chris Torres
Connor Roff – “Somewhere Green” – (Canadá)
O cantor e compositor canadense Connor Roff, com nacionalidade inglesa, faz em sua nova canção, “Somewhere Green”, um desabafo sobre nossa desconexão com a mãe natureza, em especial se refere ao mundo ocidental: capitalismo corporativo, colonialismo e ganância humana. Com produção de James Turner, a canção é uma das faixas do novo álbum do cara, cujas as outras faixas, em sua maioria, foram inspiradas pela natureza. Escute, o encanto é inevitável.
Thanks Light… – “I Am Fire” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Em termos gerais, que música é essa? “I Am Fire” é uma música que tem um duplo sentido gigante. A letra da música tem dois significados. Um significado é sobre uma pessoa que é tóxica e deseja que as pessoas fiquem longe, principalmente no que se refere a amantes. O segundo significado é o literal. Que o narrador é um verdadeiro incêndio. Então, há personificação nessas letras também.
– O que inspirou a criação desta música e como foi esse processo? Acordei depois de um encontro muito ruim e escrevi essa música sobre mim.
– O que você acredita que trouxe de novo musicalmente? Acredito que o duplo sentido é uma forma de arte perdida nas letras das músicas. Frequentemente uso duplo sentido em nossas músicas. A sutileza é uma arte perdida hoje em dia.
– Qual é a ligação entre esta música e a cultura e música norte-americana? “I Am Fire’‘ possui uma paleta sonora fortemente inspirada no som western americano.
Respostas Thanks Light/Zane
Kramer – “Sitting Alone In Carmel” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– O que é esta música? E como foi seu momento de composição? Escrevi isto a caminho de casa depois dos Grammys, em fevereiro de 2023, e parei na costa central da costa central da Califórnia para uma pausa de um dia. Durante a maré baixa, caminhei até bem longe, onde as marés vivas podem facilmente matar-nos se não tivermos cuidado.
A minha primeira ideia foi cantarolar uma melodia (o riff do piano).
melodia (o riff do piano) no meu telemóvel. Ao ouvir as ondas poderosas a bater e a maré a subir, lembrei-me lembrei-me do perigo iminente que poderia estar a correr e voltei para a costa. No caminho de volta, fiz o paralelo entre as poderosas ondas do oceano que podem facilmente destruir o mais forte mais forte do ser humano, com o ódio feio, muitas vezes motivado pela raiva e alimentado por algoritmos, que vemos no meu país a cada ciclo eleitoral.
– Qual sua mensagem ao mundo? As palavras são um apelo às pessoas para que pensem por si próprias e não permitam que a curadoria automatizada de conteúdos automatizada de conteúdos lhes tolde o discernimento, crie medo, crie raiva e, em última análise, crie conflitos físicos sob a forma de tiroteios em massa, crimes de ódio e afins. Espero que a mensagem seja ouvida.
– Fales sobre a sonoridade. Depois de definir o conceito da música, pedi a alguns amigos para me ajudarem a terminar a música. Mas eu compus a peça inteira mas a malta deu-lhe um acabamento polido, sem dúvida.
Alex Brinkman – violoncelo
Dane Zone – bateria
Brandon Meeks – baixo
Benjamin Tierney – engenharia
Kramer – piano, vocais, palavras, composição
– Há alguma curiosidade sobre o lançamento? Depois de terminado o instrumental e gravado o registo principal, remisturei-os usando o meu sampler para as faixas chamadas “Free” e “Alignment”.
Respostas Kramer