Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 118ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Trópico – “Infinito Abuela” – (Alemanha) – [MINI ENTREVISTA]
Em termos gerais, que música é essa? A música é um bambuco, gênero dos Andes colombianos, que respeita a percussão da bateria, as guitarras e o baixo do gênero original. O resto são as melodias da voz e os sons eletrônicos dos sintetizadores e batidas, que dão um novo ar à música. É uma fusão entre tradição e eletrônica que resulta nesta música.
Como e por que essa música surgiu? A música surgiu como uma homenagem à minha avó, que faleceu muito antes de compô-la. Minha avó era camponesa, e isso não só reflito no gênero que escolhi para a música, mas também na letra, que fala de uma mulher que sempre cozinhou para muita gente, que fumava o dia todo, que respondia com pedidos populares. sabedoria para cada situação. Eu queria capturar tudo isso na composição. No final há um solo de clarinete, que é uma licença de liberdade para toda a música, mais como uma festa do que como uma tragédia, depois que ela partiu.
Como você descreve musicalmente esse lançamento? O lançamento desse single foi em janeiro, após lançarmos em dezembro nosso vídeo e faixa Olelé – que é uma música de festa, de boas-vindas ao Natal. Vovó é início de ano no inverno alemão, que é onde moro. É um tema para refletir, para sentar e ouvir, não para dançar, na minha opinião.
O que a capa representa? Ao procurar a capa, não encontrei uma foto da minha avó com a qualidade que eu precisava. Mas tenho muitas fotos da minha mãe. Aquela foto que ficou para capa é da minha mãe, em sua casa de campo, brincando com meu filho, ou seja, seu neto. É o testemunho de três gerações. Minha mãe é a nova avó da família. É por isso que ela ficou. A foto passou por um processo de aquarela, para parecer um desenho, mas as formas eram igualmente reconhecíveis, assim como o bambu se funde com a música eletrônica.
Há alguma história ou fato interessante sobre esse lançamento que você gostaria de destacar? A base musical da canção (harmonia e melodia) tem mais de dez anos e há gravações da música em formato acústico, apenas com eletrônica e com três cantores diferentes. Trópico infinito existe há dois anos e essa é a primeira música que trabalhamos, e são cerca de quinze versões da música.
Respostas Trópico
LORENZO BUHNE – “A Cradle Song” – (Nova Zelândia) – [MINI ENTREVISTA]
– O que é essa música? Uma música para todos os cuidadores de crianças do mundo.
– O que você canta nos versos? Essa música é sobre alimentar seu filho ou filhos com amor e imagens de bem-estar.
Dar-lhes segurança e proteção enquanto dormem.
– Qual é a sua mensagem para o mundo? Ame “todas” as crianças incondicionalmente, e o mundo será melhor
– Em que situação e por que essa música surgiu? Ganhei de presente um livro de poesias de William Blake (1757 – 1827) e me apaixonei pelas
pelas ideias e palavras. Isso me inspirou a compor músicas para vários desses poemas.
– Há algo nesse lançamento que você queira destacar? O amor, a paciência e a compaixão.
Respostas LORENZO BUHNE
Kellie Loder – “When We Kiss” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– Que música é essa, resumindo? A noite mais romântica da minha vida. Eu me encontrei em Signal Hill com alguém que acabei de conhecer naquela noite, olhando as luzes da cidade, os olhos dela, e tendo o melhor. Beijo. Sempre. (também conhecido como vários beijos). Escrevi no dia seguinte ao ocorrido.
– Indo mais fundo, o que diz a letra? Honestamente, é apenas uma música sobre estar tão apaixonado por alguém que o mundo parece desaparecer quando você a beija, daí “When We Kiss”.
– Em que situação nasceu esta música e como foi esse momento? Pode ter sido a música mais fácil que já escrevi. Eu a escrevi na mesa da minha cozinha em St. John’s no início de setembro de 2017. Tenho tocado ela em shows ao vivo pelo que parece uma eternidade e agora ela finalmente estará disponível em um álbum. O que realmente se destaca na produção para mim é o vocal. Aqui está uma história! Durante a gravação com Cory Tetford (produtor principal), estávamos gravando um scratch vocal (vocal guia) para ajudar no processo e posteriormente gravaríamos os vocais finais no final assim que a instrumentação estivesse construída. Portanto, eu realmente não me importei com o som do vocal guia. Lembro-me de sentar, me curvar e me inclinar para o microfone (o microfone nem estava na altura da minha boca) para gravar o vocal guia. Eu não estava cantando baixinho e mal fazendo esforço porque não precisava. Não era algo que iríamos manter de qualquer maneira. Acontece que, depois de ouvir o vocal guia com a música que construímos, a entrega vocal sem esforço era exatamente o que essa música precisava. Portanto, mantivemos o vocal sem esforço como vocal final. Foi um acidente muito feliz e engraçado, pois ainda posso me ver curvado no microfone, quase sussurrando.
– Há algo neste lançamento que você queira destacar? Muitas das músicas que escrevo vêm de um lugar caótico, mas geralmente com a opção de calma. Nunca fui do tipo que conduzia meus ouvintes por um caminho de “esta é a minha vida agora e é por isso que é difícil” sem lhes dar um lampejo de alívio. Gosto de criar caminhos fora da estrada difícil que possam levar a um lugar mais leve. Chame-me de otimista, eu acho. Essa música, entretanto, é toda arco-íris e borboletas, o que raramente acontece comigo e com minha escrita, mas realmente gosto de estar naquele lugar.
Respostas Kellie Loder
Flora Cash – “Baby I Love You” – (Suécia) – [MINI ENTREVISTA]
– Que música é essa, resumindo? Ultimamente, nos encontramos inesperadamente atraídos por uma abordagem metamoderna em nossas composições. Parece ser uma progressão natural do nosso pensamento. Através dessa lente, Baby I Love You explora um conceito de amor que não precisa de razões ou explicações. Dos mínimos aos máximos, simplesmente é. É confuso e confuso. E às vezes não fazer sentido faz mais sentido.
– O que você canta nos versos? Essas letras refletem nossa devoção inabalável e crença em nosso amor, apesar das dificuldades que enfrentamos. Expressam a vontade de continuar a jornada juntos e a forte crença de que o amor nem sempre exige um motivo ou justificativa específica.
– Musicalmente, como você descreve isso? Nesta faixa estamos misturando diferentes estilos de uma forma que pareça adequada à mensagem que estamos transmitindo. A performance do pedal steel de Dakota Holden adiciona um sabor country único, mas a música não se enquadra em um único gênero. É diferente de muito do que fizemos nos últimos anos, com uma sensação mais brilhante e otimista que foi uma surpresa até para nós.
– Há algo neste lançamento que você deseja destacar? Principalmente, esperamos que seus leitores gostem da faixa. Obrigado novamente por nos receber aqui.
Respostas Flora Cash
Bella Brown & The Jealous Lovers – “Living Proof” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Em linhas gerais, que música é essa? “Living Proof” é nosso mais novo single. É um single digital lançado em 12 de janeiro e é um precursor de nosso LP completo intitulado “Soul Clap”, que será lançado em vinil de 12′, CD e digitalmente em 2 de fevereiro pela LRK Records (Reino Unido).
– O que inspirou a criação desta música e como foi esse processo? Na verdade a inspiração foi apenas criar algo que fosse positivo e divertido. Algumas das outras músicas do LP “Soul Clap” mergulham em questões mais pesadas. Historicamente, a música tem sido um excelente meio para o fazer, e é importante que a tradição continue, mas por vezes a vida deve apenas ser celebrada. “Living Proof” pretendia ser apenas uma expressão alegre de vida e individualidade.
O processo não foi excessivamente difícil, nem qualquer conceitualismo arrojado. Nós apenas encontramos um ritmo e escrevemos o que sentimos, ou realmente encontramos. Compor é assim. Claro que você está criando algo, mas o processo parece mais uma descoberta. Como se você estivesse encontrando músicas que já estão por aí.
– O que você acredita ter trazido de novo musicalmente? Somos uma banda retrô de soul/funk. O que significa que estamos propositalmente fazendo música que pretende evocar sonoramente outra era. Especificamente soul e funk das décadas de 1960 e 70. Dito isto, não somos os mais puros e estamos fazendo isso da nossa própria perspectiva. Quando você pensa sobre isso, a perspectiva é uma das qualidades mais únicas que os seres humanos possuem. Só precisa ser expresso honestamente, e se um músico está fazendo isso, acho que ele pode ressoar. Coisas que ressoam sempre parecem novas e atemporais. Agora, estamos realmente conseguindo fazer isso? Isso cabe aos ouvintes decidir.
– Qual é a conexão entre esta música e a cultura e música norte-americana? Esta é fácil! Como mencionei anteriormente, ” Bella Brown & The Jealous Lovers” é uma banda retrô de soul/funk. Portanto, “Living Proof” está muito alinhado com essa estética. É uma mistura de elementos de funk, soul e dança dos anos 70. Esses gêneros musicais são sinônimos da cultura norte-americana.
Eu cresci em Chicago, e o resto da banda também vem de cidades dos Estados Unidos. Enquanto todos nós vivemos e criamos em Los Angeles agora, todos nós crescemos nesta cultura e com esta música. Nossa conexão com isso é que somos essa cultura.
Respostas de Bella Brown