12 de setembro de 2024
Além da BR

Playlist “Além da BR” #133 – Sons do mundo que chegam até nós

além da br

Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.

Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 133ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.

John Orpheus – “Get Right!” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]

Sobre o que é a música? É sobre ousar sentir-se bem, independente do que esteja acontecendo no mundo. Nós escolhemos como nos sentimos. Nós decidimos quem desejamos ser.

Indo mais fundo, o que dizem as letras? A letra fala sobre uma garota que não tem certeza, mas quer ter certeza. A letra é um pedido de sua amante para que ela “não brinque comigo”, porque só ela “sabe como é”. Ele quer que ela não tenha medo de reivindicar o que quer: se sentir bonita, se sentir adorada, se acertar.

Como nasceu essa música e como foi esse momento? Meu baterista Adam estava se aquecendo no estúdio e eu escrevi o refrão na batida que ele estava tocando e essa se tornou a música. Era descolado e otimista e foi assim que a letra saiu.

Há algo neste lançamento que você gostaria de destacar? A alegria é contagiante. Na luta para sermos livres, dançando, cantando, a música é onde experimentamos pela primeira vez a liberdade pela qual lutamos.

Respostas John Orpheus

Harry Eucrow – “Necrophiliac Blues” – (Dinamarca) – [MINI ENTREVISTA]

Em resumo, o que é esta música? Necrophiliac Blues é a terceira música de nosso novo EP, Songs of Death & Wine. É uma música que eu tinha há muito tempo, mas que nunca funcionou antes de eu montar a banda.

Qual a mensagem desta música ao mundo? É uma música sobre o tipo de desespero silencioso em que você pode se encontrar quando está sozinho. Entregando seu corpo aos prazeres superficiais, incapaz de se envolver com as pessoas ao seu redor. Prostituindo-se pelo simples calor do corpo de outra pessoa, incapaz de deixá-la saber que você não está realmente lá.

Como e por que esta música surgiu? Escrevi essa música em um período sombrio da minha vida, quando procurava desesperadamente maneiras de me manter vivo e à tona. Eu estava à deriva entre os bares, fazendo o papel de um guitarrista charmoso e solitário. Mas, no final do dia, quando as luzes se apagavam, eu não conseguia estar presente com outras pessoas – eu me tornava uma espécie de cadáver ambulante, procurando roubar o calor dos outros para obter uma dose rápida.

Musicalmente, como você a descreve? Tentamos fazer com que soasse como alguns dos Weird Blues e sons punks que gostamos – e especialmente nosso produtor Lucas Delacroix. Tom Waits, The Stranglers, Nick Cave. Tornando-o ao mesmo tempo íntimo e distante, áspero e um pouco errado.

O que ela diz sobre seu país, Dinamarca? A Dinamarca é um país frio e chuvoso, onde muitas vezes não sabemos como nos relacionar uns com os outros. Somos um povo solitário, em sua maioria, vagando em busca de conexões que não conseguimos criar sozinhos.

Respostas Harry Eucrow

Calgary James – “Music Is The Way”[MINI ENTREVISTA]

Resumindo, que música é essa? Esta música é uma ode edificante e inspiradora ao poder transformador da música e do amor. Captura a essência de encontrar o próprio caminho e a coragem através da linguagem universal da música, celebrando como as melodias e os ritmos podem nos guiar de volta a nós mesmos e uns aos outros. É sobre a descoberta do amor como a canção definitiva, uma melodia procurada por todos.

O que dizem as letras e qual é a sua mensagem? As letras tecem uma narrativa sobre a jornada de encontrar o caminho de volta à esperança e avançar para novos começos, usando a música como guia. Eles falam da conexão inata da alma com a música e de sua capacidade de transmitir e evocar emoções profundas. A música ressalta a ideia de que através de cada batida e nota podemos encontrar um caminho a seguir, abraçando a coragem e o amor. É um hino para quem busca redescobrir a si mesmo e ao amor que o rodeia.

Musicalmente, como você descreve isso? Musicalmente, a música pode ser descrita como uma exploração melódica e harmônica, misturando elementos do pop com ritmos comoventes e edificantes. Provavelmente apresenta uma faixa dinâmica de versos suaves e introspectivos a um refrão poderoso e hino que captura o espírito de encontrar e seguir em frente com coragem. A instrumentação, embora não descrita, pode incluir piano ou violão para conduzir a melodia, com um rico cenário de cordas ou sons eletrônicos para adicionar profundidade e emoção.

Qual é o simbolismo da capa? A arte da capa, com imagens minhas no estúdio de gravação, simboliza profundamente a jornada íntima e pessoal da criação musical. Ele destaca o processo autêntico por trás da criação da música, desde a emoção crua da performance até os aspectos técnicos da produção. Esta escolha de imagens reflete a mensagem da música sobre o poder transformador da música e o seu papel como meio para expressar e navegar pelos nossos sentimentos e experiências mais profundos. Sugere um vislumbre dos bastidores da arte e da dedicação pessoal envolvida em dar vida à música, reforçando a ligação entre o artista, a música e o ouvinte.

Há alguma curiosidade sobre esse lançamento que mereça destaque? Esta é a primeira vez que utilizo o poder de um estúdio de gravação profissional com meu próprio processo de produção de mixagem/masterização.

Respostas Calgary James

Alex Sandra“What if?” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]

Qual é o nome da música? Em 22 de março, lancei meu novo single pop punk chamado What If.

O que os versos dizem e qual é a mensagem deles?

Como eu poderia prever isso

Tentando ver por que não me encaixo na imagem

Eu não sei quem eu vejo

Toda vez que me olho no espelho

A pressão

é pesada

Agora estou tentando tirar o peso de cima de mim

Estou ansioso

E não consigo respirar

Como se as paredes estivessem se fechando ao meu redor

O ano passado foi incrivelmente desafiador para mim, tanto mental quanto fisicamente. Infelizmente, encontrei-me em um lugar muito sombrio depois de ser diagnosticada com depressão pós-parto grave. Senti-me profundamente solitária e isolada com minhas dificuldades. Parecia que nada mudaria e que eu ficaria presa na miséria para sempre. Além disso, eu tinha muita vergonha de pedir ajuda. Esse verso me descreveu como alguém que perdeu sua identidade e esperança.

Como e por que essa música surgiu? Quero dar voz ao problema da depressão e criar uma comunidade em que as pessoas possam compartilhar suas dificuldades com segurança, sem medo de julgamento

Musicalmente, como você a descreve? É uma música enérgica, mas triste. Tentei manter os versos um pouco mais suaves; eu queria contar a história. Os refrões são poderosos e altos.

Respostas Alex Sandra

Cay Taylan“Happiness” – (Austria) – [MINI ENTREVISTA]

O que é esta música, em resumo? felicidade é uma canção sobre a beleza da própria vida.

Aprofundando, qual sua mensagem ao mundo? Aproveite a vida, curta o mundo, dance o máximo que puder, cante o dia todo.

Em qual situação esta música nasceu e como foi este momento? a ideia para essa música tem cerca de dez anos. Tudo começou no meu estúdio em Viena. Primeiro veio um groove brasileiro, a última parte são os vocais, que foram gravados ainda este ano na Turquia.

Você teve como referência a música brasileira, como isso aconteceu? adoro música brasileira desde minha juventude. não me lembro da minha primeira experiência com música brasileira, mas coleciono música brasileira desde que compro discos de vinil…

Qual a relação desta música com a cultura e música da Áustria? a música é uma linguagem universal para mim. eu ouço música de todo o mundo, e toda essa música influencia minha música. A Áustria é minha casa e influencia minha vida e também minha música.

Respostas Cay Taylan

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.