Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 146ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Chauffeur et Parlak – “Vermilion Heart” – (Suíça)
Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?
Com esta música a gente faz outra viagem para o sul ao longo ao litoral, onde as ondas alisam a areia e o horizonte de nuvens passageiras desaparece.
Aqui floresce o coração vermelhão que se gira em torno de nós até afundamos no nosso próprio barulho pulsante.
O que você diz na letra e qual a mensagem da música?
Se trata de uma peça instrumental. A mensagem está além daquilo que queremos ou podemos expressar com palavras. Procuramos criar atmosferas que evoquem memórias de momentos e sentimentos.
Qual a fonte de inspiração desta música?
A nossa saudade de criar e desenvolver uma própria paisagem sonora e a nossa paixão pelos instrumentos extraordinários, ritmos latinos, guitarras chicha e sons esféricos.
Qual a proposta do videoclipe?
O videoclipe tenta contar uma história mostrando imagens que tenham algo a ver com o sentimento da música. É sobre estar em movimento, sobre o ambiente à beira-mar, sobre a procura de algo que só encontramos dentro de nós.
O que esta música diz sobre seu país, a Suíça?
A música tem menos a ver com a Suíça e mais a ver com as nossas histórias pessoais e o nosso passado compartilhado em vários conjuntos na área da música alternativa cinematográfica e garage rock.
Respostas de Chauffeur et Parlak
Alex Valojah – “Les loups” – (França)
Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?
Depois dos dois primeiros títulos “LONG TIME” e “YOUR EYES”, queria revelar uma música em francês e enviar uma mensagem. Desde o início dos tempos, o homem tem sido o seu próprio predador, talvez seja hora de aprender lições do passado e mudar as coisas. É com esta convicção que canto esta canção. Neste título, LES LOUPS (os lobos) representam todos aqueles homens que não têm piedade dos seus semelhantes, desde que satisfaçam os seus próprios interesses.
Você traz alguma mensagem ao mundo com esta música?
Esta música contém uma mensagem forte para o mundo inteiro. Os seres humanos estão em conflito desde a sua criação por motivos fúteis: diferença de religiões, diferença de cores, busca de poder ou sede de dinheiro. Em 2024, as guerras ainda eclodem em todo o mundo e eu queria transmitir uma mensagem de paz ao mesmo tempo que denunciava o absurdo da raça humana.
Esta música contém uma mensagem forte para o mundo inteiro.
Sou muito sensível e empático. Infelizmente, basta acompanhar as notícias para se inspirar em todas as coisas negativas que acontecem em nosso planeta.
Quanto à música, sempre construo minhas peças a partir de alguns acordes de root reggae com a ajuda do meu guitarrista Romain Claudel. É então o meu engenheiro de som e baixista Dorian Maddaluno quem arranja as peças com sonoridades e uma visão mais moderna do reggae. Isso dá uma bela mistura
Quais referências musicais temos nela?
Inspiro-me no reggae de raízes que ouço desde a infância e ao qual gosto de acrescentar um toque de melancolia dependendo do tema abordado. O reggae é ótimo para isso porque você pode falar sobre assuntos sérios contra um fundo musical bastante animado. Gosto de música que toca o coração e faz pensar, Bob Marley era muito bom nisso.
Respostas de Alex Valojah
Patrice – “Joking rag” – (França)
Com quais palavras você pode apresentar este lançamento ?
Chamo-me Patrice GEFFROY, sou pianista e compositor clássico, mas também adoro jazz. Joking rag é um rag, como a música ouvida nos Estados Unidos no início do século XX, mas adopta um ritmo ternário como o jazz que veio mais tarde. Também alterna motivos puramente jazzísticos com reminiscências de música clássica.
Há alguma mensagem por trás do instrumental ?
Não, nenhuma mensagem específica. É uma música cativante cuja evolução às vezes é inesperada. Também é uma música engraçada (to joke = brincar) que deixa uma agradável sensação de frescura, apesar de uma breve passagem mais melancólica.
Qual a fonte de inspiração desta composição ?
Como disse anteriormente, queria criar uma atmosfera de Ragtime, que costumava ser tocado em pianos verticais mal afinados (Scott Joplin) ; no entanto, o ritmo de duas batidas foi abandonado em favor do motivo ternário do jazz.
Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar ?
As principais curiosidades desta música são as mudanças bruscas de andamento e de estado de espírito que não prejudicam a unidade da peça ; há também a coda ao estilo beethoveniano (o fim da peça), que regressa imperturbavelmente a uma escala ascendente típica do jazz.
Respostas de Patrice
Lucie Jahier e grupo Javotte – “Forró Cremoso” – (França)
Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?
E o primeiro lançamento “official” do meu quarteto, fico muito feliz e satisfeita de compartilhar essa musica de meu coração e de mostrar meu trabalho para outras pessoas de outros países!
Você traz alguma mensagem ao mundo com esta música?
Esta peça é a representação do encontro de duas culturas diferentes e como elas podem se misturar. É a minha maneira de contar a história desse encontro entre a música brasileira e os músicos e músicas com quem toquei essa música brasileira.
Qual a fonte de inspiração desta composição?
Este “Forró Cremosó” representa o encontro entre dois Nortes: a Normandia Francesa onde nasci e onde descobri o jazz graças ao famoso festival de jazz “Jazz sous les pommiers” e o Nordeste do Brasil que encoutrou e que me influenciou para escrever essa música.
Quais referências musicais temos nela?
A introdução: compositores de música barroca como JS Bach e George Philipp Telemann
A parte do Forró: Hermeto Pascoal!
A parte “groove”: Panam Panic
Fale sobre o videoclipe.
Gosto de nomes antigos de mulheres e decoração vintage.
Eu insiro em algumas de minhas músicas histórias de idosas contando a sua vida como mulheres, mães, mas sobretudo falando dos seus sonhos, para fazer falar essas pessoas às vezes esquecidas…
Eu queria que, neste clipe, nos ver tocando ao vivo em um cenário vintage feito de luminárias franjadas.
Eu queria fazer um clipe dinâmico com é nossa musica mas no fim do clipe, as tomadas finais em câmera lenta são como uma “apresentação” de cada músico.
Fiz esse clipe com o talentoso Julien Bresson.
Respostas de Lucie Jahier
Oh Like WOW – “Garden of Love” – (EUA)
Com quais palavras você pode apresentar este lançamento?
Olá, sou Sophia, da banda Oh Like WOW, e escrevi uma música chamada “Garden of Love.”
O que você diz na letra e qual a mensagem da música?
Na letra, convido você a fazer um tour pelo meu delicioso jardim. A mensagem da música é que tenho uma colmeia cheia de mel para a abelha certa!
Qual a fonte de inspiração desta música?
Essa música foi inspirada em um jardim real que plantei anos atrás, mas o “jardim” também é uma metáfora para um relacionamento romântico saudável.
O que nos mostra o clipe?
Quando criança, fui muito influenciado por Marilyn Monroe e por musicais antigos, então, quando filmamos o videoclipe, me diverti muito me vestindo como uma atriz da Era de Ouro de Hollywood.”
Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar?
“Garden of Love” é nosso primeiro single. Muito obrigado pela atenção!
Respostas da vocalista e compositora Sophia Heronema