Revista Arte Brasileira Dança [ENTREVISTA] Raiane, o primeiro passo para o mundo
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[ENTREVISTA] Raiane, o primeiro passo para o mundo

 

Todos nós sabemos que o mundo da dança é algo complexo e para abrir as portas só com muito sacrifício. Raiane Nascimento Mota, é um jovem de 17 anos que dança o axé music da Bahia, em um grupo chamado Companhia Axé, ela que agora pensa em investir mais em sua carreira solo. Conseguiu conquistar um bom público e anda sendo bem visualizada…

 

A história

Nascida em 30 de abril de 2002, dançava em meio de família e amava dançar desde que era pequena. Então a mãe dela a inscreveu na Escola FUNCEB, uma escola de dança gratuita daqui de Salvador. E ela passou 6 anos lá dentro, foi muito complicado porquê tinha gastos, como transportes, mas por motivos pessoais ela teve que sair.

A escola ensinou muito; danças básicas e deu a ela um perfil, uma forma descente de pensar e repensar uma coreografia. E houve também um preparo físico e psicológico que hoje é eficiente para a manter em pé, com forças…

Depois que saiu da FUNCEB, ela foi estudar no colégio Germano Machado Neto, local que conheceu o professor Anjo e o mesmo a apresentou o grupo Companhia axé que já existia basicamente 15 anos, grupo que tem uma história muito, muito bonita.

Ele a convidou para participar e empolgada ela aceitou. Passaram-se 4 anos e ela permanece no grupo, só que hoje visualizando uma carreira mais solo, está começando a pensar mais em vídeos solos para postar em seu instagram (@raimota_jl).

 

                                                           Entrevista:

Luan FH – Qual o seu objetivo na dança? Dançando?

Raiane – Meu objetivo é lançar a minha arte para as pessoas, mostrar que a gente pode se expressar através do corpo, dos movimentos, se valorizar e que eu posso também me sustentar com a dança e também a minha família.

 

Luan FH – Qual a importância do companhia axé em sua vida?

Raiane – O companhia me ensinou que antes mesmo da dança, o mais importante é ter amigos. Porque lá dentro eu confio em todo mundo, apesar das briguinhas que acontecem, como em qualquer outra família, lá dentro e cá fora todos nós somos amigos e parceiros. E também me ensinou que tenho que ter firmeza, expressões faciais. O companhia me ensinou isso tudo, a ser melhor e me profissionalizar. 

 

Luan FH – Você já teve alguma conquista nesse meio com a sua arte?

Raiane – Eu já tive conquistas. Mas a principal é a pessoal, quando as pessoas me elogiam e pedem para que não desista disso, isso me incentiva muito. E também teve outra importante; foi quando trabalhei dançando em um aniversário, ganhei o primeiro dinheiro com a dança e isso foi o gatilho para entender que eu consigo chegar onde quero. 

 

”Meu objetivo é lançar a minha arte para as pessoas, mostrar que a gente pode se expressar através do corpo, dos movimentos, se valorizar e que eu posso também me sustentar com a dança e também a minha família.”

 

Luan FH – Qual seu estilo de dança, de música que você mais se identifica ao dançar?

Raiane – Eu já dancei vários estilos de danças, mas eu me identifico muito é com o axé. 

 

Luan FH – Essa entrevista vai ser sua identidade, sua cara estampada em uma entrevista, saber que a sua história e sua vida está dentro dela. Qual a sensação de ter dado a primeira de muitas entrevistas? 

Raiane – Eu acho que isso incentivam as pessoas, traz uma vontade de ler sobre a vida, a trajetória, o inicio de tudo, sabe? E também acho que isso é um trabalho muito interessante e necessário, tem valorizar mais a arte de certo modo e você anda fazendo isso. 

 

Luan FH – Você tem alguma mensagem para passar?

Raiane – Eu sei qual a dificuldade é mexer, é trabalhar com a arte, porque todo mundo vai desacreditar e principalmente a família vai desmotivar. Então no começo de cada ano ou no meado ou no fim, não importa o dia ou a data, você tem que colocar na cabeça que vai dar certo e vai dar a iniciativa. O primeiro passo é o que mais importa… Depois vai ficando mais leve ou até pesado, só que temos um caminho a seguir, olhando sempre reto sem desviar!

No mundo da arte, da dança vai ter muita concorrência, muitas pessoas vão querer te desmotivar falando que fulano ou fulana é melhor que você dançando, mas você não pode olhar para essas pessoas e simplesmente desistir, tem que botar a cara e ir em frente. Desafiar e ganhar, mas se perder, perca com honra, sem desistir e com a cabeça erguida!

 

Opinião do colunista

Raiane é mais uma artista independente que corre, soa e acorda todos os dias determinada a mudar, a crescer e aprender.

Ela sabe o quanto é difícil viver nesse mundo da arte, só que também sabe que não vai dar certo se ficar parada. Ou seja, a determinação a levará mundo à fora! 

 


ENTREVISTA DE LUAN FH – 20 anos, escritor e colunista, gosta do indie brasileiro e coisas antigas

            

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