Nesta 4ª edição da nossa Revista, muita coisa boa aconteceu. Você, leitor, teve acesso à uma análise ferrenha sobre a “mania do compositor brasileiro de ser complexo em suas letras”, a partir das palavras de Jean Fronho em “Já dizia Tom Zé: todo compositor brasileiro é um complexado”. Em paralelo ao tempo no qual Tom Zé se destacou inicialmente, foi publicada uma crítica sobre festivais, indo do que foi e do que é hoje, numa “tioria” e inquietação minha, que coloquei no papel em 2017 e que só agora foi à público. No âmbito da literatura, nossa articulista Clarisse da Costa escreveu uma reflexão sobre “livros de autoajuda”, e o quase-estreante Kaique Kelvin apresentou o livro “Sol e Solidão em Copacabana”, reativando assim sua coluna “Ler para se manter vivo”, iniciada e pausada ano passado.
Já o podcast Investiga teve acesso à duas investigações: a “profissão do diretor de arte”, tendo Diogo Pace (Globo e Record) como guia, e “o funcionamento dos cineclubes”, tendo a casa Acapela Cineteatro como base, com dois entrevistados, CAdu Modesto e Thiago Souza. Thiago, aliás, é o novo membro do nosso time, e a partir da edição 5 irá publicar semanalmente artigos em especial sobre cinema. E, como não poderia faltar, publicamos os dois clássicos contos de Gil Silva Freires.
Podcast Investiga: O quê realmente faz o diretor de imagem? (com Diogo Pace)
Este episódio tem o intuito de investigar uma profissão essencial de toda produção audiovisual, como programas de entretenimento e jornalismo, novelas, reality shows, entre outros, tem um profissional que atua como “diretor de imagem”. Basicamente, é o responsável por selecionar as imagens e seus devidos enquadramentos que deverão chegar aos olhos do público.
Não é um trabalho mecânico, de apenas “apertar os botões”. É o contrário. O diretor de imagem tem sensibilidade, técnica e relacionamento com o restante da equipe técnica, em especial o diretor da produção, câmeras, fotografia. O diretor de imagem contribui para que a história de determinada produção seja contada com sucesso, em todos os seus detalhes.
É, em síntese, isso que Diogo Pace nos contou nesta entrevista. Bacharel em publicidade e propaganda, Diogo passou por duas grandes emissoras de rádio e televisão brasileiras: Globo e Record, onde atuou como diretor de imagem em programas de diversos gêneros, como jornalismo, reality show, dramaturgia, talkshow, entre outros, tendo o BBB, A Fazenda e Telenovelas globais como destaque.
É nítido o quanto estamos bem acompanhados nesta nova investigação… se liga!
Tom Zé já dizia: todo compositor brasileiro é um complexado
O álbum “Todos os Olhos”, lançado em 1973 pelo cantor e compositor Tom Zé, traz a seguinte provocação logo em sua primeira faixa: “o compositor brasileiro é um complexado”. Essa afirmativa é o refrão de “Complexo de Épico”, música de autoria do próprio Tom Zé, e que abre o disco cujo teor polêmico já começa pela capa. O compositor baiano foi um dos principais representantes do Tropicalismo, movimento cultural brasileiro que despontou na década de 60 tendo como tônica a cultura pop, aliada a elementos do rock e do concretismo. “Todos os Olhos” é uma obra bem representativa desse movimento que revolucionou a música brasileira, e não o fez sem gerar alvoroço tanto no público quanto na classe artística.
“Sol e Solidão em Copacabana”, uma história da vida cotidiana no Brasil do século XX
A cidade do Rio de Janeiro tem as suas belezas, sendo elas naturais ou histórias possíveis de serem criadas a partir dessa vida caótica de cidade grande. Agora, imagine uma história ambientada no Rio de Janeiro, só que do século XX, um momento de muitas mudanças no Brasil e principalmente na cidade maravilhosa, então capital do país.
Um fato brusco marca o início da década de 1930, após isso muitas mudanças acontecem no Brasil, Era Vargas trouxe novidades no campo social e político, a industrialização modificou as relações das pessoas e a modernização do trabalho trouxe novas formas de ver o país que estava em desenvolvimento.
O livro “Sol e Solidão em Copacabana” (Pandorga Editora) do escritor Aliel Paione se debruça nessa ideia. Nele, a protagonista, Verônica, vai lidar com as relações humanas, a busca pelo amor e como pano de fundo aparece uma cidade em transformação com mudanças sociais e políticas.
Podcast Investiga: O funcionamento de um cineclube (com Cadu Modesto e Thaigo Souza)
Neste episódio, Matheus Luzi investiga os cineclubes, casas de cinema independentes cujo o viés comercial é, na prática e teoria, inexistente. O funcionamento, a logística e a filosofia por trás deste empreendimento é baseado num case real: o Acapela Cineteatro, localizado no interior do Mato Grosso do Sul, na cidade de Três Lagoas. Os dois entrevistados, Cadu Modesto (um dos proprietários) e Thiago Souza (membro da equipe), nos detalham processos que envolvem a escolha democrática dos filmes à serem exibidos, a questão dos direitos autorais, as dificuldades financeiras e de outros apoios, os ideais que sustentam o cineteatro, bem como outros pontos importantes.
Vamos, então, conhecer uma outra forma de se assistir cinema?
Uma breve leitura dos festivais de ontem e de hoje
Nesta manhã de quinta-feira, dia 22 de março de 2017, acabei de ler o livro “Tropicália – A história de uma revolução musical”, de Carlos Calado.
A Obra de Calado, criada a partir de registros históricos em bibliotecas e declarações detalhadas de artistas que viveram o movimento da tropicália – que teve uma duração curta, entre 1967 à 1968 – abusou muito de falas a respeito dos famosos festivais musicais da TV Record e da TV Excelsior, que embelezaram a fama de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, entre tantos outros.
Foi com esse ar e atmosfera, que eu, um leigo no assunto, cursando o último ano de jornalismo, pude compreender o quanto esses festivais foram importantes para a música popular brasileira, mas foi também com essa leitura que eu pude perceber o quanto os tempos mudaram.
Livro de Autoajuda
Nem todas as pessoas que escrevem livros de Autoajuda conseguiram resolver seus próprios problemas, mas sempre tem a fórmula mágica para a gente resolver os nossos, o que não significa que eles são resolvidos. No entanto, eu não posso dizer que esses livros não ajudam. Eu mesma já li muitos livros de autoajuda, não buscando soluções, isso se consegue dando tempo a vida, porque não podemos apressar as coisas e nem achar que frases prontas vão abrir caminhos para nossa felicidade e caminho profissional. Como já tinha dito no poema Único Amor, às vezes precisamos usar da racionalidade. Não dá para viver o tempo todo nas emoções. Lendo os livros adquiri conhecimento e aprendi a desacelerar, o que é bastante difícil para uma pessoa que tem ansiedade. Também aprendi a olhar com mais profundidade a alma humana. Porque esse olhar humano é necessário na vida e está em falta.
Lupa na Canção #edição19
Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Esta é uma lista de novidades mensais, com músicas novas, quentes, diferentes. A seleção é eclética, serve para todos os gostos. É importante ressaltar: que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra; essa lista é atualizada diariamente, até o encerramento do mês.
Conheça as cinco canções da edição 19