13 de janeiro de 2025
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Você conhece “A Via Láctea” da Legião Urbana?

ANÁLISE – Não são todos que conhecem “A Via Láctea”, a canção que consagro, a partir do meu gosto pessoal, a mais in(tensa) do querido Renato Russo. Ela foi gravada em 1996 no álbum “A Tempestade”, mesmo ano da morte do artista. Somente Este fato já diz muito. Segundo os créditos do Spotify, a composição é assinada por Renato com seus companheiros Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá. No entanto, a difícil saúde que Russo enfrentava naquele ano nos faz focar em sua perspectiva, no seu sentimento.

Ao longo dos poéticos 39 versos, demasiada melancolia e tristeza, mas otimismo em certas frases como “Quando tudo está perdido / Sempre existe uma luz / Quando tudo está perdido / Sempre existe um caminho”. Há ouros dois trechos que irei mencionar, sem ter a intenção de menosprezar os demais: “Hoje a tristeza não é passageira / Hoje fiquei com febre a tarde inteira” e “Eu nem sei porque me sinto assim / Vem de repente um anjo triste perto de mim”.

“A Via Láctea” é, pelo menos ao meu ver, uma música que representa o verdadeiro fazer artístico. Sente-se nela verdade, algo genuíno. Uma obra-mestra gravada pela Legião Urbana. Um presente para nós!

LETRA

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor

Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia

Não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim

E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho

Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim

Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim

administrator
Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.