Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 141ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Skizzo Franick – “Karma Yeah” – (Alemanha) – [MINI ENTREVISTA]
– Se você tivesse que apresentar rapidamente esta música para alguém, o que você diria? Em “Karma Yeah”, você pode ouvir influências de artistas como Nightmares On Wax, Thievery Corporation, RJ2D ou DJ Shadow. Batidas comprimidas encontram vibrações relaxadas de dub e reggae. Um som acolhedor que faz você se desconectar, pegar seu skate e sair para um passeio noturno.
– Qual é a ideia por trás da letra, o que a música diz? A letra transmite um sentimento de camaradagem. Não importa de onde viemos, vamos andar juntos. Tornando as fronteiras irrelevantes.
– Como essa música surgiu, o que a inspirou? Foi uma longa noite chuvosa. Eu brinquei com uma batida e uma amostra antiga de guitarra. Com alguns ajustes, eles formaram um groove mágico que eu realmente gostei. Muito orgânico e vivo. A partir daí, as coisas começaram a fluir. As peças estavam se encaixando no lugar certo e formando algo mais do que os elementos individuais. A magia faz sua coisa. São as imperfeições e os acidentes não planejados que tornam a música interessante para mim.
– O que a capa do single representa? Ela representa duas criaturas que andam juntas, não importa o quê.
– O que essa música diz sobre o seu país, a Alemanha? Eu não me vejo como um alemão. Eu sou um humano e aconteceu de eu ter nascido em um país. Mas eu vejo cada indivíduo primeiro como um humano e por último como um cidadão. Caso contrário, tendemos a ter estereótipos sobre as pessoas, o que eu tento evitar. Eu não acho que a música tenha algo específico sobre a Alemanha.
Respostas Skizzo Franick
Avery Dakin – “Comin’ Up (Live)” – [MINI ENTREVISTA]
– Se você tivesse que apresentar rapidamente essa música para alguém, o que você diria? Esta música é uma balada íntima de piano ao vivo sobre como superar velhos hábitos e aprender a honrar suas emoções com perdão e compaixão.
– Conte-nos sobre a ideia por trás das letras? A letra de ‘Comin’ Up’ é sobre refletir sobre o passado e, finalmente, ser capaz de se livrar das barreiras emocionais que o impedem de olhar para o futuro. A repetição no refrão “o que está acontecendo agora? Está chegando agora” fala do cansaço de tentar continuamente fugir e ficar acima das emoções que imploram para serem abraçadas.
– Como surgiu essa música, o que a inspirou? Comecei a escrever essa música imediatamente depois de jogar uma taça de vinho recém-derramada no ralo, percebendo que o que eu estava realmente procurando naquele momento era uma fuga da realidade e da pontada crua de sentimentos dolorosos. Naquele momento, prometi a mim mesmo que tentaria enfrentar essas emoções de frente, em vez de fugir delas e depender de substâncias e distrações para me entorpecer.
– Musicalmente, como você descreve isso? Eu descreveria esse single ao vivo como vulnerável e despojado. Com acompanhamento simples de piano e vocais sérios, procurei abrir espaço para que as letras contassem minha história. Eu escrevi a progressão de acordes usando apenas acordes F e G, voltando fortemente para um acorde doméstico de Dó maior que nunca chega. Meu objetivo era pintar o quadro de uma vida que parecia estagnada e circular através dessa progressão de acordes em loop, combinada com uma melodia que parecia desconectada e robótica em sua repetição também.
– O que essa música diz sobre onde você mora? Minha cidade, Halifax, na Nova Escócia, é um lugar que eu acho que realmente valoriza um estilo de performance despojado e autêntico. Em qualquer noite você encontrará bares lotados de pessoas esperando para ouvir músicos tocarem sets acústicos e testemunhar performances ao vivo genuínas e cruas. A música ao vivo é muito apreciada na Nova Escócia, especialmente se ressoar de forma real e sincera.
Respostas Avery Dakin
A-Zal – “Phonebook” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Qual é essa música em particular? Agenda telefônica é uma música divertida e alegre sobre o mundo do namoro moderno. É apenas uma daquelas músicas que escrevemos para nos sentirmos bem e não essencialmente para transmitir uma história profunda por trás dela. Eu criei a música um dia enquanto dedilhava alguns acordes poderosos na minha guitarra e adorei a progressão. Eu senti que poderia fazer uma música divertida com o refrão da guitarra e acabei escrevendo essa música quase que instantaneamente. Para deixar mais lúdico, usei três nomes – Natalie, Stephanie e Emily. Esses três nomes na música não têm nada a ver com minha vida pessoal, mas senti que eles eram uma parte inerente da música.
– O que dizem os versículos? O versículo diz ‘Olhando para o lençol caindo, não é divertido quando seu pensamento começa a desacelerar’. O versículo trata de capturar a velocidade do namoro online e também uma abordagem alegre sobre as várias facetas do namoro. Na maioria das minhas músicas, baseio-me nas emoções e mergulho fundo nas letras. Para este, comecei a fazer as palavras fluírem como uma brisa e só queria mantê-las leves.
– O que gerou a composição, o que inspirou essa música? Eu senti que o namoro moderno é tão diferente do namoro tradicional e eu só queria incluir os elementos divertidos disso na minha música. Eu também queria mantê-lo bem cru e acústico, então usei o violão como instrumento principal e também fiz bastante guitarra percussiva para torná-lo descolado.
– Qual é o simbolismo da capa do single? Eu queria voltar aos telefones da velha escola e ao conceito de cabines telefônicas que considero tão legais. Ela desapareceu da face do planeta e eu só queria usar isso no videoclipe no momento em que escrevi a música. Para mim, adoro trazer a história da forma mais cinematográfica possível nos meus videoclipes e a capa do single é a representação da música como um todo. Então é por isso que achei que a cabine telefônica simboliza muito bem a capa do single.
Respostas A-Zal
Stonebridge Music – “Even Now” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Se você tivesse que apresentar rapidamente essa música para alguém, o que você diria? Tendo como pano de fundo melodias suaves de piano, ‘Even Now’ surge como uma comovente ode à esperança diante da adversidade. Com suas letras sinceras e vocais comoventes, a música tece a narrativa de um milagre, retratando a jornada de superação de obstáculos e de encontrar a força de Deus. Cada nota ressoa com uma sensação de triunfo, convidando os ouvintes a abraçar a possibilidade de redenção e renovação, mesmo nos tempos mais sombrios. ‘Even Now’ permanece como um farol de otimismo, lembrando-nos que não importa quão assustador o caminho que temos pela frente possa parecer, a esperança tem sempre o poder de prevalecer.
– Qual é a ideia por trás da letra? O que a música diz? Na música “Even Now”, a letra se desenrola como uma história atemporal, ecoando a narrativa bíblica de Lázaro. Através de versos comoventes, a música pinta uma imagem vívida de um homem preso nas garras do abraço da morte, seu túmulo selado firmemente contra o mundo acima. No entanto, em meio ao desespero, um sussurro de esperança permanece, uma promessa de ressurreição e renovação À medida que o refrão aumenta, a letra proclama o milagre do retorno de Lázaro da sepultura, seus grilhões de mortalidade destruídos pela intervenção divina. a cada verso, a música convida os ouvintes a testemunhar o triunfo da vida sobre a morte, lembrando-nos que mesmo nos momentos mais sombrios, a redenção aguarda aqueles que acreditam.
– Como surgiu essa música, o que a inspirou? O processo de elaboração desta música foi inspirado na história bíblica de Lázaro. Ao nos aprofundarmos nas escrituras, adoramos os detalhes vívidos e os temas atemporais que ressoam na experiência humana. Depois disso, as ideias surgiram rapidamente, cada verso e refrão tomando forma como peças de um quebra-cabeça. Queríamos capturar a essência da jornada de Lázaro – o desespero da morte, a esperança da ressurreição e o poder inspirador da fé.
Respostas Stonebridge Music
South for Winter – “This Man Will Be the Death of Me” – (Nova Zelândia) – [MINI ENTREVISTA]
– Se você tivesse que apresentar rapidamente essa música para alguém, o que você diria? Esta música é uma releitura da história de Bonnie e Clyde – a notória história de dois ladrões e amantes que deixaram um rastro de carnificina em seu rastro.
– Qual é a ideia por trás da letra, o que a música diz? Nesta versão, Bonnie não é inicialmente uma criminosa; ela é apenas uma mulher apaixonada por um homem violento. Ela sabe que esse homem será “a morte dela” (tanto no sentido verdadeiro quanto metafórico), mas continua esperando poder mudá-lo. No final, ele a trai e desaparece sem deixar rastros – deixando-a como bode expiatório de seus crimes.
– Como surgiu essa música, o que a inspirou? Estávamos escrevendo músicas para nosso próximo álbum conceitual, Of Sea and Sky (que será lançado em 16 de maio). O álbum é dividido como um vinil em “Side A/Sky Side” e “Side B/Sea Side”, com letras de músicas e temas que combinam com seus lados correspondentes. Eu queria criar uma balada assassina para “Sea Side” do álbum e pensei que seria divertido reescrever a história de Bonnie e Clyde para se adequar a ela. Eu realmente queria dar um toque diferente à frase “Este homem será a minha morte”, e minha imaginação me levou a adicionar um tema pirata, um relacionamento tóxico e um amante traidor à mistura.
Quando as pessoas usam a frase “Este homem será a minha morte”, elas costumam dizer isso enquanto riem e reviram os olhos ao mesmo tempo. Quando arranjamos e produzimos esta música, queríamos infundir o sarcasmo da frase na música, adicionando-lhe uma instrumentação animada, quase ao estilo bluegrass. É um contraste alegre com o tema sombrio da letra, tornando a música ainda mais irônica por natureza.
– O que a capa única representa? A capa do single pretende parecer um navio pirata e um símbolo do navio da Morte nas ondas.
– E o clipe, o que ele representa? O clipe é uma gravação de alta qualidade do novo single, com um mapa pirata traçando a jornada malfadada dos ladrões ao fundo.
– O que essa música diz sobre o seu país, a Nova Zelândia? Essa música em si não tem necessariamente um tema neozelandês, mas nosso próximo álbum, Of Sea and Sky, definitivamente tem! Além dos belos céus e mares da Nova Zelândia inspirarem as imagens do álbum, diversas músicas foram influenciadas pelas nossas raízes kiwi. Por exemplo, uma das músicas se chama “Wintersleep (Southern Lights)”. Foi inspirado na Aurora Australis (também conhecida como “Luzes do Sul”) – um fenômeno que é ainda mais raro do que ver a Aurora Boreal ( “Luzes do Norte”). A Nova Zelândia é um dos únicos países do mundo que possui locais que podem ter uma visão deslumbrante da Aurora Boreal. Nossa música compara as pessoas em nossas vidas que nos ajudam em nossos dias mais sombrios e frios com a visão da aurora boreal.
Outra música do álbum, uma instrumental chamada “Tears of an Albatross”, foi inspirada em um poema Maori e uma história correspondente do Greenpeace que detalha o triste falecimento de um albatroz – que é um pássaro sagrado na cultura Maori. Posteriormente, descobriu-se que o pássaro morreu devido à ingestão de uma garrafa plástica de água. Esta história do Greenpeace apela aos seres humanos para serem melhores zeladores ambientais, a fim de evitar que coisas como esta aconteçam no futuro. Nick queria incorporar esse sentimento com este instrumental. Se você quiser ouvir mais referências da Nova Zelândia, ou mesmo apenas mais músicas do Of Sea and Sky , fique ligado no nosso álbum completo – lançado em 16 de maio em todos os sites!
Respostas South for Winter