8 de dezembro de 2024
Listas de lançamentos Lupa na Canção

Lupa na Canção #edição4

Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Esta é uma lista de novidades mensais, com músicas novas, quentes, diferentes. A seleção é eclética, serve para todos os gostos.

É importante ressaltar: que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra; essa lista é atualizada diariamente, até o encerramento do mês.

Guilherme Castel e Manu Testa“Amora” – (single e clipe)

Uma vibe boa. É essa algumas das sensações mais nítidas que se tem de “Amora”, a nova canção de Guilherme Castel em dueto vocal com a artista Manu Testa, com apoio de uma banda aquém do tradicional. Juntos, os artistas fazem de “Amora” um ambiente de várias identidades, posso assim dizer. Reggae, MPB, experimentalismo, sonoridade “big band” e influências vintage são algumas das características impressas. A letra é daquelas de emocionar o que chamamos de alma, a musicalidade tem a mesma função, porém, claramente nos faz balançar o corpo.

Vale dizer que “Amora” é o sétimo single de Guilherme, que iniciou os lançamentos de sua carreira solo em 2020, tendo também disponível o EP “Hoje”. Manu, por sua vez, embarcou pela primeira vez nas plataformas de streaming em 2019 com a canção “Vejo Além”. A maravilhosa “Amora” é o seu décimo lançamento.

É com muita facilidade que você, leitor, irá gostar de “Amora” e seus intérpretes vocais e instrumentais. Confira!

Disponível nas playlists “O reggae do povo brasileiro”, “Brasil Sem Fronteiras…” e “MPB – O que há de novo?”

Bruno Capinan“Ode ao povo Brasileiro” – (faixa do álbum “Tua Rara”)

Neste 2022, o cantor, compositor e performer Bruno Capinan lançou o disco “Tua Rara”, com onze faixas de música brasileira, interpretação vocal e instrumental aquém do comum e boas mensagens. Como uma solução para você, leitor, embarcar com mais facilidade neste trabalho, nós apresentamos a faixa “Ode ao Povo Brasileiro”. Fizemos três perguntas básicas para Bruno. As respostas você confere a seguir.

– Explique a letra. A letra foi escrita como uma carta ao povo brasileiro. Eu escrevi em casa em Toronto, em uma das minhas casas, pois tenho casa no Brasil também. Eu quis escrever sobre os artistas, personalidades e histórias que me inspiraram como artista, e também como espécie de documento para que a gente não esqueça a nossa história.

– Fale sobre a sonoridade/arranjo da música. A canção começa com um berimbau, que simboliza a negritude e as minhas raízes musicais, e dali vamos para as percussões, o violão de Bem Gil fazendo a ligação com o recôncavo baiano, e entram as cordas, synths. O meu canto vai para várias regiões, quase que como uma canto de sereia, um canto praieiro. O mar também está presente na sonoridade e no arranjo, na verdade foi o que inspirou a produção da faixa. Eu e Vivian Kuczynski tivemos a ideia de fazer com que a canção soasse meio Dorival, meio Tincoãs, meio Ary Barroso.

– Qual o conceito e origem da música? O conceito dessa canção tem origem na história da cultura brasileira, dos povos brasileiros, de tudo que somos, e das inúmeras possibilidades do que poderemos ser como potência. Não fomos descobertos por Portugal, pois o Brasil já existia, foi sim uma matança desde que o colonizador pisou os pés na areia que mareou a nossa história. Somos Marielle, Itamar Assumpção, Beatriz Nascimento, Abidias, Elza, Zumbi e também somos a herança da dor e da escravidão. Essa canção, que abre o disco, contextualiza tudo que eu sou como baiano, mas também os porquês de ser o que somos.

Faixas disponíveis nas playlists “Brasil Sem Fronteiras…”, “MPB – O que há de novo?” e “O Samba do Século XXI”

Projeto Ladislau – “Tão Igual” – (single)

Em 2002, a banda Projeto Ladislau iniciou sua discografia com o single “Protesto”. Depois, lançou outros vinte e cinco singles e três álbuns. Neste 2022, a Ladislau entregou três canções individualmente. A mais recente é “Tão Igual”, música inspirada em nomes como Roupa Nova, Lulu Santos e Roberto Carlos. Na letra, uma tentativa de refletir sobre a comumente chamada “zona de conforto”, ou seja, um convite para viver os sonhos e abandonar a velha rotina.

Disponível na playlist “Quem faz o rock ser pop”

AKANOÁ“Uma Ideia Nesse Mundo!” – (EP)

Depois da estreia em 2020, com o single “Projeto”, a banda catarinense AKANOÁ chegou ao seu primeiro EP, o aconchegante “Uma Ideia Nesse Mundo!”, lançado neste meio-besta 2022. Ambos os trabalhos (e únicos até aqui) expressam musicalmente influências de vários gêneros, tais como o ska, rock, reggae, samba e bossa nova, tudo bem-jovem. Nas letras, o mesmo teor de juventude e ousadia.

Um bom exemplo é a faixa nº 3 do EP, intitulada “Conflito”. A canção é politizada e pós-pandêmica, tendo o atual governo brasileiro como um dos alvos. Não se trata, porém, de uma crítica social apenas, mas também dos conflitos internos. “A música começa com uma visão de dentro para fora, observando a divisão de povos, as brigas e tudo que separa um ser do outro. Em um dado momento a música vira, invertendo o ponto de vista, olhando para dentro, vendo acertos, erros, dificuldades e conflitos.”, dizem eles.

Potencial de crescimento é nítido em AKANOÁ, um grupo ainda em fase de nascimento sem freios e fronteiras. Mais do que indicado!

Synthonia“Adrift” – (single)

A recente discografia da banda Synthonia iniciada em 2021 com o single “Razor” conta com “Adrift”, música instrumental que une o digital com a ideia de “o público sentir o lado humano”.

Com estilo dito como “ambiente” e mensageira de boas vibrações e positividades, a música tem caráter experimental e está distante do mercado comercial. É, no entanto, uma boa saída para quem gosta de viajar em ondas sonoras e se aventurar em algo novo.

É isso que sentimos nessa e nos outros lançamentos do grupo, todos de 2021. Confira!

Capital Inicial e Marina Sena – “Natasha” – (single e clipe)

Em celebração às 4 décadas de carreira, a banda Capital Inicial (@capitalinicial) lançará, em breve, o álbum e DVD “Capital Inicial 4.0”. No repertório, canções de destaque do grupo e participações especiais com nomes da nova geração da música BR. É nessa ideia que está uma nova versão do clássico “Natasha”, gravada ao lado da cantora Marina Sena (@amarinasena).

Com produção musical de Dudu Marote e direção artística de Batman Zavareze, a releitura está disponível em áudio e vídeo nas plataformas desde o dia 22 deste mês.

O novo “Dia Branco”

Há quase 50 anos, o pernambucano Geraldo Azevedo e o letrista Renato Rocha escreveram uma obra-mestra da MPB, a canção “Dia Branco”. Neste confuso 2022, Geraldo se uniu ao paraibano Chico César numa aventura de reler o clássico, considerado cartão postal da obra de Azevedo.

O lançamento é do selo Altafonte, e faz parte do repertório do show Violivoz, que une os dois artistas nordestinos. Junto, foi lançado o clipe dirigido por Fernando Neumayer e Luís Martino.

O material está disponível nas plataformas desde ontem (22).

Sagaz Orfeu“O Encanto” – (single)

Ao ouvir a densidade, autenticidade e qualidade de “O Encanto” demoramos para aceitar que é apenas o segundo single desta banda de rock autoral, formada por cinco caras não contentes com a zona de conforto. No perfil do Spotify, uma mini bio do grupo diz que a Sagaz Orfeu está mais interessada em transcender o rock, apostando em “devaneios psicodélicos, climas e dramas progressivos, e uma mistura melódica de fúria e calmaria.”

Com essa descrição, muito já se pode esperar de “O Encanto”. Uma canção de viagem sem destino, em um trem cuja identificação é desconhecida.

Aproveite!

Emersson Ramone “Um Cupido Me Flechou” – (single)

Um jeito rock e jovem de cantar o início de uma paixão e a magia que isso nos traz. É essa a onda de “Um Cupido Me Flechou”, o novo som do cantor e compositor gaúcho Emersson Ramone. Segundo o artista, a canção mescla a sonoridade do punk rock com o rock dos anos 50, mas eu acrescento que ela tem “algo que a torna de fácil digestão”, ou seja, popular.

Portanto, é difícil não gostar dessa música. Muito difícil!

Disponível nas playlists “Brasil Sem Fronteiras…”, “Quem faz o rock ser pop”

Igor B.“O Bem e a Verdade” – (clipe)

Desde 2013, quando Igor B. lançou sua carreira fonográfica com o EP “Nos Ciclos de um Instante” já era visível a relevância do seu som, do seu “quebrar fronteiras” musicais e poéticas. Depois de vários lançamentos, o cara apresentou seu primeiro álbum em 2022, o querido “Se Pah (Beat Mesclânea)”.

Pode ser que a faixa mais destacada seja “O Bem e a Verdade”, canção que recebeu clipe. Essa obra, em específico, tem características sonoras que unidas se tornam uma coisa só. Igor B. faz bom uso das suas referências da música latina, tecnobrega e indie pop, com letra “leve, romântica e lúdica”, como ele mesmo diz.

O álbum aqui divulgado tá dentro do que chamamos de “Música Brasileira Indefinida e Alternativa”. Com este lançamento, podemos experimentar um novo horizonte.

“O Bem e a Verdade” disponível na playlist “Música Brasileira Indefinida e Alternativa”

Clebson Ribeiro“Sawabona” – (single)

O violeiro Clebson Ribeiro é genial em “Sawabona”, seu novo single. Instrumental de ponta a ponta, a música teve como inspiração “Um Amor Para Alguém”, de Mel Moraes, nome grifado em relação a viola brasileira. “Sawabona” agora faz parte da recente discografia solo do músico, que iniciou seus lançamentos em 2021 com o single “Flor de Urucum”. Em 2022, o cara entregou seu primeiro álbum, “Nas Asas da Viola, Vol. 1”.

Para os amantes deste instrumento brasileiríssimo, Clebson Ribeiro é uma boa (muito boa) sugestão.

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Bruno Gouveia“Minhas Férias Na Grécia #SQN” – (EP)

A pandemia tem sua responsabilidade, vamos assim dizer, pelo lançamento de “Minhas Férias Na Grécia #SQN”, novo EP da carreira solo de Bruno Gouveia (@brunogouveia), vocalista da banda Biquini. Ao lado de parceiros, Bruno registrou releituras de canções de nomes musicais grifados na história: Depeche Mode, Joni Mitchell, Led Zeppelin, Muse, Queen, Louis Armstrong e XTC.

O resultado é um presente aos amantes do rock. Indicadíssimo!

Faixas disponíveis nas playlists “Brasil Sem Fronteiras…”, “Quem faz o rock ser pop”

Saulo Pavão“São!” – (single)

Saulo Pavão é um goiano do ramo da música e da escrita. Cantor, compositor, produtor musical, e poeta, ele fundou a banda ACME, em 1993. Com ela, lançou três álbuns. Já em carreira, teve o ponto de partida com o disco “Veludo Fino”, de 2015. Cinco anos depois, ressurgiu com o single “Poesia Com Elos”.

A sequência de sua trajetória acontece neste 2022 com a canção romântica e sensual “São!”. O lançamento é uma balada pop que une dois textos de sucesso postados por Saulo em suas redes sociais, totalizando mais de 16 mil views.

A música está disponível desde junho. Confira!

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Stones Blues Band“Miss You” – (clipe)

Há aproximadamente 44 anos, a banda Rolling Stones lançava “Miss You”, canção de sucesso que chegou ao topo da Billboard na época. Em celebração a isso, a banda brasileira Stone Blues Band (@stonesbluesband) gravou uma releitura do som, disponível desde maio no Youtube, no formato de clipe, dirigido Luis Floriano e editado/finalizado por Trick Bernardi.

Vamos curtir Stones com aquela força BR?

LELLO“Deixa Eu Viver” – (single e clipe)

LELLO é um artista que fez duas décadas como músico nas noites paulistanas. Versátil, LELLO já participou de grupo de rap, e até em 2016 em conjuntos de samba e pagode. Já no Rio de Janeiro, a partir de 2018, iniciou sua carreira solo. Fã de nomes como Péricles, LELLO é um músico, cantor e compositor que parece atualizar o pagode, mas, ao mesmo tempo, manter sua essência poética e seu charme.

Em seus perfis nas plataformas de streaming, o cara tem dois singles disponíveis, ambos lançados neste 2022. Aqui iremos apresentar o clipe do single “Deixa Eu Viver”. Confira!

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Zé Geraldo e Francis Rosa (participação de Xangai) – “O Poeta e o Violeiro” – (single e clipe)

A música caipira/folk ganhou, no dia 24 de junho, o início de uma nova página. Trata-se do single/clipe “O Poeta e o Violeiro”, gravada por Zé Geraldo e Francis Rosa com declamação do cantador Xangai e uma ficha técnica de respeito. A música é autobiográfica, conta a história desta parceria que já deu bons frutos em 2016 quando Zé Geraldo e Francis gravaram uma faixa no DVD ao vivo “Canções e Versos”.

“O Poeta e o Violeiro” é o primeiro lançamento a respeito de um álbum que a dupla lançará em breve. O trabalho carrega o mesmo nome do single e será lançado também no formato LP e CD. Antes, no entanto, outras duas canções serão apresentadas.

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Rica Lenzi“Talvez” – (single)

O rock nacional dos anos 2000 com a modernidade de 2022, influências do inde rock e do reggae são elementos que destaco da sonoridade de “Talvez”, o single de estreia do cantor e compositor paulistano Rica Lenzi. A música composta pelo músico de 25 anos é romântica, apaixonada. A letra trata, portanto, de “ser o amor inesperado na vida de outra pessoa”, como o próprio cara define.

“Talvez” é uma estreia radiofônica, o que quer dizer o quão fácil é de ser digerida por várias tribos. Ela abre a série de lançamentos que Rica fará neste 2022. Se seguir a proposta de “Talvez”, seu nome tem chances fortes de ser grifado em meio aos demais, destacando-se. Toda sorte do mundo, querido!

Vini Del Rio“Disfarce” – (single)

“Se jogar na noite, inocente do que poderá encontrar”. É com essa frase que apresento o novo lançamento do cantor e compositor carioca Vini Del Rio, a canção “Disfarce”. Composta em parceria com seu marido Lennon, a música faz do rock e do R&B um caminho de diversão, de asas para voar e muitas (muitas) possibilidades. “A mensagem é ‘se jogar sem expectativa, sabendo que tudo pode acontecer, até mesmo nada’”. diz o artista.

“Disfarce” faz parte da série de lançamentos que apresentam a carreira solo de Vini, músico na estrada há anos, tocando para outros cantores e como integrante de bandas de rock. Os próximos passos de Vini será o single “Repousa”, um feat com o cantor de funk carioca Arthur, e o segundo EP da discografia.

Disponível na playlist “O pop brasileiro”, “Quem faz o rock ser pop”, e “Brasil Sem Fronteiras…”

Ricardo Bacelar“O Último Por do Sol” – (single)

Da saborosa criatividade dos compositores Lenine e Lula Queiroga, nasceu o a famosa canção “O último pôr do sol”. Neste 2022, o pianista, vocalista, compositor a arranjador Ricardo Bacelar olhou para esse som e imprimiu nele a sua digital, numa versão não-esperada. Ao final do registro, Ricardo traz referência à sonoridade africana trazida ao Brasil por meio da escravidão. Assim, músico incorpora a “O Último Pôr do Sol” instrumentos ditos exóticos como o Berimbau, além instrumentos de percussão e címbalos brasileiros, em referência a cultura brasileira.

A versão faz parte do próximo álbum de Ricardo, intitulado “Congênito” e que será lançado pela gravadora Jasmin Music. O trabalho se une a sua satisfatória discografia digital, iniciada em 2001 com o disco “In Natura”. Desde então, Bacelar lançou quatro álbuns e vários singles, incluindo “Vício Elegante”, canção que compôs com Belchior.

Oswaldo Montenegro – “A Alma do Rio” – (clipe)

A longa e próspera discografia de Oswaldo Montenegro (@oswaldomontenegro) ganha mais uma peça, o single inédito e autoral “A Alma do Rio”, lançado no Youtube em clipe neste recente sábado (2). A música, que é a primeira do artista em 2022, tem letra mística e saborosa a respeito da natureza e sua merecida proteção. O registro em áudio está programado para estrear nas plataformas no próximo dia 22.

“Fuscão Preto” em versão punk rock

Sim. Isso mesmo. A ideia é do vocalista do Ratos de Porão, João Gordo (@jgordo), com o produtor Val Santos. O som está disponível nos streamings desde maio. A versão do cara para “Fuscão Preto” faz parte do álbum “Brutal Brega”, no qual ele interpreta clássicos da música brega em versões punk rock.

O trabalho está previsto para o segundo semestre desde ano, via selo Wikimetal (@wikimetalbr).

Andréa Montezuma – “Quero Gritar Até Ficar Rouca” – (single)

Ao lado de duas companheiras de composição, a cantora e compositora carioca Andréa Montezuma criou a música “Quero Gritar Até Ficar Rouca”. Tal título já sugere o que você poderá encontrar nas plataformas a partir de hoje (30), data do lançamento, que acontece via selo Vitrola Play.

Sua voz, acompanhada pelos músicos Dodô Moraes e Léo Fabbri, pede por liberdade, paz e aconchego. É o que diz o single de 17 versos de muita poesia. Musicalmente, as palavras ecoam por meio de uma sonoridade que une o pop dos anos 1980 e 90 e o rock atemporal.

“Quero Gritar Até Ficar Rouca” é o primeiro som de Andréa em 2022, sucedendo o single “Muda Meu Nome”, de 2021. A artista ainda coleciona outros singles e clipes e quatro discos completos, e uma longa trajetória iniciada a partir dos anos 1980.

Disponível nas playlists “Brasil Sem Fronteiras…” e “Quem faz o rock ser pop”

Lucas Bernoldi e João Sirangelo“Hippie Pra Caçamba” – (álbum)

O movimento hippie permanece vivo para Lucas Bernoldi e João Sirangelo, algo expresso em suas artes. Juntos, eles gravaram um álbum que comprova o genuíno interesse pelas ideais hippies. Com 12 faixas autorais de natureza rural, folk e também urbana, “Hippie Pra Caçamba” é inspirado na estética brasileira dos anos 1960 e 70, mas com letras de diversas temáticas e de acordo com a atual realidade, citações inteligentes, poesia afiada…

Tudo isso também está disponível em clipes, já que o álbum é audiovisual.

Taiane“Sonho de Criança” – (single)

O single de estreia da cantora e compositora Taiane é o reflexo de sua própria vivência, da péssima relação com sua mãe na adolescência e infância. “Sonho de Criança” é um samba sobre isso. Deixar as más lembranças e seguir em frente. Uma música doce, de arranjos minimalistas e poesia de respeito.

“Sonho de Criança” é, portanto, uma estreia em cheio!

Victor Mus“Coragem” – (clipe)

Em 2019, Victor Mus lançou o EP “Meus Nós”. Bem recebido, o EP tem a faixa “Coragem”. Segundo Victor, a música nãoi foi o foco na época, mas muitos conheceram seu trabalho por meio dela. Mus alinhou isso ao fato de que “Coragem” necessitava ser explorada e, para isso, gravou um clipe.

Uma música otimista, de resiliência, com boa mensagem e que agora se fortalece como audiovisual.

Gabriel Sater e João Carlos Martins – “Amor de Índio” – (single e clipe)

No final dos anos 1970, Beto Guedes (@betoguedes.oficial) lançou “Amor de Índio”, canção composta com Ronaldo Bastos. Em 2022, a música recebeu uma releitura do cantor Gabriel Sater (@gabrielsateroficial) com o maestro Joao Carlos Martins (@maestrojoaocarlosmartins), e tornou-se novamente sucesso como parte da trilha sonora do remake da novela “Pantanal”, em exibição pela TV Globo.

✅A pedido dos fãs, o registro chega às plataformas digitais, e em formato de clipe com direção de Pedro Pinheiro (@pedropinheirodesouza).

[ENTREVISTA] echoing nightmare – “to the lover i’ve yet to meet” – (single)

https://nightmarecho.bandcamp.com/track/to-the-lover-ive-yet-to-meet

Revista – Qual o conceito e origem da música?

echoing – é a sexta faixa de um álbum conceitual, que conta a história de uma bruxa que vive há oito mil anos e que testemunhou/fez muitas coisas ao longo de sua vida

– O que você diz na letra? Qual a mensagem?

echoing – morgana (a personagem principal da história) canta para sua alma gêmea; alguém que ela ainda não conhece, mas sabe que, um dia, conhecerá. o encontro das duas mulheres eventualmente acontece na faixa onze, “esmeralda”

– Sobre a sonoridade/arranjo, quais suas considerações?

echoing – a introdução é um fragmento de um tema orquestral, e o final é um experimento instrumetal de música ambient e xenocronia, combinando trechos de músicas diferentes. a parte principal (por assim dizer) da música é completamente acústica, violão e voz com um solo de escaleta
o álbum como um todo passeia por vários estilos diferentes, mas “experimental” provavelmente é a melhor maneira de descrevê-lo. foram inúmeras as influências, mas sandy denny provavelmente é a principal – a capa do álbum é no estilo da capa de “the north star grassman and the ravens”

Naiara Terra“Como É Bom Amar Você”

A leveza-delicadeza é uma das particularidades da arte de Naiara Terra, cantora e compositora que acumula mais de 24 milhões de streaming. Neste mês, a artista apresentou seu EP de estreia, que inclui a romântica “Como É Bom Amar Você”, inspirada na MPB e no pop leve, com lembranças do clássico e do contemporâneo.

A música encerra o EP, mas pode ser vista como um caminho para conhecer as outras quatro. Caso você goste e queira se aprofundar, vale dizer que Naiara tem outros 25 singles em suas plataformas. #ficaadica

Disponível na playlist “MPB – O que há de novo?”

Cadu Pereira – “Imensidão” – (single)

Novamente, o cantor-compositor Cadu Pereira acertou. Em cheio. Ele colocou no mundo a “IMENSIDÃO”, canção que fará parte do seu novo álbum, previsto para 7 de julho. A faixa é interessante em todas as suas dimensões. Na letra, o personagem é um astronauta solitário no espaço que resolve dialogar consigo mesmo sobre a vida humana catastrófica na Terra e suas perdas.

De acordo com os versos, a percepção é de que “não somos nada em meio ao universo imenso”. A partir disso, desse choque de existência, Cadu ainda evidencia que mesmo a avançada tecnologia não é capaz de saciar as reais necessidades do homem, o que resultado em dor e tragédias internas e sociais.

“Essa música nasceu em mim depois da tragédia que aconteceu em Brumadinho. O impacto daquelas imagens foi o primeiro insight para essa canção”. Cadu explica que tal inspiração é evidente nos versos “de repente um mar de lama rasga o chão em minha direção” e no refrão que questiona “quem foi que deu adeus’”

A temática e a forma como a qual Cadu lidou com ela tem um outro elemento de gênio. Já que a música é de um astronauta indignado com a Terra e seus não-ilustres moradores, a sonoridade reflete o espaço e o nosso mundo. Os sons, em especial do teclado e guitarra, foram pensados para criar um ambiente espacial, mas em paralelo com a simplicidade terrena, face representada pelos violões.

Por fim, “IMENSIDÃO” é uma obra filosófica, com versos que necessitam de lupas. No entanto, é uma música para todos, para todos se imaginarem como aquele astronauta.

Mu’Gambi lança versão lo-fi de Martinho da Vila

Martinho da Vila e suas “mulheres” na visão do cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical Mu’Gambi é um lo-fi de elegância extravagante, de experimentalismo e de levada bossa. Um brilho a mais para a música brasileira e para esta obra interpretada por Martinho!

O lançamento é do selo Lofi Land (@lofilandbr), e faz parte da compilação “Brazil Goes Lofi”, a ser lançado em breve.

SATURNINA“Parabéns, Hein?” – (single e clipe)

Seguindo a saga romântica de seus lançamentos, a vocalista Mia Blun da banda SATURNINA diz “parabéns, hein?” para o amado que já está em outra. A música é um mix do pop rock e pop punk, e tem um “quê” muito forte do contemporânea na sonoridade e na letra, ao estilo “sofrência”, capaz de alcançar o público do mainstream.

Disponível na playlist “Pop Rock Brasileiro”

Tutuca e Fredera – “Sábado” – (single e clipe)

Nos anos 1970, a clássica banda brasileira Som Imaginário lançava “Sábado”, em disco homônimo. A composição é assinada pelo guitarrista Fredera, membro à época. Décadas depois, o experimente compositor tem a oportunidade de regravar a canção, mas sob o olhar de Tutuca, seu filho, e de outros músicos engajados nessa missão “século XXI”, isso porquê o fonograma preserva as glórias dos anos 70, mas a ele engloba elementos sonoros atuais e universais.

O registro é um importante e destacado passo para Tutuca, artista que iniciou sua carreira solo e fonográfica em 2021 com o single “Vento Bravo”. Depois lançou outros três até chegar nesta versão de “Sábado”.

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.