Marína Ósk Kvarteff – “Deed i Do” – (Irlanda)
Escrita em 1926 por Fred Rose e Walter Hirsch e gravada por inúmeros artistas ao longo do século, “Deed I Do” é um jazz raiz, podemos assim dizer. Há alguns anos, a cantora irlandesa de jazz Marína Ósk se apaixonou pela obra, e desde então está em seu repertório ao vivo. Recentemente, ela decidiu gravar a versão com a sua banda, a Marína Ósk Kvarteff. O registro exclui a bateria, mas mantém seu jeito frenético e animado, num jazz alegre.
A gravação aconteceu em Estolcomo e foi realizada com todos os instrumentos e vocal na mesma saída, como uma faixa inteira, como antigamente era feito. Ao lado de Marina, esteve o guitarrista Mikael Máni Ásmundsson, o baixista Johan Tengholm e o trompetista Erik Tengholm.
Kelda – “Nothing Will Befall Me (Psalm 91)” – (Estados Unidos)
Muitos acreditam que os sonhos servem também como forma de comunicação com o outro lado, com o dívino. O cantor e compositor norte americano Kelda, além de crer nisso, teve uma experiência que até os descrentes poderão dar crédito. Segundo Kelda, antes da pandemia, ele acordou de um sonho no qual cantava uma música, que é praticamente a mesma que essa que você está ouvindo. De imediato, ele sentiu que era uma mensagem evangélica que chegou à ele em forma de canção. Mais tarde, descobriu que a letra se referia ao Salmo 91 do Evangelho.
Em fevereiro deste ano, no momento que o mundo chorava devido a pandemia, motivou o artista a gravar e lançar a música, porque ele acredita que “Nada Me Acontecerá” (tradução do título) é como um remédio, um calmante em meio às trevas mundanas. Apesar do contexto pandêmica, o lançamento serve para todos os tempos, dos quais as sombras são prósperas.
O Salmo 91:9-10 é a síntese da canção: “Porquanto fizeste do Senhor, que é o teu refúgio, o Altíssimo, a tua habitação, nenhum mal te sucederá, nem praga alma chegará à tua tenda”.
Gilad Hesseng – “Avigail’s Song” – (Israel)
Gilad Hesseng é um artista que conhece bem o amor paterno. Essa relação entre ele e sua filha originou “Avigail’s Song”, uma canção escrita enquanto sua filha de 2 anos adormecia em seus braços, com Bob Marley como pano de fundo. A música, que tem elementos celta devido ao uso de gaitas e foles, faz parte do novo álbum do cantor, “As Time Goes By”.
Floyd Thursby – “Beautiful Today” – (Austrália)
Impossibilitado de ir ao casamento de seus amigos, no País de Gales, o australiano Floyd Thursby decidiu enviar um presente, e talvez o mais genuíno e criativo que os noivos poderiam receber. O que Floyd enviou foi uma canção escrita sob encomenda, com versos doces e simples sobre o amor.
Floyd a escreveu na cidade de Porto (Portugal), em 2018. Aproximadamente quatro anos depois, a música foi lançada oficialmente. Produzida em Los Angeles por Rob Kleiner, “Beautiful Today” faz parte do álbum “The Fuller’s Fiel”, lançado este ano.
Raquel Kurpershoek – “Me Embala” – (Espanha)
Entre muitas metáforas, cores e doçuras, está “Me Embala”, a nova canção autoral da espanhola Raquel. Faixa importante do seu próximo disco, “Me Embala” é uma ponte sonora/folclórica entre Espanha e Brasil, e em sua letra, versos sobre confiança, alegria e lealdade no amor.
Na gravação, Raquel é acompanhada por Alejandro Hurtado no violão e Danny Rombout na percussão. Juntos, eles criaram um registro fonográfico que nos leva a celebrar boas coisas. “Me Embala” soa como um hino de celebração.
TexMex Shaman – “Whew” – (Estados Unidos)
Sabe aquele tipo de música que você pensa “não é nem isso, e nem aquilo”? Pois bem, aqui esta situação. Baseada no dance music dos anos 1980, “Whew” é difícil de dizer o que é, mas tem seus encantos psicodélicos, eletrônicos e que faz corpos balançarem. Um mix de muita coisa que culmina num som ímpar.
Yoshi Flower – “Wishing Well” – (Estados Unidos)
Em momento de pós-recuperação no vício em drogas, Yoshi Flower tem no cover de “Wishing Well” a sua mensagem e abraço apertado aos que sofrem deste mal. Não a toa, o EP ao qual esta canção faz parte é um compilado de músicas escritas e gravadas por artistas que se foram precocemente devido ao vício. No caso deste lançamento, Yoshi relembra que quando WRLD faleceu, a dor foi sentida intensamente por ele.
“Este cover de ‘Wishing Well’, e as outras músicas que estão por vir, são minha tentativa de passar a cura. Estou em recuperação há mais de um ano, e agora com minha segunda chance eu adoraria ficar com a mensagem da vida… por mais imperfeita que seja, ainda vale a pena viver.”
VEELOOPER – “Ela” – (Portugal)
Ao estilo funk carioca, o DJ português VEELOOPER se uniu ao rapper brasileiro Zucri em “Ela”. O lançamento, de certa forma, representa a boa recepção deste gênero brasileiro em território europeu.
Venior – “Feed My Mind” – (Finlândia)
Apesar da sonoridade da música ser feliz, pop e dançante, a letra tem sua pegada existencial e reflexiva. “Feed My Mind” é o reflexo de amadurecimento da cantora e compositora filandesa Venior. Deste processo, ela chegou a conclusão do que realmente a preenche a torna feliz: relações intensas com os outros e com sigo mesma.
No final, é uma série de pensamentos sobre ter cérebro e coração, e não aparência apenas, desprendendo-se dessa loucura imposta pela sociedade.
SAVEN – “Happy To Be” – (Suécia)
Aos ouvidos atentos e sensitivos, percebe-se que só a sonoridade já garante a coerência do título da música. Esse arranjo que une todos os instrumentos de acordo com a ideia de leveza e felicidade genuína é o corpo sonoro que leva a mensagem adiante. Os versos são sobre gratidão à vida, e negação do tamanho errôneo que damos para os problemas.
“Happy To Be” é, portanto, uma canção que nos ajuda a apreciar o dom da vida e a viver o presente, sem amanhã e sem ontem.
Parham Gharavaisi – “Prodigy” – (Irã)
Este lançamento viajou muito. A viagem da letra é psicodélica e assustadora, no mínimo. Ela conta a história fictícia de um tipo de ser humano chamado Prodigio, que tem a capacidade de transferir sua consciência para outro tempo e outros corpos. Porém, esse feito o faz, como regra do jogo, assistir a totalidade da vida do outro, apenas como observador.
Os versos, então, esculpem demasiadas palavras de horror, com um eu lírico de muita empatia e dor ao ver o sofrimento daquele ocupou o corpo.
River Birch –“Uncertainty” – (Estados Unidos)
Da Califórnia, o duo River Birch faz do seu novo single um espaço de incertezas. É este sentimento que aparece na letra. Ela nos propõe que devemos viver e evoluir apesar das incertezas, sabendo o quão grande é este desafio. “Uncertainty” é uma das faixas do álbum de estreia dos artistas.
Mary Clements – “Farmer Song Preview” – (Canadá)
O som da cantora e compositora Mary Clements carrega muitas influências: indie folk, pop, clássico e country. Ao fazer bom uso desse mix, ela também se destaca pela sua autenticidade, simplicidade e por ser dona de uma voz suave e forte. Seu novo single, “Farmer Song” é a demonstração disso tudo. Na letra, um enredo curioso e não comum em canções. Ela canta a história de um herdeiro de uma fazenda, mas que não sabe se está disposto e capaz de assumir as terras.
Eoghan Moylan – “Dark Disco” – (Irlanda)
O single de estreia do artista de pop alternativo Eoghan Moylan, “Dark Disco”, é profundamente existencial, mas também tem seu jeito frenético de ser. Segundo Moylan, a canção é sobre captar a lição de deixar ir, livrar-se das correntes e sentir a vida como deve. A ideia é, portanto, de respirar o ar puro da liberdade.
Soul Zimon & His Kozmic Combinations – “Troubled Mind” – (Noruega)
Tida como um folk rock americano inspirada nos 1960 e 1970, a canção tem toques do blues e é de muita melancolia. Esse tom está ilustrado no título da música que traduzido ao português chegamos a “Mente Perturbada”. Exatamente isso que acontece na letra. Ela retrata a confusão de alguém perdido no mundo e sem saber qual é o seu rumo, para onde deve ir.
DIONNY TABBAREZ – “This is Country, this is Home” – (Estados Unidos)
O novo single autoral de Dionny Tabbarez é demasiado country. O norte americano reverencia freneticamente o gênero musical por meio de uma mensagem patriota. Ou seja, “Este é o país, este é o lar” (tradução) é um grito de amor por sua nação, mas que “não importa de onde você seja ou de onde você esteja, você descobrirá que esta canção é para todos.”, diz ele.
E sim… a música é um grito de amor pela sua casa, seu país, sua nação, independentemente de onde você esteja lendo esta nota.
He-Man Stradivarius – “Toterebuka” – (Suécia)
Da cidade de Estocolmo (Suécia), o trio tem seu terceiro single, “Toterebuka”, um “funk sujo”, como eles mesmo definem. Além disso, percebe-se uma investida em formatos alternativos de gravação e instrumentação, o que torna este lançamento experimental.
Christo Mondavi – “Home For The Winter” – (Estados Unidos)
Uma música de retorno. É assim que, resumidamente, podemos definir “Home For The Winter”. Segundo Cristo Mondavi, a música é sobre voltar para sua terra natal, e encontrar pessoas e lugares do seu passado. Porém, ele alerta que há outro sentido: o de retorno a si mesmo, após eras buscando por respostas e satisfações que estavam dentro.
Dado Pasqualini – “Rituals” – (Reino Unido)
Após uma temporada no Marrocos, em 2020, Dado Pasqualini interagiu com vários músicos e, portanto, com a cultura do país. Assim, surgiu a necessidade de homenagear Marrocos.
Então, escreveu “Rituals”, canção que tem como missão registar os “sabores norte-africanos/mediterrânicos”.
Edy Forey – “Come With Me” – (Reino Unido)
Faixa importante do próximo álbum de jazz da Edy Forey, “Come With Me” tem seu lado pop, o que facilita a digestão da mensagem da música. Nos versos, a inquietação em frente aos relacionamentos superficiais.
Nas entrelinhas, no entanto, está a ideia de conexão com Deus e com a espiritualidade, assim como a realidade espiritual que nossos olhos materiais são incapazes de enxergar.
ABSYTE – “Take Me To The Altar” – (Estados Unidos)
Com voz e trompete contracenando como protagonistas, essa música é sobre o preconceito racial que, muitas vezes, acaba escondido, não sendo visto como racismo.
Como exemplo, a banda cita a América, continente em que a guerra é silenciosa, mas mortal. A canção é, portanto, uma exploração desta realidade.
Rowan Flack, Deschanel Gordon – “The Calling (Live Session)” – (Reino Unido)
De autoria da inglesa Rowan Flack e também interpretada por ela, essa melódica canção é um jazz moderno e sofisticado, mas com seu teor sonoro da música pop, o que a torna acessível para todos os públicos.
Os ouvintes, provavelmente aconchegados, sentiram a imaginação libertária da canção, gravada por Rowan ao lado do BBC Young Jazz Musician e Deschanel Gordon.
Rosalyn – “Spin” – (Tailândia)
“Spin” é um exemplo atual do que a banda Rosalyn propõe ao mundo. Fundado em 2016 e com estreia nos streamings em 2019, o grupo é definido como indie, com boa recepção, inclusive, em seu próprio país, a Tailândia.
O trio tem perfil artístico ímpar e sonoridade pop, com inspirações em nomes como Led Zeppelin, Tame Impala, Daniel Caesar e Rhye.
Spoken Worth, J. Crum – “WRESTLE” – (Estados Unidos)
Unindo o hip hop tradicional com a declamação poética, o cantor e compositor norte americano Spoken Worth traz uma mensagem de superação em seu novo single, com a participação de J. Crum.
Como um convite para encorajar seus ouvintes, o som é uma aceitação dos momentos turbulentos, mas com a condição de sabermos da existência da vitória, abraçando os problemas e as fraquezas com força e sabedoria.
Valgalder – “Lokkesang” – (Noruega) – Escute no Youtube
A Valgalder existiu somente entre 1998 e 2001. A banda lançou um álbum em 2000, em Los Angeles, mas um incêndio findou o material. No entanto, uma música do disco sobreviveu, esta que aqui apresentamos, um rock pesado e de letra sombria.
O grupo norueguês viam em suas músicas formas de preservar o folclore e os mitos noruegueses, mas também eram conhecidos como Draugr Black Metal.
Ronnin – “Repression” – (Turquia)
Gravado em seu próprio estúdio profissional, a banda turca RONNIN entregou ao mundo o disco “Repression”. Musicalmente, eles combinam o Death Metal e o Metalcore, mas agregam elementos do metal progressivo.
Do outro lado, as letras das oito faixas são ataques diretos a humanidade gananciosa e ambiciosa, colocando os dogmas como aqueles que corrompem o homem.
Eka Laki – “Doesn’t Really Matter” – (Georgia)
De Geórgia, a cantora e compositora de indie pop Eka Boy tem em seu 4º single uma mensagem suprema, diante de um mundo movido a grana. A poesia deste lançamento frisa que o bom da vida não se importa primordialmente com o financeiro.
É uma mensagem bonita, singela e frutífera, que se aproxima do mundo por meio de uma sonoridade experimental, tendo o pop como sentido.
Sofi Bonde – “Endlessly” – (Suécia)
A guerra na Ucrânia também é denunciada pela arte. É o que fez a sueca Sofi Bonde e outros músicos de dez países no single “Endlessly”, canção lançada hoje (30 de abril).
Nela, um grito de paz, algo que já é antecipado pela capa (um beija flor azul), e no clipe que tem o poder de transformar a ideia da música em imagens.
É interessante e cabe dizer que todas as receitas do vídeo tem como destino a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ou Agência da ONU para Refugiados).
Nadzrul Hanif – “Train to Anywhere – Country Version” – (Malásia)
A ideia certeira de que nada como um dia após o outro e a fé no amanhã é o que norteia essa belíssima composição de Nadzrul Hanif. A música, portanto, tem a característica não de refletir, mas de afirmar que amanhã será melhor.
Deixo aqui a letra traduzida com o apoio de tradutores automáticos, e você verá que não falei nenhuma bobagem.
Socorro! Eu sou apenas um homem simples
Com todas as coisas que tenho que cuidar
Amor, por favor, seja gentil
Porque o ódio não vai estar sempre a triunfar
Tempo, não vamos ser duros
Com vinte e quatro sete, não é suficiente
Talvez amanhã o sol brilhe novamente
Você e eu, vamos começar
Talvez amanhã estejamos no trem
Bebendo vodka, nos despedimos da dor
A chuva pode cair hoje
Obstáculos no caminho
Mas as coisas vão ficar bem
Só que hoje não
Só que hoje não
Só que hoje não
Só que hoje não
Shelley Jennings – “ALL ARE WELCOME HERE” – (Estados Unidos)
É uma música gospel, um louvor, uma adoração, mas também um convite para todos, o que já diz o título da canção, que, traduzido precariamente para o português, dá em “Todos são bem vindos aqui”.
É esse o novo single da cantora cristã Shelley Jennings, mais uma amostra do talento e emoção desta artista que já lançou 4 discos com a banda Women of Faith Worship Team, e que agora aposta em sua carreira solo.
Vale mencionar que essa bela composição é assinada por Dallas, Texas, Holland Nelson, com Eternity Songs.