Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 52ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Kelli Baker – “Dr. Feelgood (Love is a Serious Business)” – (Estados Unidos)
O novo single da norte-americana Kelli Baker é, em verdade, uma versão muito bem feita em cima de uma música originalmente lançada por Aretha Franklin, num álbum do final dos anos 1960 chamado “I Never Loved a Man The Way That I Love You”. A nova versão de “Dr. Feelgood”, antes de ser lançada oficialmente, já faz sucesso nos shows ao vivo de Kelli. “Essa música tem sido muito popular em nossos shows ao vivo, e nos pediram várias vezes para gravá-la. É uma honra cantar uma composição tão boa.“, contou a artista à Arte Brasileira.
Com este lançamento, a cantora chega ao seu oitavo single. Sua carreira discográfica inicou-se em 2019 quando apresentou a canção “Red Winter“. Não é exagero que indiquemos também suas outras canções, são muito boas. Confira!
Lou’s Rendezvous – “Bear” – (Estados Unidos)
“Bear“, uma das faixas do novo álbum do norte-americano Lou’s Rendezvous, retrata um guru do surf fictício chamado Bear, que vive ao seu modo, como quer, sem esperar a aprovação de ninguém. A música faz parte do primeiro disco do cara, intitulado também “Bear”. Segundo Lou’s, o álbum de 8 faixas autorais é “um disco de verão feito para relaxar na praia com um dia de surf”. Está recomendado por nós, confira!
Bl31c3r – “Q + da” – (Colômbia) – [MINI ENTREVISTA]
– Qual é o conceito e a mensagem desta música? “Q + DA” é uma das últimas músicas do álbum “X0ver“, que conta a história de um amor sem final feliz e fala sobre superação. A música enfatiza a importância de compreender que o relacionamento acabou e que, mesmo que tenha havido momentos felizes, nada disso importa, pois, nesse ponto, o protagonista da música não acredita na existência de um amor que não acabe com o tempo.
– Como e por que foi composta? Apesar de ser uma música de amor, na realidade, o que eu estava expressando inconscientemente era o meu processo de superação ao ter que deixar meu país e seguir em frente em uma nova cidade, sem me importar com as boas lembranças do passado.
– Como você pode definir o som do single? É uma mistura de sons acústicos e eletrônicos com uma harmonia e ritmo alegres, mas com uma vocal melancólica.
– Existe alguma anedota ou curiosidade interessante sobre esse lançamento? Na verdade, essa é a segunda música que eu compus na minha vida e a primeira que decidi compartilhar publicamente. Levei mais de três anos para chegar a esse ponto, pois, quando comecei, só conhecia alguns acordes no violão e tive que aprender a gravar, produzir e lançar por conta própria. Basicamente, essa música é muito especial porque representa todo o esforço, dedicação e aprendizado que acumulei desde ser uma criança com um grande sonho até dar o primeiro passo em direção à possibilidade de alcançar minha meta, e se eu não conseguir, “Q + Da (Que mais da)”.
Respostas Bl31c3r
Luke Philbrick – “Rosie, by Luke Philbrick & The Solid Gone Skiffle Invasion” – (Reino Unido) – [ MINI ENTREVISTA]
– Resumindo, sobre o que é essa música? o que a letra nos diz? Então, Rosie é liricamente baseada em um velho grito de campo americano cantado da perspectiva de um condenado se preocupando se seu amante está esperando que ele seja libertado … muitas vezes subvertemos o significado ao reinterpretar canções tradicionais, mas devo admitir que essa versão é liricamente bastante fiel à gravação de campo de Alan Lomax, onde a ouvimos pela primeira vez
– Como você pode definir o som da música? O som é centrado em torno de um riff de guitarra sinuoso – talvez pense em ‘In My Time of Dyin” do Led Zeppelin e bateria brutal, ambos engrossados por contrabaixo e gaita para criar uma poderosa abordagem direta do blues…
– Tem alguma história interessante ou curiosidade sobre esse lançamento? As tomadas iniciais de guitarra e bateria foram descobertas em sessões abandonadas que datam de 2018 – elas foram sujas com novos equipamentos de gravação e experiência no home studio.
Respostas de Luke Philbrick
Blake – “Make Love Not War” – (Reino Unido)
O cantor e compositor inglês Blake inicia sua discografia de 2023 com o single “Make Love Not War”. A música, que mescla o rock clássico ao rock psicodélico, é um protesto as violências do mundo, em especial, as guerras que ainda não saíram de moda. “Infelizmente, o slogan clássico dos anos 60 para a paz ainda é necessário no mundo de hoje. Esta faixa usa uma estética musical do final dos anos sessenta para pedir o fim da guerra.”, diz ele. Esta música faz parte do novo álbum do cara, “Plainsongs“, que já está disponível nos streaming.