Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 6ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Stefan – “Novos Caminhos (Rumba)” – (Estados Unidos)
Stefan é um guitarrista clássico/flamenco de trajetória brilhante. Integrou o grupo La Vienta. Assim, lançou três álbuns entre 1993 e 1996, que foram vendidos em 28 países. Com a banda se apresentou em vários palcos, muitos deles importantes dentro do cenário musical mundial. Em 1998, Stefan iniciou sua carreira solo com o disco “Spanish Soul”. Desde então, não manteve-se controlado e lançou seis álbuns, e outros lançamentos como singles e EPs, além de ter sido convidado para importantes shows.
Neste ano, Stefan apresentou o seu novo single, “Nuevos Caminos (Rumba)”. Podemos dizer, portanto, que é um bom caminho para conhecer a volumosa e saudável discografia do músico estadunidense.
Famous Fox – “This City” – (Reino Unido)
A Famous Fox é um trio inglês criativo-corajoso e de vários instrumentos, incluindo saxofone e trompete. De suas inspirações, como Tom Misch, George Benson, Jordan Rakei, e muitos outros, eles combinam o pop, soul, jazz e funk. Sediado em Londres, lançaram um single triplo, a estreia nas plataformas de streamings.
Segundo eles, se trata de canções que “trazem de volta a verdadeira musicalidade pop, sem autotune, sem samples, e com muita diversão musical para todos desfrutarem.”
Juli Chan – “Not A Crime” – (Polônia)
Em “Not a Crime”, a cantora e compositora polonesa Juli Chan diz que “manter a cabeça erguida aderindo às regras, manter-se fiel aos seus valores e nunca comprometer sua honra não é crime nenhum”. Uma música demasiadamente pop que por si só já fala muito, mas que tem um videoclipe como reforço.
“Not A Crime” tem assinatura do produtor musical sueco Simon Jacobsson, e se soma à discografia desta artista que estreou em 2020 com o single “Bad Idea”. Além dos dois, ela tem outras seis canções disponíveis nas plataformas de streaming.
Cecilia Cuevas – “Remordimiento Cero” – (Argentina)
A presença da argentina Cecilia Cuevas nas plataformas de streaming é recente, tendo iniciado em 2021 com o single “Calladitos”, em parceria com Santi Ciccolella. Depois desta, ela entregou mais duas canções. A mais recente é “Remordimiento Cero”, a primeira solo, e que é um caminho oportuno para conhecer sua poesia e sonoridade, essa baseada na música latina, tendo o rock e o pop como âncoras.
Nesta música, Cecilia versa sobre amores tóxicos, e mais específico, sobre a experiência que teve quando mais jovem e que a marcou para sempre. Confira!
Enemy Airship – “Little Cable Boy” – (Estados Unidos)
O medo, a insegurança e a tensão que sentimos em frente a inteligência artificial, a consciência digital e o metaverso é o tema de “Little Cable Boy”. A música recém lançada e definida como pós-punk é o terceiro single do próximo álbum da banda norte americana.
Blanche Baillargeon – “Sous tes yeux le printemps” – (Canadá)
A brisa bate na alma quando se escuta o novo lançamento da baixista e cantora canadense Blanche Baillargeon. Intitulada “Sous tes yeux le printemps”, a canção é de amor, com poesia e vocal exuberantes e profundos.
O som é o primeiro single do segundo álbum da artista, previsto para novembro deste ano.
Alex Sandra – “Bounce” – (Estados Unidos)
Alex Sandra iniciou sua carreira no universo rock, mas recentemente entrou para o mundo pop. Fã de Adele, Alicia Keys, Madonna, Bruno Mars e Ed Sheeran, Alex lançou seu primeiro EP “Supergirl”, em 2021, com cinco faixas.
Depois, entregou outros três singles, sendo “Bounce” o mais recente. Esta novidade, que fala sobre liberdade de sermos quem somos e empoderamento em frente a vida, é um caminho interessante para conhecer esta artista norte americana.
Vamos nessa?
Tiki & The Hotstuff – “Juicy Cruise” – (Suécia)
O duo Tiki & The Hotstuff é um mix de muita coisa, mas muita coisa boa que formam sua personalidade artística ímpar. Os artistas mesclam o pop alternativo, batidas eletrônicas, voz feminina marcante e outros elementos. Todas essas características são apoiadas em uma nostalgia que resgata os anos 1980 e 1990, no entanto, sem que o moderno se ofusque. Recentemente, eles lançaram ao lado de Eek-A-Mouse um novo single, intitulado “Juicy Cruise”, um exemplo ideal para conhecê-los.
Musicalmente, a obra agrega ao grupo batidas de cumbia, ackee jamaicano e sintetizadores. Segundo nota enviada à imprensa, a letra trata de “levantar-se, deixar tristezas para trás, porque a vida é um cruzeiro suculento“. Confira!
Call in Dead – “Religious Wars” – (Estados Unidos)
Em 1984, a banda punk britânica The Subhumans lançou “EP Lp”, sendo a faixa “Religious Wars” a que custou mais sucesso. Desde então, esta música de cunho anárquico não foi tão explorada em covers e releituras. No caso da banda norte americana Call in Dead, além de regravar o som, ainda deram a ele um vocal feminino, algo que ainda não havia acontecido.
Antes de gravarem oficialmente a releitura de “Guerras Religiosas” (tradução do título), a música já fazia parte do repertório em seus shows, e é uma das mais aplaudidas e respeitadas pelos seus fãs.
Ceyeo – “U Can’t Hide (Radio Edit)” – (Estados Unidos)
Insatisfação. Essa palavra pode definir muito bem a mensagem da nova música do estadunidense Ceyeo. “U Can’t Hide” é uma canção armada socialmente. Ela crítica a falta de espaço para as minorias, assim coom a opressão que esses grupos sofrem. Este é mais um single que o artista lança a respeito do seu disco de estreia, previsto para o próximo dia 15 de julho.
Por fim, parece que Ceyeo faz um rap para pensar, como sempre deve ser.
Jerry Jean e Elia Esparza – “Pacific Coast” – (Estados Unidos)
O cantor-compositor Jerry Jean tirou das suas íntimas emoções as palavras e harmonias para compor “Pacific Coast”. A canção lançada em junho é cantada ao lado de Elia Esparza. Veja o que o artista tem e dizer sobre a letra. “É um dueto clássico e sincero sobre parceria em todos os sentidos. Foi inspirado no relacionamento que tenho com minha esposa e na beleza restauradora e eterna da costa do Pacífico da Califórnia (nosso lugar favorito)”, diz ele.
A música integra uma discografia vasta de Jerry, que iniciou seus lançamentos em 2012. Elia, por sua vez, lançou seu primeiro single em 2016, uma performance gravada no The Voice americano e que a rendeu reconhecimento público.
Arcadia Worship – “Only Jesus” – (Estados Unidos)
Uma música de louvor à Jesus Cristo. Não há muito o que dizer. Apenas sinta a boa energia que Arcadia Worship tem para nós.
GHJ Music e Carolyn Fitzhugh – “Loveliest” – (Estados Unidos)
Em parceria com a cantora Carolyn Fitzhugh, o trompetista Victor Garcia e o baixista Chuck Webb provam em seu novo single o porquê serem bem vistos pela comunidade jazz de Chicago. Juntos, os artistas estão lançando “Loveliest”, uma canção que une o jazz tradicional e o smooth jazz. Uma aventura sem precedentes.
Harper-Nicole Anderson – “Donald’s in the Hoosegow Now” – (Estados Unidos)
O quarto single do estadunidense Harper-Nicole Anderson pode soar polêmico, mas bastante bem humorado, uma vez que, além de músico e dramaturgo, o cara é comediante. A canção é um country sobre o trágico episódio da invasão ao Capitólio, em 2021, porém, poeticamente com visão de bom humor, com uma sonoridade também descontraída. Confira!
Qwiet Type – “Alone With You” – (Estados Unidos)
Direto da Flórida, Qwiet Type é um cantor-compositor que une o indie rock e o electropop, algo que, entre outros fatores, o faz um artista único. Em atividade fonográfica desde 2019 com o single “Licking Yout Wounds”, ele apresentou seu primeiro trabalho de 2022, a canção “Alone With You”. Nela, as pessoas que “se sentem sozinhas mesmo em um relacionamento” irão se identificar. Vamos ouvir!?
Mitch Bradford – “More Than Life” – (Estados Unidos)
Em 2012, o cantor e compositor texano Mitch Bradford iniciava sua discografia com o álbum “Kansas City”. Dez anos depois, ele se prepara para o lançamento do quarto disco de estúdio. No entanto, como forma de apresentar um pouco do trabalho e divulgá-lo, lançou o single “More Than Life”, um dos fragmentos do álbum.
É uma boa escolha do artista. A música diz muito sobre ele, já que fala do amor pela música e pela vida que era o rock das rádios americanas dos anos 1970. Um som solar, animado e inspirador. Confira!
The Wyrdlings – “Love You More” – (Ilha de Man)
No português, relacionamentos e dores não rimam, mas sim na prática. É o que acontece com todos, e é o que inspirou a nova música da banda The Wyrdlings. Intitulada “Love You More”, a canção é “um pop sobre um relacionamento ruim”. Ela é a segunda música do grupo, que iniciou com o single “Dormammu”, ainda neste ano. Uma discografia curta, mas poderosa. Confira!
The Bombhappies – “Boléro” – (Suécia)
O arranjo e ritmo dessa música foi pensando de acordo com sua letra. Musicalmente, ela se repete várias vezes, mas com diferentes orquestrações. O mesmo acontece com a letra, que é sobre um relacionamento que há anos vive em círculos, sempre repetindo, mas também com diferentes vibrações.
Por trás, sons de natureza, de pássaros, elemento que a torna genuína, simples e fantástica, ao mesmo tempo. A música quebra o silencio de dez anos desta banda sueca inspirada no rock alternativo.
Die Tired – “New Condition” – (Estados Unidos)
Direto do estado da Pensilvânia, a banda Die Tired é um grupo de rock que sabe, de maneira intuitiva e inteligente, como adicionar ao seu som boas pitadas do pop, ou seja, da música facilmente digerida. O mais recente exemplo dessa importante característica é “New Condition”, single que faz parte do próximo EP dos caras, previsto para o início do outono deste ano. Confira!
JonathanBo – “Hit That Low” – (Suécia)
Esse lançamento soa como uma entrega filosófica, mas de palavras com sentido de encorajar. A música é de um artista que sempre compôs e escreveu, porém, só neste 2022 lançou-se nas plataformas. Curiosamente, “Hit That Low” é fotograficamente 100% dele, uma vez que é responsável pelos instrumentos, mixagem, masterização, gravação e canto.
Deixo a seguir uma fala do artista sobre a letra da canção como forma de encerrar essa nota. “Essa música é sobre aprender a perceber quando se separar de algo. De um relacionamento ou um pedaço de si mesmo. Pode ser tão difícil. Mas às vezes as decisões mais difíceis da vida são as mais cruciais.”
Dyno Project – “Listen” – (Estados Unidos)
O grupo Dyno Projetc é capitaneado pelas composições e produções de Bob (Dyno) DiNozzi. O mais recente arremesso deles é “Listen”, uma canção escrita por Dyno há décadas quando morava no caloroso Brasil. Desse fato, entendemos a jogada bossa nova alinhada ao folk americano. A música foi atualizada e adaptada para a Dyno Project. O resultado merece muitos aplausos.
FICHA TÉCNICA
Trent Larrabee: Guitarra
Larry Finn: bateria e percussão
Bob (Dyno) DiNozzi: guitarra e baixo Bossa Nova
Gravado no Second Story Studio, Boston / Bill Mason, Engenheiro
Escrito e produzido por Bob (Dyno) DiNozzi [BMI] e lançado pelo selo Global Soul.
Joachim Horsley – “Martinique Nocturne” – (França)
Joachim Horsley, pianista estadunidense que iniciou sua carreira solo em 2014 com o disco “Was Dead the Whole Time”, tem um novo riquíssimo som para o mundo: “Martinique Nocture”, gravado com a colaboração de Thomas Bellon. O single faz parte do álbum “Caribbean Nocturnes”, a ser lançado em breve.
IC Worship – “Wohoo” – (Suécia)
Intencionada em ser mensageira do evangelho, a banda IC Worship surgiu em 2011. com o EP “Passion”. Desde então, lançaram um álbum e dois singles. O mais recente é “Wohoo”, uma canção gospel sobre “jesus estar vivo”.
J Güero – “Galactic Chica” – (Chile)
Em 2019, o produtor chileno J Guero lançou seu projeto solo de música eletrônica latina. Desde então, já lançou 2 EPs e 3 singles. Sua mais recente música é “Galactic Chica”, um som indie tropical, bom para esquecer o mundo e viajar.
SÖHNE MANNHEIMS – “Mut – Deluxe Edit” – (Alemanha)
Em resposta às trevas que dominam a Terra, o alemão Söhne Mannheims escreveu a canção “Mut”, sendo que apenas um verso é de autoria de Michael Klimas, que também assina a produção musical. Com apoio instrumental de grandes músicos, o artista canta uma música de esperança, inspirado em acontecimentos recentes, como a pandemia e a guerra na Ucrânia.
O refrão diz “Tudo vai ficar bem / Vamos sobreviver a esta tempestade”. Segundo ele, a ideia de “Mut” é provocar coragem e lembrar que “juntos vamos mais longe e em paz”.
Philip Yman – “You Fu*ked Me Up” – (Suécia)
A estética pop rock e o tom animado de “You Fu*ked Me Up” carrega em si uma mensagem não muito otimista, de um personagem frágil, preso ao sentimento por outra pessoa. A música é de um homem que experimenta o desespero de ser abandonado pelo outro, sendo que “num piscar de olhos, pode viver a solidão”. A letra retrata a próxima experiência do artista. Ele diz que o título (“você me fodeu”) foi o que veio a sua mente quando a catástrofe explodiu.
O lançamento é justificado: o cantor-compositor acredita que muitos podem se identificar com este sentimento. Além desse, o músico já lançou dez singles e um EP, algo que vem acontecendo desde 2019. Se você gostou desta sugestão, é provável que sentirá atração pelos outros lançamentos do artista.
Mike Wyatt – “I Can’t Be Without You” – (Reino Unido)
Mike Wyatt é um artista que sabe a importância de viver com quem te apoia e de apreciar as pequenas coisas da vida, as que mais merecem créditos pela nossa felicidade. É essa a ideologia por trás de sua nova música, “I Can’t Be Without You”. É uma canção bonita, de esperança e motivação. Confira!
TRP.P – “Doin’ It For Me” – (Canadá)
Como unir o hip hop e R&B? Posso responder essa pergunta indicando o som do duo TRP.P, de dois artistas de Toronto. Cantores e compositores, eles se conheceram em 2015. Em 2017, entregaram seu primeiro EP. Desde então, vários lançamentos e muita inovação-coragem. Atualmente, estão trabalhando na divulgação do segundo álbum, já disponível em todas as plataformas.
Gifford James – “Hurt The Way I Do” – (Estados Unidos)
No dia 28 de junho é a aniversário de um ano de morte da esposa do cantor-compositor Gifford James. A data é a mesma do lançamento do single “Hurt The Way I Do”, mas não há coincidência qualquer nisso. A canção é uma homenagem a sua esposa, mais uma vítima fatal do Covid-19.
Por si só, o som já é de muita emoção, no entanto, a gravação contou com backing vocals e violoncelo clássico, o que o transforma numa espécie de hino.
Que esta linda música de Gifford sirva para todos os lutos em decorrência desta pandemia que assolou o mundo.
Bonnie And The Jets – “Far Away – Acoustic Version” – (Noruega)
A cantora norueguesa Caroline Bonnet faz de “Far Away”, sua canção autoral, um caminho para explorar suas habilidades vocais ao lado do pianista Kristian Wentzel, em uma versão acústica de mexer corpo-e-alma.
A música, que nos inspira a seguir e realizar nosso sonhos, faz parte do próximo álbum da Bonnie And The Jets, conjunto ao qual Caroline e Kristian fazem parte.
Vonne Wayne – “Mama Yeh” – (Canadá)
Lançada no dia 8 de maio (Dia das Mães), “Mama Yeh” é uma homenagem a todas elas, do mundo todo. A mensagem chega aflorada por meio de uma sonoridade que une afrobeats e R&B, num balanço de corpo-alma que merece o seu play.
Iryne Rock – “Story” – (Estados Unidos)
“Story” é uma canção de bastante balanço, ritmo e energia pulsante. Essa sonoridade prazerosa e positiva é acompanhante de uma letra diferenciada, aquém do costume. Nela, a cantora e compositora norte americana Lryne Rock se inspirou nos contos contados por seus pais e tias na época em que era criança.
“Lembro-me de sentar no colo da minha tia em sua sala de Ibadan às vezes no escuro quando não havia eletricidade, cercada por velas e lanternas enquanto ela nos contava contos clássicos como a tartaruga e a lebre.”, conta a artista.
Por fim, “Story” é recomendado para as famílias, para sentirem o gosto das boas memórias.
Nathan Doyle – “All This Time” – (Canadá)
Totalmente composta, gravada e produzida pelo canadense Nathan Doyle, a canção “All This Time” é sobre valorizar o que já temos, ao invés de reclamar do que acreditamos tanto querer. A música de charme indie visa valorizar o presente, e descarta a ansiedade por um futuro perfeito.
Apesar desse tom existencial, vale dizer que “Todo Esse Tempo” (tradução do título) carrega uma estrutura poética simples e de fácil digestão, com uma sonoridade para balançar a alma.