Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 83ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Ryan Wayne – “Bonafide Drifter” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– O que você diz nesta música? Bonafide Drifter é baseado em uma viagem familiar. Na esteira de um poderoso dericho que atingiu o Nordeste dos Estados Unidos, deixando grande parte da região sem eletricidade, minha esposa e eu estávamos embarcando em uma viagem para as montanhas Blue Ridge e Asheville, Carolina do Norte, nossa filha no banco de trás. À medida que o dia se transformava em noite, passamos por vários hotéis que estavam fechados devido à queda de energia e por vários postos de gasolina, também fechados. Tanque de gasolina acabando, sonolento, inúmeros cervos nos ombros e precisando desesperadamente de um quarto, finalmente encontramos um lugar que aceita apenas dinheiro. Com uma lanterna, fomos até uma sala e depois saímos para o estacionamento onde fui, onde um homem oportunista, de regata e chapéu de caminhoneiro, bombeava gasolina de um grande barril na traseira de sua caminhonete, manualmente. com um cigarro aceso pendurado no lábio – US$ 10 o galão.
– Qual é a sua mensagem? Não há muita mensagem nesta música, mas sim, é mais uma tentativa de criar uma narrativa a partir de uma das muitas aventuras inesperadas da vida.
– Como e por que nasceu esta carta? Costumo levar consigo um caderno quando viajo, pois as coisas mais inesperadas podem acontecer a qualquer momento. Na verdade, tropecei nas notas que escrevi sobre essa viagem cerca de 10 anos depois da viagem e pensei que havia algumas imagens fortes que poderiam resultar em letras divertidas.
– O que você acha que foi criado de novo com este lançamento? Tentei variar os compassos desta composição, começando em 5/4 e mudando para uma valsa no refrão. Eu também senti que faltava alguma coisa quando gravei a faixa pela primeira vez, então trouxe meu amigo Teppei Kamei para tocar uma prostituta. Também tive o grande prazer de apresentar minha filha nos vocais harmônicos ao lado de mim e de Kelley McCrae. Ruby tinha 10 anos na época da gravação e era apenas um bebê quando os acontecimentos da história se desenrolaram. Ela era a “vagabunda genuína dormindo no banco de trás” que é cantada no refrão da música.
Respostas Ryan Wayne
Remek Kossacz – “Salt Sea” – (Polônia) – [MINI ENTREVISTA]
– Em resumo, o que é esta música? Nasceu com que propósito, afinal, existe alguma mensagem por trás do instrumental?
– Ela nasceu com qual propósito, afinal, há alguma mensagem por trás do instrumental? Quando estive à beira-mar, admirei a vista e entrei num estado de espírito que me inspirou musicalmente e desencadeou alguns motivos. Com essa música tentei reproduzir esse clima.
O tema principal e o solo de guitarra buscavam beleza e descontração.
Qual é a relação desta música com a cultura e a música polaca?
– Qual a relação desta música com a cultura e música polonesa? Hoje em dia é fácil ser influenciado por vários estilos musicais.
Vim da Polónia para a Noruega há muitos anos. Muitas vezes ouço as pessoas dizerem que minha música soa diferente. Isto pode estar relacionado com a minha cultura polaca, de certa forma é inconsciente.
Respostas Remek Kossacz
Angel of Discord, Worm Womb – “EMO” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Resumindo, que música é essa? Uma música pop punk emo sobre as tensões do amor e dos sentimentos deixados para trás. A música foi inspirada por dois amigos de longa data que finalmente ficaram juntos, mas não deu certo e pareciam unilaterais.
– O que dizem suas letras, qual é a sua mensagem? É um comentário sobre a cultura do namoro casual e a tentativa de permanecer anônimo e manter seus sentimentos sob controle, o que geralmente parece ser um acordo unilateral. Alguém sempre parece se machucar.
– O que essa música diz sobre a cultura EMO? Pessoalmente, pensei que uma vez que você está ferido, você pode entender melhor o gênero. Muito emo é sobre se sentir deixado para trás e sentir que você não pertence; excluído.
Respostas Angel of Discord, Worm Womb
Slo Five – “a little bit of sun” – (Alemanha) – [MINI ENTREVISTA]
– Em resumo, o que é esta música? “a little bit of sun” é uma batida fresca e jazzística de lofi bossa para relaxar e fazer amor.
– Há alguma mensagem por trás do instrumental? Além de trazer um clima ensolarado ao final do verão (europeu) de 23, a música é uma homenagem aos clássicos inesquecíveis da maravilhosa música brasileira dos anos 60 e 70.
– Em qual contexto ela surgiu? A ideia surgiu enquanto ouvia discos brasileiros raros e antigos dos anos 60. Essas músicas antigas são tão positivas, inspiradoras e cheias de sons artesanais maravilhosos que me fazem querer criar músicas com aquela vibração animada!
– E sobre a sonoridade, o que você pode destacar? A música combina sons vintage brasileiros com modernos lofi ear-candy, como uma delicada atualização desses clássicos antigos.
Respostas Slo Five
Francesco Bianchini – “Obrigado” – (Itália) – [MINI ENTREVISTA]
– De que trata esta canção? Esta canção é sobre agradecer às pessoas que nos tornam melhores. Pode ser dedicada ao amor da nossa vida, ou a qualquer pessoa que torne a nossa vida mais bonita.
– O que é que a letra contém e qual é a sua mensagem? Há muita gratidão no texto. Algo que está a desaparecer na vida quotidiana. Dizer obrigado tornou-se mais difícil.
– Que referências rítmicas temos nesta canção? Esta é uma bossa nova clássica. Inicialmente, a canção começou por ser um pop ligeiro, mas depois tive uma epifania e adaptei a letra à música.
– E porque é que investiste na bossa nova, um ritmo brasileiro, apesar de seres um artista italiano? Esta é a minha segunda canção de bossa nova. A primeira chama-se ‘bossa divina’.
A bossa nova, na minha opinião, é a música mais bonita do mundo. Sou apaixonado por ela há muitos anos, graças a uma amiga brasileira chamada Ligia.
Quis combinar a beleza e a sonoridade da língua italiana com esta bela música, e espero ter conseguido.
Respostas Francesco Bianchini