22 de abril de 2025

Playlist “Além da BR” #96 – Sons do mundo que chegam até nós

além da br

Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.

Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 96ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.

Pippa Scott – “Dance As If Nobody Knows” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]

– O que é esta música, em resumo? Minha música “Dance As if Nobody Knows” foca no movimento de “positividade tóxica” que é tão predominante em nossa cultura atualmente. Ele analisa o que acontece conosco quando tentamos viver atrás de muitas máscaras – pensando que a única maneira de ser é positiva o tempo todo. Frases como “Good Vibes Only” representam essa mentalidade tóxica que, como artista, eu queria desafiar.

– Qual foi sua fonte de inspiração para escrever esta música? Os humanos têm um espectro completo de emoções. Quando começamos a rotulá-los como “bons” e “maus” e fazemos os outros sentirem que “os bons” são as únicas emoções permitidas, isso é algo muito problemático e preocupante. Alguns dos meus momentos mais sombrios levaram ao crescimento mais significativo da minha vida. A verdadeira intimidade com outros humanos também é compartilhada na alegria, na tristeza e na raiva. Caso contrário, tal como as nossas contas nas redes sociais, estaremos a viver esta mentira e falsidade que nos alcançará porque ninguém consegue mantê-la. Basta assistir a um episódio do programa “Black Mirror” da Netflix para ver algumas das consequências sombrias de viver uma vida assim.

– Quanto à sonoridade, quais são seus comentários? Queríamos que o som fosse pop, eclético e descolado. Minha última música foi uma balada e queríamos brincar com o ritmo e a sensação para refletir o significado da música. Algo para o qual você possa mudar.

– Há alguma história ou curiosidade sobre este lançamento? Esta é minha segunda música original depois de “What If?“. Minha terceira música será lançada no início do próximo ano.

Respostas Pippa Scott

Eamon Joseph – “Melody” – (Austrália) – [MINI ENTREVISTA]

– Resumindo, que música é essa? Melody é sobre como escrever músicas me ajuda a descobrir tudo. “Ilumine-me, assuste-me, mostre-me o que estou certo e o que estou errado” – essas linhas pedem ao processo de composição que me traga clareza. Para mim, escrever letras está em algum lugar entre o pensamento consciente e o subconsciente, e o que sai geralmente é a verdade – goste eu ou não!

Mas eu também escrevi para que Melody pudesse ser uma personagem para quem eu cantaria. Algumas pessoas pensam que todas as músicas são canções de amor, mesmo quando isso está longe de ser verdade. Então, eu me diverti fazendo isso funcionar nesses dois níveis: como uma canção de amor para aquelas pessoas, e também como uma homenagem à composição e a todos os seus elementos técnicos.

– Qual foi sua fonte de inspiração para escrever essa música? Alguns anos atrás, eu estava cursando um curso de redação criativa e escrevi um conto sobre um compositor que estava tendo problemas com suas composições E sua parceira, Melody (tudo fictício, é claro). Ele escreve para ela uma música da história, para agradecê-la, pedir desculpas e se explicar. Ele manda um e-mail para ela com a letra e um link para ouvir a demo. É tudo um pouco meta. A história não era boa, mas gostei da letra e da demo que ‘ele’ escreveu.

– Quanto ao som, quais são os seus comentários? Quando Demetry Malahoff (que produziu e mixou todo o álbum) e eu estávamos em estúdio, nossas principais referências eram Fleet Foxes, Vampire Weekend e Paul Simon. Estou muito orgulhoso da linha de baixo vibrante e das harmonias. Ambos são um grande avanço na qualidade do meu último álbum. Ben Napier toca bateria na música, e eu adorei o que ele tocou – acrescenta muito. Por fim, Demetry me encorajou a tocar sintetizadores e teclas e encontrar texturas diferentes, o que torna o arranjo muito mais dinâmico do que poderia ser.

– Há alguma história ou curiosidade sobre este lançamento? Melody é facilmente a música mais alegre que já gravei, e é tão legal que alguém no Brasil possa ouvi-la! O feedback do meu professor foi que a melodia da música era boa, mas a letra poderia ter sido melhor. Ela estava apenas me avaliando pelas palavras. Eu não mudei nenhum.

Melody é o quarto e último single do meu segundo álbum, When You Know.

Respostas Eamon Joseph

Anthony Calvette – “Only Yours” – (Uruguai) – [MINI ENTREVISTA]

– O que é esta música, em resumo? É uma mensagem de esperança que busca iluminar os corações com fé e amor divino.

– Qual foi sua fonte de inspiração para escrever esta música? A inspiração veio da conexão espiritual e de minha experiência pessoal de conhecer Deus.

– Quanto à sonoridade, quais são seus comentários? O som, nesse caso específico, é uma produção harmônica intencionalmente simples. A simplicidade realça a emocionalidade.

– Há alguma história ou curiosidade sobre este lançamento? Sim, essa é minha primeira música em inglês e minha primeira composição depois de ser batizado.

– O quanto a cultura musical uruguaia influenciou no resultado final desta música? A influência da cultura musical uruguaia não foi direta, houve um pouco de influência, mas fui influenciado principalmente pela música norte-americana.

Respostas Anthony Calvette

the new hot –When the Saints Go Marching In (Markus Fleischer Cover)” – (Alemanha) – [MINI ENTREVISTA]

– Por que escolheu regravar esta música com sua própria versão? Tocamos um repertório de músicas associadas a Louis Armstrong em nossas próprias interpretações. A versão de Armstrong da tradicional “When the Saints Go Marching In” é tão icônica que nunca houve dúvida de que tocaríamos essa música.

– Como você a enxerga? Nossa Versão é fortemente influenciada por outro grande músico que admiramos muito: Dr. John!

– O que trouxe de novo nesta música? A instrumentação da nossa banda com sousafone (!), trompete, guitarra e bateria é muito singular. Não encontrei outra versão disso com instrumentação semelhante.

– Há algo nesta versão que você queira destacar? Nossa banda “the new hot” é um grupo de músicos da Alemanha e dos EUA com diferentes formações, do Jazz à música clássica e vindos de diferentes gerações. Estamos empenhados em tocar a música de Louis Armstrong com as nossas próprias vozes e trazer de volta as qualidades alegres, dançantes e físicas com as quais o Jazz começou há 100 anos.

Respostas do integrante Markus Fleischer

Kathrine Jackie – “Need a Favor (Jelly Roll Cover)” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]

– O que é esta música, em resumo? Kathrine Jackie nos leva a uma jornada musical inesquecível que mergulha profundamente nas lutas de enfrentar tempos difíceis, na luta contra o vício e na turbulência interna que acompanha seu cover de Need A Favor. Esta música incrível originalmente interpretada por Jellyroll e agora interpretada por KJ the Queen of the Outlaws é uma ode ao Sul com um toque que vai te atingir na hora. O talento único de KJ deixa você sem fôlego e com vontade de mais.

– Qual a história dela? A história cativante por trás dessa canção sincera é a da necessidade de sentir Deus naqueles momentos profundos de desespero. As músicas começam com um coro poderoso perfeitamente entrelaçado na faixa e depois transitam para os sons emocionantes de um solo de violino sulista de tirar o fôlego, transportando você para uma época passada. Um grupo ricamente compilado de músicos de todo o mundo ressoa profundamente ao longo da música enquanto os vocais encantadores de KJ elevam o seu espírito.

– O que mais gostaria de destacar? KJ leva você em uma jornada musical para curar sua alma. Need a Favor é um pedido sincero de ajuda, uma mensagem que desperta profundamente em todos nós.

Respostas Kathrine Jackie

Lupa na Canção #edição22

Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Esta é uma lista de novidades mensais, com músicas.

LEIA MAIS

As várias versões da “Balada do Louco”

No documentário “Loki – Arnaldo Baptista” (2008), o ex-mutantes Arnaldo Baptista é definido como “a própria personificação” do eu lírico.

LEIA MAIS

As “Dancinhas de Tik Tok” são inimigas da dança profissional?

Os avanços tecnológicos e suas devidas popularizações presenciadas desde o final dos anos 1990 e início dos anos 2000 se.

LEIA MAIS

“Minha jornada musical entre o Brasil e a Alemanha” – Um relato de Juliana Blumenschein

Sou Juliana Blumenschein, cantautora alemã-brasileira, nascida em 1992 em Freiburg, no sul da Alemanha. Filha de brasileiros de Goiânia, meus pais migraram.

LEIA MAIS

PUPILA CULT – O lado desconhecido da “Terra do Rei do Gado”

Assim como qualquer outro lugar, histórias e curiosidades são deixadas para trás e acabam caindo no esquecimento ou até sendo.

LEIA MAIS

Crítica: Rui de Oliveira pelos Jardins Bodoli – de Mauricio Duarte

 Crítica: Rui de Oliveira pelos Jardins Boboli – de Mauricio Duarte   O que acontece quando um mestre da arte.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #16 – Raffael Fragoso, um sertanejo pop a ser observado com atenção

No dia 17 de novembro de 2022, o jornalista Matheus Luzi conversou com o cantor e compositor sertanejo Raffael Fragoso,.

LEIA MAIS

Dos livros às telas de cinema

Não é de hoje que muitas histórias de livros despertam desejos cinematográficos, algumas dessas histórias ao pararem nos cinemas até.

LEIA MAIS

Quem é Ariano Suassuna? (por Marcelo Romagnoli, diretor e dramaturgo da peça “Mundo Suassuna”)

Ariano Suassuna (1927-2014) nasceu na capital da Parahyba e sempre defendeu o Brasil profundo. Poderia ser em Macondo, mas foi.

LEIA MAIS

EUA, a esperança do mundo? Artista português diz que sim em depoimento sobre sua música

Fritz Kahn and The Miracles é um projeto musical de um artista português. Sua discografia é extensa, embora tenha sido.

LEIA MAIS