Sucesso na internet e com dois livros escritos, ‘’Vou te desenhar em braile’’ e‘’Cigarette, sex and alcohol’’, o jovem escritor Luan FH se aventura ao escrever a série escrita “Clarice no País da Putaria”, inspirado em um livro de Clarice Lispector. O projeto foi apresentado com exclusividade pela Revista Arte Brasileira, com dez episódios sendo postados todos os dias no site do veículo. Quer saber mais: clique aqui.
2º EPISÓDIO – ”Um dia novo para odiar o amor”
Todo dia é um motivo novo para desacreditar no amor, assim penso. A cidade anda cheia, pessoas que vivem de status, que escondem seus piores segredos, corrupção, obscuridade. Ódio, fanatismo, falta de senso ou empatia. A gente cresce vendo filme de romance, desejando dançar com alguém, corre para aplicativos de relacionamentos, zip, tambrt e no fim terminamos sozinhos — À sós finalmente com nós mesmos, e é até divertido dançar só — Quando amamos alguém ficamos à mercê do carinho e a falta de desafeto pode nos matar de alguma maneira. Queremos viver algo que valha a pena antes de descer chão abaixo.
Queremos ser feliz pelo menos uma vez, sentir a sorte do nosso lado. É triste, mas é real. No fim percebemos que não é desespero, não é por se sentir só, mas por ter muito amor para dar mesmo. Às vezes dá uma vontade enorme de gritar ”Amorzinho, você está um pé no saco, caralho!”, ri ao riso. Enxergar o pôr do sol que estará em pé e deitando na minha cama, o reflexo do mar atingindo o olhar.
Querer dizer ”Eu te amo” com peito cheio, falta de ar e suspiradas estranhas com friozinho na barriga. Quem não quer, né? Quem tem crise de ansiedade entende muito bem o valor da companhia de alguém, um simples abraço muda o rumo de qualquer história — E falando em mudança, achei que tudo ficaria do mesmo jeito de uns tempos atrás e tudo mudou. Tudo. As estações, o mundo, o jeito de amar. Hoje é mais frio, calculista e tudo por stories. Tudo é movido à stories.
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