Ator, diretor e produtor teatral, Roberto Frota comemora 50 anos de trabalho com um grande passo na carreira. Lança seu primeiro livro, o romance policial MÃO DE FLOR. A publicação, com distribuição da editora Viseu, narra uma envolvente trama que envolve traição, sequestro, perseguições e paixão.
Ambientado no Rio de Janeiro, o livro narra a história do jardineiro Chico, que está determinado a proporcionar alguns instantes de alegria à sua companheira e para isso cria um plano sinistro, que envolve seu patrão, um influente empresário das telecomunicações.
Com mais de 100 trabalhos na televisão, no teatro e no cinema, Roberto Frota vive um momento de grande emoção. “A sensação é de que a vida está sendo extremamente generosa comigo. Agradeço por ter me proporcionado a possibilidade de estar no limiar de um novo caminho, quase aos oitenta anos, disposto a usufruir dessa nova experiência”, vibra.
Conhecido por personagens marcantes na TV, Roberto conta que o formato do livro surgiu depois de ter lido sobre um assaltante que invadiu a mansão de um empresário paulista do ramo das telecomunicações e ter mantido sua filha como refém. “A ideia é adaptá-lo para o cinema. Gostaria muito de vê-lo nas telas”, torce Frota, que participará da segunda temporada da série Sob Pressão, uma coprodução da Globo com a Conspiração Filmes, com estreia prevista para o segundo semestre de 2018.
O prefácio da obra é assinado pela jornalista Rozangela Azeredo. “Entre mansões milionárias e barracos imundos, onde polícia e ladrão são vizinhos de porta, o perigo está em toda parte, principalmente em família. O autor analisa, em detalhes, sem falsos pudores, com a lupa do amor, um caso de paixão mais forte que a própria morte e uma história de amizade profunda e verdadeira”.
Abaixo, você confere na íntegra uma entrevista que fizemos com o escritor.
Primeiro, fale um pouco de você e da sua história na arte.
Só consegui e definir profissionalmente muito tarde, com cerca de 29/30 anos. Estava iniciando a seguir Artes Plásticas até que um dia fui convidado pela autora e diretora Maria Clara Machado a conhecer o Teatro Tablado, quero ela dirigia. A partir daí não deixei mais a profissão.
O fato de você vir do teatro, da TV e do cinema, ajudou em algo na construção do livro MÃO DE FLOR?
Sem dúvida, a estrutura literária é toda segmentada, como se fossem cenas de um filme ou capítulos de uma novela. Na verdade, MÃO DE FLOR nasceu para ser um argumento de um longa-metragem. Como não consegui desenvolvê-lo satisfatoriamente, parti para o formato livro.
Da visão do protagonista da trama do livro, qual seria a sinopse?
Como um grande herói trágico e romântico, o protagonista está disposto a entregar à sua amada uma oferenda, a seu ver, justa e merecida. Para ele é uma questão de honra! Nada poderá afasta-lo da sua trajetória!
Como chegou no enredo do livro? O que te inspirou?
A ideia me chegou a partir de uma notícia policial sobre a invasão da residência de um grande empresário do ramo das telecomunicações, e a captura de sua filha como refém. A negociação para a libertação da refém foi conduzida pelo próprio empresário. A partir deste fato a trama começou a ser desenvolvida por mim.
Como foi o processo de escrita de MÃO DE FLOR?
Foi um processo bem intenso. Antes do MÃO DE FLOR, eu havia apenas escrito o argumento original do filme SE EU FOSSE VOCÊ e mais um argumento para TV, ainda inédito. Um romance é uma obra bem mais substancial, com muito mais corpo. Sem experiência, sem disciplina, me vi durante mais de um ano, envolvido como desenvolvimento do enredo. Durante a noite, na calma da madrugada, transcrevia para o papel as ideias que haviam surgido durante o dia.
Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o livro?
A versão sobre o céu e inferno que no livro é contada ao personagem por sua mãe, me foi contada por minha babá, Minervina, responsável pelas primeiras noções que fundamentaram meus conceitos morais e éticos. Analfabeta, era um pilar de humanidade e sabedoria.