Ana é formada em pedagogia, trabalha como professora de ensino fundamental e na edição de duas revistas digitais de um escritório de advocacia. É mãe de três rapazes e avó de duas meninas. E no auge de seus 55 anos e de estado civil de solteira, Ana Alencar lançou o livro VULCANIZADA, que logo de cara já demonstra que a obra de poesia é voltada para o erotismo.
— Costumo dizer que o amor é coisa da alma, mas também é coisa do corpo e tem que ser vivido em toda sua intensidade e plenitude. Esse livro fala da relação corpo-alma em forma de versos, retratando as sensações e os sentimentos mais íntimos e honestos que só através do encontro sexual são possíveis de ser vivenciados.— comentou a escritora.
Abaixo, você verá na íntegra uma entrevista especial que fizemos com Ana Alencar.
Como você trabalha a linguagem erótica no seu livro?
Procuro encontrar as palavras e os versos que mais se aproximam daquilo que sinto e quero transmitir, numa linguagem erótica mas não vulgar, romantizada.
Como você encaixa isso na sua poesia?
Minha poesia tem muito e tudo de mim, em intensidade e paixão então, nela, trato o sexo como a expressão máxima do encontro entre pessoas que se desejam e/ou se amam. É a plenitude da alma e do corpo no momento desse encontro. Assim sendo, tento traduzi-la em versos.
Nesse sentido, para que público o seu livro é indicado? E como você trabalha com esse público?
Público adulto, masculino e feminino, hetero e homo, solteiros e comprometidos, e pode ser lido sozinho ou acompanhado. Meu livro foi feito para pessoas que amam, desejam, gozam, sonham e não têm vergonha do prazer e da entrega física e emocional.
Além disso, quais são as outras temáticas que você aborda no livro?
Basicamente é sobre o prazer sexual, o encontro dos corpos, o desejo, as lembranças desse encontro, de uma forma espiritualizada do sexo.
Em quais períodos foram escritos os poemas?
São poemas que escrevi de uns 7 anos pra cá, quando retomei o prazer da escrita e, é claro, tive fontes inspiradoras.
Quais foram suas influências?
Acredito que foram Florbela Espanca, Clarice Lispector, Hilda Hilst, porém, não as leio com freqüência mas gosto da intensidade delas.
Tem alguma história que envolva o livro?
O livro tem uma história de paixão, prazer e entrega, vividos, envolvidos nele.
Fique a vontade para falar o que quiser, principalmente coisas que não perguntei e que você gostaria de ter dito.
Mais do que o meu desejo que as pessoas leiam minhas poesias, este livro é uma realização pessoal que consagra muitos momentos que vivi e vivo. Como um amigo meu disse: minhas poesias expressam o sexo como um ato de comunhão e de consagração. Eu acreditei nele…rs