O poder de quem rima – de Matheus Luzi
Um velho poema para uma velha rima. Afinal, qual é a importância dessa ferramenta tão usada pelos poetas? É bem provável que a ligação entre as rimas e os poemas seja totalmente subjetivas. É claro também que as rimas dão ritmo a poesia, no entanto, escrever livremente pode ser a saída mais interessante para aquele que quer usufruir de sua bagagem criativa.
Como já dito anteriormente, as rimas são capazes de dar ritmo ao poema, e mais do que isso, podem tornar a leitura mais agradável, assim que exista o uso das rimas com moderação; abusar delas pode ser uma péssima escolha, e é lógico que a poesia/poema fica estranha quando está totalmente rimada.
Outro ponto importante nessa discussão é a questão da rima utilizada oralmente, ou seja, quando o poeta declama seu poema usando as rimas. Muitos músicos de rap usam isso, fazendo rimas para todos os lados e para todos os assuntos. A rima oral é muito agradável aos ouvidos, e trás uma sutileza única. Um poeta que declama, é um poeta que dá voz ao seu poema e suas rimas embutidas.
O poema, quando não é feito obrigatoriamente cheio de rimas, pode ser capaz de ser enquadrado com mais criatividade e espontaneidade, por uma questão lógica: a falta de preocupação em rimar. E muitas vezes, a busca pela rima pode tornar a criação de um poema algo robótico.
Muitos poetas ainda usam rimas batidas, como rimar dor com amor. Isso acontece, não somente hoje, como desde o começo dos escritos. É fato que a rima “óbvia” vem sendo ainda muito utilizada e que pode concretizar em grandes poesias.
O interessante, tanto para alguns poetas, quanto para o leitor, é que as rimas fujam do que já é “certo e batido”.
No entanto, não é a rima que definirá a qualidade de uma poesia/poema, mas sim aquela que dirá a personalidade do poeta, usando aquele velho jogo entre as palavras. Quem rima, sempre irá rimar o céu com o mel.