9 de fevereiro de 2025

Lupa na Canção #edição24

Muitas sugestões musicais chegam até nós, mas nem todas estarão aqui. Esta é uma lista de novidades mensais, com músicas novas, quentes, diferentes. A seleção é eclética, serve para todos os gostos. É importante ressaltar: que as posições são aleatórias, não indicando que uma seja melhor que a outra; essa lista é atualizada diariamente, até o encerramento do mês.

Estoicismo é a filosofia de Molines no rock “Mais Forte Me Faz”

O que você diz nos versos e qual a mensagem da música?

“Mais Forte Me Faz” está diretamente ligada com a filosofia do Estoicismo. Que mais ou menos diz assim, que não existe nada ruim, tudo vem para o teu bem. É a tua interpretação mental que faz as distinções entre o que é bom e o que é ruim. Mas se você vive com o  desejo de ser melhor as dificuldades são oportunidades de crescimento. E esse entendimento me deu uma nova visão da vida. E se a gente fizer um paralelo com outras atividades você vai entender que para crescer um músculo você precisa machucar ele. Talvez essa seja uma das leis universais da vida. Não existe crescimento sem dificuldade ou as dificuldades vem para o seu adiantamento. E se eu conseguir como compositor intrigar o ouvinte me sinto realizado como artista. 

Musicalmente, como você a descreve?

Quando você fala de uma coisa tão íntima e forte como uma dificuldade uma ruína na tua vida a música falando de instrumento e arranjos e principalmente da maneira que você interpreta a canção tem que ser forte eu não me preocupo muito em seguir um estilo eu procuro interpretar e fazer a música que a letra pede.

Quais são seus comentários sobre o clipe?

O clipe oficial da música será lançado em breve. Mas fiz uma breve apreciação em vídeo + música da vida de Mohamed Ali, da dificuldade que ele teve para ser profissional, e de quantas vezes ele teve que levantar para se sair vencedor.

Há alguma história ou curiosidade sobre o lançamento que você queira destacar?

A música “Mais Forte Me Faz” mergulha nas experiências da queda e ressurgimento, destacando a importância de enfrentar desafios de cabeça erguida como um lutador da vida resiliente. Pois como disse Friedrich Nietzsche: “Aquilo que não me mata só me fortalece.”

Respostas de Molines

Disponível nas playlists “Novidades do Rock e Pop Rock Nacional” e “Brasil Sem Fronteiras…”

Dores do passado revisitam coração de Sérgio Sacra em canção que faz paralelo entre o eu lírico e o protagonista do filme “Paris, Texas”

Em linhas gerais, o que é esta música? 

A Canção faz um paralelo entre a visão do protagonista Travis Henderson do filme “Paris, Texas” e a visão de um eu lírico maravilhado e identificado de forma sem tamanho com a obra do diretor Wim Wenders, que de maneira sutil retrata o sentimento de arrependimento pelo passado e abandono de toda uma vida repleta de ações amargas e sem nenhum orgulho. Daí vem o nome da canção “Paris Texas II”

Essa música é especial para mim pois por meio dela tive a oportunidade de participar de três festivais de música populares em meu estado (Sergipe) o Sescanção, o IFStar e o FIC da cidade de Itabaiana.

O que a letra diz?

A letra trata de questões profundas como a sensação de abandono e a amargura que certas ações do passado nos trazem, aquele velho pensamento de que talvez tudo pudesse ser diferente. 

Qual a fonte de inspiração desta música?

O filme “Paris, Texas” do diretor Win Wenders. Na música tento fazer um paralelo entre o sentimento do protagonista do filme e sensações vivenciadas por mim e com certeza por diversas outras pessoas.  

Qual a ideia da capa do single? 

Toda a estética é baseada em colagens e fotografias de antigos diários. Inclusive, eu mesmo quem fiz manualmente a arte da capa. O fotógrafo foi meu grande amigo Lucca Marx 

Musicalmente como você a descreve? 

Como a junção de diversas influências que tenho, uma verdadeira música folk. Sempre fui fã de artista como Raul Seixas, Vanguart, Guilherme Lamounier, Sá, Rodrix e Guarabyra, George Harrison e dentre outros. No fim das contas, a canção é uma mescla de um pouco de todas essas influências com a minha personalidade e visão de mundo

Respostas de Sérgio Sacra

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

A desumana vida urbana é relatada no single “Inodoro”, parceria de Célia Demézio e Adinan Moraes

Um amigo te pergunta o que é esta música. O que você diria a ele?

“Inodoro” é um blues da minha primeira parceria com o músico e compositor Adinan Moraes e foi lançada em 2020 nas plataformas. Num dia concebemos letra e melodia. Produzida em home studio, levou dois anos para finalizar seus arranjos.

Qual a mensagem da música?

É como o mito de Sísifo que atravessa anos, esse blues expressa o sentimento de cansaço, fracasso e invisibilidade que a vida urbana impõe na nossa rotina diária.

Como e por que ela surgiu?

“Inodoro” surgiu através de conversas sobre nosso dia a dia, nossas queixas e aflições. Já nos primeiros acordes, vieram os primeiros versos. Foi uma música que fluiu muito naturalmente de forma espontânea e leve.

O que simboliza a capa?

Tivemos várias ideias até surgir essa capa de um spray soltando vultos humanos que representa uma sociedade inodora, que vaga pelas ruas das cidades, atrás do ganha pão.

Há alguma história ou curiosidade sobre o lançamento?

Concebida dois anos antes da pandemia, o país iniciava um governo de extrema direita e quando lançada, estávamos em lockdown. Havia um clima de medo e receios de um ano atípico, fora da curva. Inodoro nunca teve o intuito direto de expressar esse momento, mas por um acaso, acabou traduzindo a fase mais aflitiva e incerta que vivemos, até então.

Respostas de Célia Demézio

Disponível na playlist “Brasil Sem Fronteiras…”

Anna Zechini faz um “Mar” de identidade brasileira com single produzido e composto com o colombiano Madeiro

Em linhas gerais, o que é esta música? 

“Mar” é o primeiro de uma série de lançamentos que vou realizar ainda este ano em colaboração com o artista e produtor colombiano, Madeiro. Esta canção reflete fortes elementos da identidade brasileira, como a bossa nova, o verão e o mar. Este lançamento representa também o meu retorno ao Brasil depois de 6 anos vivendo na Colômbia, país onde realizei a maior parte da minha produção musical. 

O que a letra diz?

Esta canção fala sobre a busca pela felicidade através da conexão consigo e com a natureza. No transcurso da vida, nos vemos frente a muitos desafios que às vezes nos fazem esquecer quem somos e de nossa força… “Mar” é sobre encontrar um caminho para sanar e seguir em frente. Acho que todos precisamos ouvir algo que nos tranquilize e inspire e foi isso que buscamos com esta música. 

Qual a fonte de inspiração desta música?

Quando começamos a compor juntos, estávamos em Bogotá e eu estava terminando de produzir meu primeiro álbum musical, que tinha algumas influências da música brasileira como a música tradicionalista do sul e até mesmo o funk. Aí mostrei diferentes referências para o Madeiro, ele estava curioso em conhecer os sons do meu país, e fui compartilhando tudo, desde os clássicos da MPB até a música popular atual. Deste modo, “Mar” nasceu do desejo de ambos artistas em explorar elementos que representassem a cultura brasileira. 

Musicalmente, como você a descreve?

Esta música é uma bossa nova e algo curioso sobre a produção é que Madeiro é conhecido por ser o primeiro rockeiro a ganhar o Factor X da Colômbia. Com uma sonoridade e identidade únicas, Madeiro trouxe sua influência folk para a produção de “Mar”.

Há alguma curiosidade sobre o lançamento que você queira destacar?

Este single faz parte do projeto desenvolvido pela Madeiro Entertainment, que conta com a participação de artistas de diferentes países, e eu sou a única brasileira neste projeto. Estou muito animada com este lançamento e os próximos que estão por vir, temos mais 5 singles por lançar ainda este ano, cada single com uma identidade única e explorando outras sonoridades. Convido a todas as pessoas a curtirem nosso som a continuar atentas porque este é só o início!  

Respostas de Anna Sechini

Disponível nas playlists “MPB – O que há de novo?” e “Brasil Sem Fronteiras…”

A música como medicina e lembrete dos pequenos detalhes da vida; É esta a vibe da nova ciranda de Ipe Beija Flor

Em linhas gerais, o que é esta música?

“Ciranda da Vida” é meu primeiro lançamento como artista solo. Eu acredito que música é medicina, que tem o poder de transformar e ajudar pessoas. Assim, minhas composições todas têm um caráter mais espiritual, buscando alcançar as frequências do coração.

O que a letra diz?

Em termos gerais, ela nos recorda da grandiosidade da vida em seus pequenos detalhes, que muitas vezes passam despercebidos por nossos sentidos. Nos lembra de estar presente, se conectando na energia do amor, sendo grato pela vida, confiando que tudo tem um propósito maior.

Qual a fonte de inspiração desta música?

Essa música me veio em uma manhã de outono, onde acordei com todos esses sentimentos dentro de mim. Parecia que o coração ia explodir de amor e gratidão. Tudo que eu olhava virava poesia e assim fluiu quase que magicamente, só olhando e vendo essa ciranda da vida acontecendo bem na minha frente, junto à minha família. Foi uma das composições que eu mais me emocionei compondo… até as lágrimas escorriam.

Qual a ideia da capa do single?

Penso que uma ciranda é também uma mandala, com pétalas coloridas, florescendo à partir de um núcleo. Assim foi.

Musicalmente, como você a descreve?

Simples, mas de uma certa forma ela também quebra alguns padrões tradicionais, tendo versos e refrão em blocos de 3. O Violão é constante e com muito brilho, como se tivesse girando, mas mostrando que está tudo conectado. A voz se contém, sem muitas variações harmônicas, dando ênfase na letra. Em geral, acredito que é uma boa música para começar um dia com positividade e tranquilidade.

Respostas de Ipe Beija Flor

Disponível nas playlists “Folk Nacional – Lançamentos” e “Brasil Sem Fronteiras…”

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