No documentário “Loki – Arnaldo Baptista” (2008), o ex-mutantes Arnaldo Baptista é definido como “a própria personificação” do eu lírico de “Balada do Louco”, o que não é exagero em nenhum ponto. A música lançada em 1972 no disco “Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets” é assinada pelo próprio Arnaldo em parceria com Rita Lee, cantora que muito em breve deixaria a banda.
Os versos de “Balada do Louco” são metafóricos, obviamente. E, graças às metáforas, é possível vê-la e senti-la de diversas formas. Alguns a denota cunho social, existencial, político e por aí vai. Mas é certo que a canção fere padrões, fere o que é “normal”, o que é “loucura”, o que é “certo” e “errado”, etc. Arnaldo, porém, acaba convencendo sua verdade, afinal “Louco é quem me diz e não é feliz”, gerando reflexão intimas da alma.
Musicalmente, a canção foi considerada inovadora para a época, bem como tem uma estrutura demasiadamente fácil de ser absorvida, o que explica também sua popularidade, algo não tão comum na discografia do Os Mutantes deste álbum para frente.
O sucesso de “Balada do Louco” e sua penetração em corações e mentes resultou em uma canção alvo de novas gravações de outros artistas. E é este o objetivo desta publicação, apresentar as que julgamos mais interessantes. Confira a lista!