A literatura brasileira se divide em várias vertentes e dentro dela encontramos diversos escritores com personalidades diferentes e alguns até marcantes, causando questionamentos e repulsa na comunidade literária.
Como característica forte nós temos o abolicionista e escritor Cruz e Sousa, ele marcou a história da literatura afro-brasileira. Um escritor que trouxe em sua escrita o uso da sinestesia, a relação de planos sensoriais diferentes. Também o recurso estilístico associando dois sentidos ou mais. Algo bastante diferenciado.
O poeta nasceu na velha Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis no dia 24 de novembro de 1861 no estado de Santa Catarina. Seu nome completo é João da Cruz e Sousa. Filho de ex-escravos.
O poeta traz em suas obras como os livros ‘’Broquéis e Faróis’’ os traços marcantes da sua poesia que rompe barreiras da literatura onde na sua época o movimento poético era totalmente europeu. Suas obras foram o grande marco do movimento simbolista e o autor trouxe uma escrita bem viva e expressiva, os sentimentos românticos.
Buscando saber sobre o movimento poético europeu acabo por descobrir que o seu primeiro movimento literário é chamado de “trovadorismo”. Formado por cânticos líricos e satíricos, escritos pelos trovadores. Segundo as minhas pesquisas um trovador é o poeta provençal da idade média. Os trovadores escreviam cânticos que marcavam a produção literária e todo o contexto linguístico. Esses cânticos eram um misto entre o dialeto poético e a música.
Mas Cruz e Sousa fugindo do habitual ultrapassou as barreiras da literatura daquela época. O poeta abusou muito dos sentimentos românticos a ponto de muitos irem contra ao escritor. Para estas pessoas um total ‘’abuso sentimental’’ do poeta.
Artigo de Clarisse da Costa