Nos dias 23 e 24 de junho deste ano (2017), a Venus Café encarou um desafio bem diferente do comum. O grupo percorreu alguns pontos da capital paulista para realizar quatro shows em dentro de 24 horas.
— tudo começou com o lance do Dia da Música, um ótimo festival que acontece simultaneamente em várias cidades do Brasil. Adoramos o RJ, nossa casa, somos muito gratos a tudo e todos aqui, mas a gente queria um desafio. E eu tenho uma certa autoimposição por desafios, então botei isso na cabeça: vamos tocar em SP! — comentou Dan, vocalista da banda.
Visando essas possiblidades de enfrentar novos desafios, os membros vasculharam contatos em busca de oportunidades. Entre um fora e outro, rolou algumas propostas, que aos poucos, levou a banda a fechar “contratos” com 4 palcos. O inusitado é que esses shows iriam acontecer em dentro de 24 horas, o que realmente agradou muito os integrantes da banda, até porque, era isso que eles queriam: aventuras.
Os “corres” foram feitos por eles mesmo com um carro (veja foto abaixo), o que tornou muito mais desafiador e também muito mais cansativo. “Bem, resumindo: foi cansativo, investimos muito mas fizemos excelentes shows, o público chegou muito junto em todos eles. Felizmente deu tudo certo, então só teve ponto positivo, quero mais disso!”, disse Jules, integrante da banda.
Durante a tour, os rapazes da banda só encontraram “banners de bem-vindos”, ou seja, foram muito bem recebidos em todos os palcos em que pisaram. É claro também que além das boas-vindas, eles receberam muita cerveja no famoso Bar do Bahia, um pulgueiro na Augusta. Um começo com o pé direito!
— Nosso primeiro show foi no Voz do Underground, conduzido pelo amável e guerreiro Johnny Magi, da banda Ataque Frontal. Fomos extremamente bem-recebidos. Depois, por onde passamos só foi show foda e conhecendo gente genial: o Matheus Krempel (The Bombers, ótima banda de Santos que tá com álbum novo), meu amado xará Danilo Leite da Danilovers, o Mauro Terra da genial banda Porno Massacre, até chegarmos a Santo André e fechamos com chave de ouro: um show irado na Jailhouse, público agitando muito e tocamos com duas bandas sensacionais que não conhecia: Giant Jellyfish e Sentimento Carpete. Cara, esse rolê foi animal! — disse Dan.
No final das contas, todos saíram satisfeitos, tanto o público que apreciou os shows, como os donos dos lugares onde a banda se apresentou, como também os próprios integrantes da Venus Café. Certamente, essa mini turnê por SP só fortaleceu mais a comunicação entre os membros da banda e o seu público, que agora está se expandindo para a grande capital paulista.
— Como produto, fomos apresentados a uma nova praça, e o resultado foi ótimo. Mas saindo dessa baboseira business: uma torrente de rock, companheirismo, cerveja, hambúrgueres, amigos, um público que chega junto… isso tudo numa cidade onde tudo funciona, as pessoas são educadas, a cultura efervesce, a comida é maravilhosa…. Um sonho, cara. A real é essa: São Paulo, sua linda, queremos ter ver de novo logo!!! — exclamou Dan.
O TRAJETO:
O embarque começou na sexta-feira (23/06) na famosa Zona Leste, no Golden Line Tattoo, onde funciona um estúdio de tatuagem no bairro da Penha, na qual tem uma garagem muito frequentada e abrigada por intensos shows de bandas de rock da região, promovido por um grupo de rock (Penha Rock).
No dia seguinte, o desafio começou a pegar forma, com uma jornada tripla. No auge da tarde de sábado, as 15 horas, a banda participou do Voz do Underground, evento realizado pelo coletivo de bandas e que aconteceu na Praça Eugene Boudim, em Pinheiros.
De lá, a banda correu para às 19h se apresentar numa edição do Ocupa Ouvidor 63, projeto de ocupação multiartística de um prédio histórico abandonado, que desde 2014 virou Centro Cultural. Este evento é organizado pelo Projeto Torto, um selo com cara de cooperativa que propõe sustentabilidade entre os seus artistas.
À noite rolou o ultimo “round” da pequena turnê. Às 23 horas, a banda pegou a Rodovia Anchieta para se apresentar no pub Jailhouse 2, na vizinha Santo André. O show entrou a madrugada e fez parte da programação do Dia da Música, festival em rede que envolve palcos de todo o país, inspirado em evento de origem francês, que hoje conta com mais de 700 cidades participantes em todo o mundo.
O repertório da mini turnê foi voltada para o último lançamento da banda, o álbum ROCK N’ ROLL TUPINIQUIM, outras canções já aprovadas pelo público que irão compor o novo disco que sai no início de 2018 também estiveram presentes. Além disso, outras duas novas pérolas foram apresentadas nos palcos.
CURIOSIDADE:
Dei muitas risadas com algumas das histórias que os caras da banda Venus me contou. Eles gravaram um bate-papo entre eles, e pela primeira vez, vejo uma entrevista tão espontânea aqui na Arte Brasileira. Bom, vou compartilhar um pouco dos meus risos com vocês. Aí vai um trecho da entrevista, na qual todos eles participam e falam de um caso inusitado que aconteceu durante as viagens.
Captain Love: entendi, vocês querem fofoca, então lá vai: na viagem da volta o Chicão (Frankie) bateu qualquer recorde de peidos em um habitáculo. O carro virou uma estufa de gás nocivo!
Frankie: ah, até parece, você estava pior do q eu e nem devia sentir nada, porque eu estava com o nariz quebrado (risos).
Dan: galera, explica pro pessoal que vai ler, eles não sabem dessa história interna.
Frankie: na saída de um show, o Cap simplesmente não viu um ferro gigante no portão da casa de show e, POU, enfiou a cara lá (risos). Fez o show de Santo André com o nariz torto e um curativo improvisado com fita crepe da pedaleira do Dan (risos)
Captain: Estava de noite, escuro e com pressa
Frankie: o pessoal da casa disse que nunca na história alguém foi tão tapado de bater lá…
Captain: vai à merda, Chicão, tá desviando a atenção do assunto principal, que era a sua flatulência!
Jules: para, galera…..