18 de abril de 2025

“Sol e Solidão em Copacabana”, uma história da vida cotidiana no Brasil do século XX

A cidade do Rio de Janeiro tem as suas belezas, sendo elas naturais ou histórias possíveis de serem criadas a partir dessa vida caótica de cidade grande. Agora, imagine uma história ambientada no Rio de Janeiro, só que do século XX, um momento de muitas mudanças no Brasil e principalmente na cidade maravilhosa, então capital do país.

Um fato brusco marca o início da década de 1930, após isso muitas mudanças acontecem no Brasil, Era Vargas trouxe novidades no campo social e político, a industrialização modificou as relações das pessoas e a modernização do trabalho trouxe novas formas de ver o país que estava em desenvolvimento.

O livro “Sol e Solidão em Copacabana” (Pandorga Editora) do escritor Aliel Paione se debruça nessa ideia. Nele, a protagonista, Verônica, vai lidar com as relações humanas, a busca pelo amor e como pano de fundo aparece uma cidade em transformação com mudanças sociais e políticas.

A história gira em torno de um triangulo amoroso e as consequências que isso leva para a vida das personagens, alguns dos protagonistas já são conhecidos de obras anteriores de Paione, uma vez que “Sol e Solidão em Copacabana” é o terceiro volume de uma trilogia proposta pelo autor.

Há um entrelaçamento entre vida pessoal das personagens e os acontecimentos políticos que englobam todo o cenário da história, desde o agravamento da crise após o retorno de Vargas ao poder, até os acontecimentos que levaram ao suicídio do presidente. A história vai mais além, evoca a consciência para um Brasil desigual, marcas que o país, de certa forma, carrega até hoje.

Certamente pela complexidade da narrativa não é um livro para ler em uma única sentada, as mais de 600 páginas propostas pelo autor, demandam tempo. Porém uma vez dentro da história a curiosidade para saber o desfecho das personagens aflora e convida para conhecer as outras obras do autor.

As personagens com histórias complexas e momentos de tomadas de decisões se aproximam do leitor, que leva uma vida cheia de desafios, mas que tem seus sonhos e desejos vindouros, dessa forma conhecemos Verônica e outros personagens e entramos em uma história que evoca a história brasileira, ainda que uma ficção, o pano de fundo está lá, e de certa forma, a história está lá!

Artigo escrito por Kaique Kelvin em Setembro de 2023

Rosana Puccia dá voz a mais dois temas atípicos no mercado musical brasileiro

Em atividade discográfica desde 2016 quando apresentou o álbum “Cadê”, Rosana Puccia é, de verdade, uma colecionadora de canções atípicas,.

LEIA MAIS

O Brasil precisa de políticas públicas multiculturais (por Leonardo Bruno da Silva)

Avançamos! Inegavelmente avançamos! Saímos de uma era de destruição da cultura popular por um governo antinacional para um momento em.

LEIA MAIS

Queriam vê-lo como um monstro, morto ou perdido no crime; e GU1NÉ os respondeu com

“Nasce Mais Um Monstro”, o EP de estreia do rapper GU1NÉ, é também uma resposta aos que não acreditaram nele..

LEIA MAIS

Bersote é filosoficamente complexo e musicalmente indefinido em “Na Curva a Me Esperar”

A existência é pauta carimbada na música brasileira, como apontamos nesta reportagem de Jean Fronho (“Tom Zé já dizia: todo.

LEIA MAIS

Filme nacional que arrecadou mais de R$ 19 milhões, “Lisbela e o Prisioneiro” foi lançado

No dia 22 de agosto de 2003, ia aos cinemas “Lisbela e o Prisioneiro”. Aposto que não sabiam, mas estavam.

LEIA MAIS

CONTO: A ansiedade do vovô na hora que o cometa passou (Gil Silva Freires)

Seo Leonel tinha nascido em 1911, um ano depois da primeira passagem do cometa de Halley neste século vigésimo. Dessa.

LEIA MAIS

Sonoridades dos continentes se encontram em “Saudoso Amarais”, disco do artista campinense Leandro Serizo

O projeto solo discográfico do paulista Leandro Serizo se iniciou em 2021, quando o single “Libertas Navy” foi disponibilizado. Aproximadamente.

LEIA MAIS

CONTO: O Medo de Avião e o Vôo na Contramão (Gil Silva Freires)

Alcindo ganhou uma passagem pra Maceió. Acontece que era uma passagem de avião e Alcindo tinha pavor de avião. O.

LEIA MAIS

MÚSICA CAIPIRA: Os caipiras de 1962 ameaçados pela cultura dos estrangeiros

Em 1962, Tião Carreiro e Carreirinho, dois estranhos se comparados ao mundo da música nacional e internacional, lançavam o LP.

LEIA MAIS

Artistas destacam e comentam álbuns de 2023 e de outros anos

Sob encomenda para a Arte Brasileira, o jornalista Daniel Pandeló Corrêa coletou e organizou comentários de onze artistas da nova.

LEIA MAIS