Créditos: Denis Carrion / Divulgação
Com uma proposta nova de intercâmbio e internacionalização de novos talentos e artistas, sendo uma plataforma para o “DIY” do indie, garage, psych, rock e pop, o selo Hotel Records desembarca no Brasil através da Forever Vacation Records. Sediada no Chile e com unidades no México e na Espanha, o Hotel Records se define como uma comunidade que tem por objetivo ser um conector e impulsionador da cultura indie rock e pop iberoamericana.
“A parceria da Hotel Records com a FVR começou bem antes do selo surgir. Álvaro Guiso, que está a frente da gravadora no Chile e também é dono da Algo Records, já era parceiro em lançamentos e tours desde 2014, quando nos conhecemos no Festival Bananada e desde então fizemos intercâmbio de algumas bandas dos dois países”, conta Alexandre Capilé, da Forever Vacation Records e responsável pelo Hotel Records no Brasil. “A ideia de montar o selo veio dessa necessidade de conectar a América Latina com o Brasil, que sempre esteve deslocado nesse mercado. A FVR assume não só a curadoria brasileira, como também faz parte da curadoria mundial da gravadora”.
Como primeiro lançamento, no dia 23 de abril, a Hotel Records, em parceria com a Forever Vacation Records, apresenta para o público o segundo álbum da banda Ator Morto, “ExtraCoExistencial”. Após isso, o selo vai em busca de novos artistas brasileiros para uma coletânea que sairá em vinil e que será lançada mutuamente no Brasil, Chile, México e Espanha.
SOBRE O ÁLBUM “EXTRACOEXISTENCIAL”, DO ATOR MORTO
Capilé é vocalista e guitarrista do Ator Morto, cujo álbum “ExtraCoExestencial” é o primeiro lançamento da parceria Hotel Records e Forever Vacation Records no país. São dez faixas que mostram a evolução harmônica da banda desde o seu primeiro disco, “Amor Torto” (2019). O quarteto também é formado por Carlos Fermentão (voz e bateria), Pedro Lipatin (guitarra e bv) e Rafael Panegalli (baixo e bv).
“Em ‘ExtraCoExistencial’, a banda assume muito mais influências da música brasileira. Essa busca foi natural, pois sentíamos que essa incorporação tinha muito a enriquecer no som. Também foi um disco gravado durante a pandemia e no começo do lockdown, a sensação de dúvida sobre o futuro pairava no ar e vários trechos do álbum refletem esse momento”, explica Capilé. “O trabalho anterior foi todo gravado por mim e Carlos, dessa vez Pedro assume muito bem seu papel na banda e contribui com muita personalidade na sonoridade final”.
“Livre” e “Paraguai”, que remetem ao funk rock dos anos 90, são as duas primeiras músicas da obra e contam com a participação de Sebastian (Sebastianismos/Francisco El Hombre) nas percussões. “Bicho Morto” tem uma pegada psicodélica do Brasil dos anos 60/70 e é o primeiro single do álbum, com clipe lançado também hoje. Em seguida, a canção que dá nome ao disco, “ExtraCoExistencial”, é um garage punk que fala sobre amor. Já “Letras Traduzidas” é um rock clássico que homenageia todas as influências que a banda já teve. Flertando com o indie rock 2000, “Ta Esquisito” teve a construção melódica baseada na métrica do samba rock nacional. A próxima faixa é “Esqueci”, que evidencia a evolução harmônica do quarteto e remete aos primeiros álbuns solo de Paul McCartney. “Brasil Tortura” é a música mais experimental do disco , com pegada dançante e tempos quebrados. “Giblá Blá Blá” é um punk cru. E, fechando o álbum, “Desencanto”, uma balada escrita por Capilé e sua namorada, Caroline Carbonari.
FAIXA A FAIXA POR ALEXANDRE CAPILÉ
01 – “Livre”
Abrindo o álbum, temos a energética “Livre”, que remete tanto ao garage/lo-fi atual como tem elementos funk/grunge dos 90, de bandas como Red Hot Chilly Peppers, Janes Addiction, entre outras. A música conta com a participação de Sebastian (Sebastianismos/Francisco El hombre) nas percussões.
02 – “Paraguai”
Podemos dizer que é a primeira música no disco que mostra sinais de mudança e amadurecimento musical da banda. Como “Livre”, remete muito ao funk rock dos 90s com influência direta da música brasileira. A história narra o trajeto de algo que vem do Paraguai até São Paulo, substância que altera o desejo do interlocutor, o obrigando sempre a ceder. Paraguai conta também com a participação de Sebastian (Sebastianismos/Francisco El hombre) nas percussões.
03 – “Bicho Morto”
Uma bela canção que remete ao rock psicodélico brasileiros dos anos 60/70. Forte influência de Beatles, Mutantes e vocalizações muito melódicas. Sua letra fala sobre a situação atual que vivemos não só no Brasil, onde é difícil ter esperanças devido ao cenário atual. “Bicho Morto” é o single de lançamento do álbum e representa muito bem a mudança da banda para uma identidade mais brasileira do que gringa, como era no disco anterior.
04 – “Extracoexistencial”
Garage punk que narra um amor além das fronteiras da realidade, vivido somente no mundo dos sonhos, paralelo ao tempo real e perfeito como é. Uma vida em apenas alguns segundos na nossa mente, o que é real? A música dá nome ao álbum. Esta canção relembra muito o último lançamento da banda, “Disfarçar”, com a pegada bem garage.
05 – “Letras Traduzidas”
Segundo a banda, a canção é uma homenagem a todas influências que tiveram. Narrando de forma bem direta o que aconteceu até chegarem onde estão. De forma animada e na pegada de músicas como “Viciado” (do álbum Amor Torto) e “Não Consigo Não” (single), ela remete ao lado do rock clássico com letras debochadas já conhecidas da banda.
06 – “Ta Esquisito”
Nesse som, a banda flerta com o indie rock 2000, porém a construção das melodias e letras tem muito a ver com a métrica do samba rock nacional. Nós tentamos não copiar um gangueiro inglês, como é instintivamente natural para esse tipo de som. Buscamos misturar a pegada dançante da música com a poesia brasileira. Sua letra narra um relacionamento virtual em tempos de isolamento social. Onde a presença é somente no 2D e apesar de estar tudo esquisito, a pessoa acha que vai melhorar.
07 – “Esqueci”
Sabe quando você está numa conversa e tem algo muito legal pra dizer e esquece? Você não está só e essa música te representa. Fala sobre esse momentos que tinha algo pra dizer e não lembra, inclusive a própria letra da música. Destaque para as vozes muito bem aplicadas em aberturas de harmonia. Um ponto forte nesse disco é a evolução harmônica da banda. É a música mais “diferente” do álbum, lembrando os primeiros trabalhos solo do Paul McCartney.
08 – “Brasil Tortura”
Talvez a música mais experimental da obra, possui uma estrutura diferente das outras. Uma pegada dançante e com tempos quebrados, ela narra a dor de um brasileiro que descobre que lutar pelo seu país pode o levar à tortura. Uma tortura em nome do cidadão de bem, que ao contrário do que o nome diz, usa a falsa benevolência para justificar a violência.
09 – “Giblá Blá Blá”
Uma punk cru onde os integrantes trocam seus instrumentos, em busca da sonoridade mais crua, onde a letra repete blá blá blá e segue o instinto selvagem do som. Nela, Pedro assume a bateria; Capilé, o baixo e voz e Caique, a guitarra.
10 – “Desencanto”
Como já é de praxe para a banda, essa é a balada do disco. Referência total a John Lennon, Oasis e Ty Segall na parte musical, a letra aborda a triste decisão de escolher perder para crescer. A letra é escrita por Capilé e sua companheira Carol Carbonari, e retrata o triste desencadear de um relacionamento sem saída. Ela encerra o disco numa bela balada.
FICHA TÉCNICA
Gravado, mixado e masterizado por Alexandre Capilé, que assina também, em parceria com Carlos Fermentão, a produção do álbum. Tudo feito no Estúdio Costella (São Paulo – Brasil), entre maio e junho de 2020, durante a pandemia. Arte da capa por Giovanna Zambianchi.
Clipe “Bicho Morto”
Direção: Ator Morto
Direção de fotografia: Caroline Carbonari
Edição: Alexandre Capilé
Cor: Denis Carrion
SOBRE A BANDA
Antes mesmo de completar um ano de seu primeiro EP, Caos (2018), o Ator Morto – idealizado e gravado até então por Alexandre Capilé e Caique Fermentão –, estreou em 2019 como dupla. Após passarem por inúmeras cidades do Brasil, marcando presença em festivais importantes, como DoSOL e Garage Sounds; Capilé e Caique convocaram Jairo Fajer (Autoramas) e Pedro Lipatin (Doris Encrenqueira). A chegada dos integrantes potencializou a mistura de rock ácido e garage pop sem medo, com muita intrepidez e harmonizações vocais provindas de influências como Beatles, Ty Segall, Oasis, Pearl Jam, AC/DC, dentre outras. O primeiro álbum, Amor Torto (2019), foi lançado via Forever Vacation Records e Flecha Discos, e a balada “Quem Sou”, com participação de Ju Strassacapa (Francisco El Hombre), foi eleita uma das 50 melhores músicas do ano pelo Tenho Mais Discos Que Amigos. Em 2020, a banda lançou o single e clipe de “Disfarçar” pela Burger Records Latam e sua repercussão foi muito boa nos países do eixo latino americano. Com a chegada da pandemia, a banda antecipou a gravação do segundo álbum, ExtraCoExistencial. Ainda nas gravações, Jairo deixou a banda e Caique assumiu o baixo. Mais tarde, Rafael Panegalli (Disaster Cities) foi convocado e entrou para o Ator Morto. ExtraCoExistencial é o primeiro lançamento do selo iberoamericano Hotel Records no Brasil, em parceria com a Forever Vacation Records.
(Fonte: release oficial enviado à imprensa)