10 de fevereiro de 2025

Banda HEY! faz um som inusitado, trilhando os caminhos do rock nacional e autoral [ENTREVISTA]

Créditos: Matheus Pedroti

 

Um fato: está cada vez mais difícil fazer música autoral no Brasil, ainda mais quando os artistas caminham entre as vertentes do rock nacional. Pensando nisso, a banda Hey! passou a fazer suas próprias canções, indo do punk rock ao borogodó, do country/rockabilly. Assim, o Cacá toca bateira e guitarra ao mesmo tempo, enquanto Alyne investe nos vocais e no instrumento pouco usual, o kazoo. E ainda para fugir do convencional, o EP de estreia do Duo ainda conta com a participação do baixo de Gabriel.

 

Abaixo, confira na íntegra uma entrevista que fizemos com a Hey!

 

 

Vocês tomaram a decisão de fazer rock nacional autoral. Como isso aconteceu?

Alyne – Tanto eu quanto Cacá compomos desde crianças. Todos os projetos musicais em que estivemos envolvidos, embora a gente tocasse cover, sempre tinha músicas próprias. A gente até tentou se manter como banda cover, mas mesmo com a cena autoral enfraquecida, a vontade de criar é mais forte que a gente. (risos)

 

E o processo criativo de vocês, como foi?

Cacá – Nosso EP fala sobre empoderamento e liberdade. Por isso a gente reuniu várias composições que vimos fazendo ao longo dos últimos anos que tratam do tema. O fato de sermos um casal (eu e Alyne) ajuda muito, porque sempre que um tem uma ideia o outro está por perto pra ajudar a desenvolver – ou pra entreter as crianças enquanto a ideia é desenvolvida.

 

 

Dentro de quais vertentes do rock vocês caminham no EP? Falem mais sobre isso.

Cacá – Nós sempre procuramos não seguir uma única vertente. Apesar de sermos crias do punk rock, procuramos passear por caminhos pré e pós punk, como o Folk, o rockabilly, o blues, o pop… O CD é bem diverso nesse sentido.

 

Do que as faixas do EP falam?

Alyne – Como já foi dito, as músicas falam sobre empoderamento e liberdade, sob vários pontos de vista diferentes. Por exemplo, SUA PRIMEIRA fala sobre o amor entre duas mulheres. CHATOS é quase um desabafo, fala sobre a falta de interesse do público por trabalhos originais. DEGOSTO é uma crítica debochada aos fiscais da vida alheia. LOUCURA questiona o que é sanidade nesse mundo de incongruências. É por aí.

 

 

Como vocês dividem os instrumentos e vocais dentro do EP?

Alyne – vocal e kazoo

Gabriel – Baixo

Cacá – Guitarra e bateria (ao mesmo tempo)

 

Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o álbum?

O disco foi gravado no estúdio I9, em Alegre-Es, pelo produtor Danyel Sueth e teve a participação de Chuck Hipólitho (Forgotten Boys, Vespas Mandarinas) como consultor de pós-produção.

A direção de arte ficou por conta de Juarez Tanure, mesmo designer responsável pelos trabalhos mais recentes de Pitty, Supercombo, Far From Alaska e etc.

Algo que SEMPRE desperta a curiosidade das pessoas é como o Cacá dá conta de tocar guitarra e bateria ao mesmo tempo. Isso faz com que a gente seja uma banda considerada diferente, até menor, mas jamais indiferente.

 

 

Fiquem à vontade para falarem o que quiserem. 

Nossa turnê de lançamento começa nesta sexta-feira dia 22 e passará por várias cidades de ES e MG. Na mesma data, lançaremos o clipe oficial de Desgosto em nossas redes sociais.

No sábado 23, tocamos em Vila Velha-ES ao lado de Supercombo, André Prando e vários outros artistas relevantes da cena capixaba.

 

 

 

 

 

 

Autor publica livro de fantasia sobre a 3ª Guerra Mundial na América do Sul

O autor brasileiro Pedro Reis, publicou ano passado, um livro de fantasia e ficção científica, onde a ideia de uma.

LEIA MAIS

A bossa elegante e original do jovem Will Santt

No período escolar do ensino médio, nasceu o princípio do pseudônimo “Wll Santt”. As roupas retrô e o cabelo black.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #5 – O “coração solteiro” do sertanejo Vitor Leite e a MPB “encante-se”

A edição do dia 9 de junho de 2022 recebeu dois cantores-compositores mineiros, de gêneros musicais distintos. Essa foi uma.

LEIA MAIS

As “Dancinhas de Tik Tok” são inimigas da dança profissional?

Os avanços tecnológicos e suas devidas popularizações presenciadas desde o final dos anos 1990 e início dos anos 2000 se.

LEIA MAIS

Comentários sobre “Saneamento Básico, O Filme”

Dialogo do filme: Figurante #1 -Olha quem vem lá!! Figurante #2 – Quem? Figurante #1 – É A Silene! Figurante.

LEIA MAIS

Uma aula sobre samba paulista com Anderson Soares

Patrimônio cultural imaterial do nosso país, o samba foi descrito e explicado por incontáveis fontes, como estudantes do tema, jornalistas,.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #10 – Piêit e sua “Maré de Pé” e o reggae “Lean On

No dia 18 de agosto de 2022, o jornalista Matheus Luzi conversou com o cantor e compositor Piêit sobre seu.

LEIA MAIS

Curso Completo de História da Arte

Se você está pesquisando por algum curso sobre história da arte, chegou no lugar certo! Aqui nós te apresentaremos o.

LEIA MAIS

ENTREVISTA – Literatura de Renan Wangler reforça ancestralidade e luta da população negra

A população negra precisa estar conectada com a literatura, cultura e arte, dessa forma podemos estar conectados com a nossa.

LEIA MAIS

Como nasce uma produção musical? O caso de “Lord Have Mercy” diz que vai além

O cantor e compositor norte-americano Michael On Fire tem em “Lord Have Mercy” um de seus hinos mais potentes. Michael.

LEIA MAIS