(Foto/Divulgação)
Hoje a Arte Brasileira vai fazer algo diferente. Não é formato de entrevista, e nem mesmo nosso texto, com nossa linguagem. Em tópicos, vamos deixar o próprio artista falar um pouco de sua trajetória, da sua música e poesia. Confira:
O COMEÇO
Após uma infância onde o violão foi só mais um dos brinquedos que eu me divertia, com 11 anos eu percebi que para aprender a tocar alguma coisa seria necessário estudar, e assim iniciei meu aprendizado fazendo aula de violão por quase dois anos. Logo parei e continuei aprendendo a tocar músicas através de revistas que comprava em bancas de jornais (época sem internet).
Com 15 anos de idade eu meus colegas montamos um grupo de pagode para se apresentar no festival de música do colégio. Eu comprei um cavaquinho e voltei a fazer aula. Foram oito meses estudando e nos apresentamos no festival e em outros eventos particulares. Após isso segui meu aprendizado levando meu violão e música por onde passei.
A MENSAGEM
Minha música é algo muito verdadeiro com que sinto, com sentimentos e situações que me proporcionaram evoluir e refletir sobre algo. Então me conecto com o que me motiva em eternizar e passar um sentimento através da minha música.
AS INSPIRAÇÕES
Tom Jobim, João Gilberto, Vinicius de Moraes, Bob Marley, Jorge Ben Jor, NATIRUTS, o Rappa, entre outros, pois sou muito eclético e estudo sempre para tentar absorver o melhor de cada artista ou obra.
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE UM MUNDO MELHOR
Música para mim tem uma magia e um poder de conexão muito grande. É algo que não importa a idade, idioma ou situação. A música muda um ambiente e muda nosso corpo por dentro e por fora.
Eu sempre aproveitei eventos que fiz com música ao vivo para arrecadar doações e nos últimos tempos isso vem crescendo e tenho levado a ideia para alguns shows também.
Neste ano dei aula de música no instituto Ana Rosa para adolescentes e foi uma experiência incrível. Em setembro serei jurado no festival de música que eles têm todo ano e irei fazer um show da CK Jams (coletivo de artistas que eu organizo) com as crianças lá do instituto.
INFLUÊNCIA PATERNA
Meu pai é alguém muito especial para mim e é um grande amigo também. Meu pai é um homem vencedor que saiu de uma cidade muito pequena no Sul de Santa Catarina e se tornou um respeitado empresário no ramo de logística e transportes no Rio Grande do Sul e no Brasil. Empresa qual trabalhei com muito orgulho desde da minha adolescência e que me trouxe para São Paulo, pois tinha uma filial aqui em Guarulhos, e por aqui minha vida começou a mudar.
Após me formar em economia na Puc sp e nossa família decidir se desfazer do negócio devido à crise no setor, eu me aventurei em diversas profissões e fui me conectando com a arte e consequentemente a música novamente.
Com mais tempo para voltar a estudar música e outras coisas, eu fui morar fora para aprender inglês e trabalhei como Modelo em 3 países (EUA, Alemanha, Africa do Sul). Nas idas e vindas das viagens fiz diversos cursos de Acting e dramaturgia e me formei ator. E nas viagens o violão foi meu maior companheiro. Assim nasceram as composições e voltando ao meu pai, eu decidi produzir quatro músicas, sendo três composições do meu pai e uma minha.
Antes de ir para Porto Alegre, meu pai morou cinco anos em Florianópolis, onde teve banda e na Bohemia dos anos 70, ele compôs muitas obras, mas nunca as produziu. Por isso lancei o meu primeiro EP com quatro músicas e depois meu primeiro CD com nove faixas de “Cassiano Kruger em Complemento” por estar sentindo complementar algo que meu pai tinha deixado para trás e de estar encontrando meu caminho e me complementando ao mesmo tempo.