É uma verdadeira mistura de ritmos. É isso que se pode dizer de imediato a respeito de CASULO, primeiro álbum lançado pela banda mineira Cayena. Dessa forma, pela sua amplitude sonora, CASULO chegou a encantar até mesmo o público crítico do Rio de Janeiro e São Paulo, e já se consagrou com um dos pontos de partida do grupo.
“Acho que o mais interessante é que a Cayena só existe por causa do CASULO, que começou como um projeto solo da Alice (Del Picchia) já com data marcada de gravação. Fomos pra São João, vivemos enroscados e na volta entendemos que somos força conjunta, de união. E aí surgiu a Cayena.”, comentou a cantora Alice Del Picchia.
O álbum conta com 5 faixas inéditas, marcadas por guitarras, percussões, sintetizadores e tons latinos.
Abaixo, confira na íntegra uma entrevista que fizemos com a cantora da Cayena.
Para ouvir as músicas completas, clique no botão verde no quadro abaixo.
Vocês misturaram sons brasileiros, o rock psicodélico e também a cultura popular. Fale um pouco sobre os ritmos de CASULO?
CASULO é o nosso “cartão-postal”. Ele une nossas influências diversas com o que queremos criar a partir de agora, e isso resultou num disco que vai de sampa a rock psicodélico.
O que vocês querem dizer com “CASULO tem letras marcantes que passam pela emoção e o misticismo”?
O processo de criação é uma coisa muito particular, né? As letras de todas as músicas do CASULO foram escritas a partir de alguma situação vivida ou imaginada pela Alice (exceto SOBRETUDO que é de autoria do Antônio Paganelli, um amigo nosso), e carrega o que ela sentiu, vivenciou e acreditou em determinado momento.
Vocês são de BH, mas o disco tem sido bem recebido pelos públicos do Rio e de São Paulo. Como alcançaram isso? Como está sendo a divulgação do álbum?
A internet facilita na divulgação. Os serviços de streaming – apesar de termos várias críticas à eles – são fortes aliados dos músicos quando o assunto é público. Alguém com vontade de conhecer música nova terá a mesma dificuldade (ou facilidade) hoje para conhecer a Cayena, de BH, ou qualquer outra banda da Eslováquia, por exemplo. E aí tem também a proximidade BH – Rio – São Paulo, somada aos amigos que temos por lá, e pronto! A música viaja por onde consegue.
A gravação aconteceu num processo 100% analógico, não é?
Isso! E fez toda a diferença pra construção do CASULO que temos hoje. Vivemos dez dias de imersão num casarão centenário em São João Del Rei (o Bunker Analog) e assistimos o disco sendo criado e girando sem parar na nossa frente.
Como foi a criação das músicas? E a produção?
A criação tem processos possíveis diversos. Mas o CASULO foi construído coletivamente. Surgiam as letras, e depois as melodias e os arranjos. Os dez dias vividos no Bunker foram a cereja do bolo. Já a produção tem caráter mais burocrático: checklists, prazos e muita correria. No fim é um parto, realmente. Foram nove meses de produção, gravação, mixagem… Até ele ficar 100%.