Revista Arte Brasileira Álbum [ENTREVISTA] Banda Los Volks usa os primeiros passos na vida adulta como mensagem e inspiração no álbum de estreia da banda
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[ENTREVISTA] Banda Los Volks usa os primeiros passos na vida adulta como mensagem e inspiração no álbum de estreia da banda

(Capa do álbum)

 

Os amores, desilusões, ansiedades e inseguranças dos primeiros passos da vida adulta são inspiração para o álbum de estreia da banda Los Volks. Homônimo, o disco conta com participação especial da banda Vespas Mandarinas.

O álbum  traz os singles “Transmutar” e “Guarde Suas Joias” (esse com a participação das Vespas) e é um caldeirão de influências em um retrato sentimental da banda. O trabalho passa pela música brasileira do anos 70, britpop e alt-rock noventista, além da música indie contemporânea

“Estamos felizes em poder lançar esse álbum agora, quando também atingimos a maturidade sonora que tanto almejávamos anteriormente. Sentimos que todas as canções têm muito sentimento e verdade. Conseguimos expressar isso e nos encontramos em meio às nossas principais influências musicais, como Clube da Esquina, Semisonic e Plutão Já Foi Planeta”, conta Pablo Mello, vocalista e guitarrista da banda.

 

Abaixo, confira na íntegra uma entrevista que fizemos com o vocalista e guitarrista da banda, Pablo Mello.

  

 

O álbum é composto por canções que sempre trazem alguma mensagem. Gostaria de saber, qual a relação de vocês com as letras das canções?

De modo geral, pode-se dizer que as oito canções abordam o mesmo contexto da transição da juventude para o início da vida adulta. E esse é justamente o período da vida pelo qual estamos inseridos neste momento. Este é também um dos motivos que nos inspirou a utilizar o mesmo nome da banda para o título do álbum.

 

A banda Vespas Mandarinas fazem sua participação especial. Como foi esse trabalho em equipe? Como foram as gravações, de uma maneira geral?

A banda Vespas Mandarinas participou apenas na faixa “Guarde Suas Joias”. O contato ocorreu através de um amigo em comum: o letrista Adalberto Rabelo Filho. Enfim, já havíamos produzido todo o instrumental da canção quando isto ocorreu. Sendo assim, nosso amigo Thadeu Meneghini veio a Santos somente para gravar as trilhas vocais conosco. Todo o processo foi uma experiência única para nós. Pra mim, isto foi ainda mais especial, levando em consideração que eu já acompanhara o trabalho das Vespas Mandarinas há pelo menos 4 anos.

 

Como um todo, o álbum tem algum conceito? Parece que “Transmutar” é uma das canções que mais definem a ideia do trabalho.

Sim! Buscamos abordar o início da vida adulta através de referências distintas. Tais como a música brasileira dos anos 70, o rock alternativo dos anos 90 e o britpop, além do indie contemporâneo. Entendemos isto como o conceito chave do álbum. “Transmutar” pode mostrar-se como a faixa mais representativa no sentido de abordar justamente a transição de um estado para o outro. No caso, da juventude para a vida adulta. No entanto, a canção também o aborda correlacionando-o com uma relação amorosa do eu-lírico com outro (a) possível personagem. Assim, a interpretação torna-se livre para ambas as ideias.

 

Quem compôs as canções? Como foram esses momentos e desde quando essas músicas vêm sendo compostas?

Eu (Pablo) escrevi as faixas “Transmutar”, “Você Tem Que Acordar”, “Guarde Suas Joias”, “Então É Aqui” e “Tarde de Domingo sozinho”. Mas contei com a ajuda do letrista Nicolas Paparelli para compor a canção “Turquesa”. O Vinícius de Souza, nosso guitarrista e vocalista, compôs “Cigana” e “Santa Bárbara”.  Em exceção à “Turquesa”, que foi escrita justamente com intuito de cobrir a última lacuna do álbum, toda as canções foram sendo escritas (algumas durante as gravações, outras anteriormente) tanto por mim, quanto pelo Vinícius.  Desta forma, como já tínhamos a luz do o que gostaríamos de expressar e nossas respectivas influências para o álbum muito bem definidas, apenas fomos escolhendo as faixas pelas quais obtivemos maior afeto e afeição. 

 

A parte rítmica do álbum chama muito a atenção, por ser algo leve e que traz em alguns momentos, partes eufóricas e empolgantes…

O nosso objetivo, desde o princípio, foi soar (rasamente) pop enquanto dialogávamos com as influências que comentei nas perguntas lá de cima. Consequentemente, acabamos encontrando a nossa própria identidade entre as coisas que escrevemos e arranjamos. Trabalhar em parceria com os produtores Cláudio Junior e Álvaro Alves também foi essencial para que pudéssemos soar como gostaríamos.

 

Vocês têm alguma história ou curiosidade interessante para nos contar a respeito do álbum?

A faixa “Tarde de Domingo” foi a primeira a ser gravada, lá entre novembro e dezembro de 2017. Em 2018, havíamos decidido que esta não entraria no álbum. No entanto, após remasterizá-la, decidimos inseri-la nos 48 do segundo tempo. Acredito que foi uma escolha acertada.

 

Fiquem à vontade para falarem algo que eu não perguntei e que vocês gostariam de ter dito.

Acho que é isso amigos! Obrigado pela entrevista. Qualquer dúvida, estamos ao dispor.

 

 

 

 

 

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