Bruno Mog traz irreverência em seu primeiro trabalho autoral, depois de dez anos de carreira. O álbum composto por 9 faixas, dialoga entre um som mais leve como a MPB, até chegar a algo mais encorpado com o rock. Em suas letras, o compositor fala de sentimentos comuns a todos nós.
A musicalidade do álbum foi trabalhado em conjunto, as 3 primeiras músicas que ficaram prontas foram : ”Só quero ser feliz”, “flores de outono” e “Num olhar”, musicas essas trabalhadas com uma banda, antes de seguir nessa forma de trabalho mais solo, mas que conta com a genialidade de muitas pessoas. O álbum tem uma proposta mais pop no inicio, no meio permeia um pouco pelo universo do blues e finaliza pra cima com funk, algo mais dançante.”, comentou o músico.
Fale o mesmo para a parte poética. Pelo o que vi, você costuma falar de sentimentos comuns a todos nós, nas letras das músicas.
Exato! Minhas músicas falam de sentimentos comuns a todos nós porque foram escritas com base nas minhas vivencias, sempre procuro ser muito sincero quando estou escrevendo, e quanto a parte poética, sempre fui fã de literatura, poemas, acho bonito quando podemos falar algo floreando, ou como podemos criar imagens e sensações com as palavras, gosto de deixar um mistério no quero dizer, como um jogo de quebra cabeças no qual vou dando peças para quem escuta possa identificar o que eu quero dizer, ou o que ficou pra ela, sem limitar, a musica chega de formas diferente pra cada um.
Você já tem mais de dez anos de carreira, mas só agora está lançando o seu primeiro álbum. Explique.
Estudo musica desde os 13 anos de idade, depois as 16 comecei no teatro e acabei me mudando em 2005 para São Paulo para estudar Artes cênicas, sempre levei a musica como um complemento para o teatro, pois todos os diretores arruma um jeito de eu tocar na peça (risos), não tinha como fugir! Paralelamente tinha uma banda no qual tocávamos em bares e baladas e ali comecei a colocar algumas composições minha, ai foi um caminho sem volta, parei de me dividir entre a atuação e a música passei a me dedicar tão somente para a música que acabou resultando em dois singles no primeiro momento e agora esse álbum, que acho um trabalho mais maduro. Esse álbum demorou 3 anos para ficar pronto, pois queria fazer ela com a melhor qualidade possível e como não tinha investidores, tive que ir aos poucos, foram 3 anos de muita economia e sacrifício (risos), mas valeu a pena, fiquei muito feliz com o resultado.
Qual a importância desse álbum para você e para o público brasileiro como um todo?
Esse álbum representa um sonho conquistado, lutado, suado e um trabalho de muito amor, não sei se consigo dizer qual a importância para o publico brasileiro, mas acredito que a arte seja importante para todo mundo, mas não trago uma visão de mundo, a minha visão do que acredito e observo ao meu redor e dentro de mim.
Qual mensagem você pretende levar com este álbum?
Que quando se acredita em algo do fundo do coração nós devemos dar atenção, falo de sonhos, falo de ir a luta, de acreditar em si mesmo, como falo na musica Num olhar, “…e lá em cima do altar, meu medo não viverá, que assim eu possa nascer ‘num’ olhar…”
Quais são os planos para o futuro? E os shows, já estão marcados?
Agora no dia 02 irei lançar o meu CD na Casa Pompéia, depois estamos fechando pra tocar em uma casa na Vila Madalena, ainda não temos datas e logo mais vamos dar inicio a produção do clipe da música “Avoa”, por amar cinema faria clipe de todas as músicas.
Você tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o trabalho?
Não me vem nada na cabeça de tão interessante para ser citado, ou talvez eu prefira guardar certas informações (risos). Tô brincando, mas é que quando se faz o que ama, tudo se torna interessante, até os obstáculos, eles nos desafiam.
Fique à vontade para falar algo que eu não perguntei e que você gostaria de ter dito.
Gostaria de desejar um 2019 incrível para todos e que seja um ano de mais tolerância e mais amor, empatia, estamos necessitados desses sentimentos.