3 de outubro de 2024
Música

[ENTREVISTA] Carregando várias influências, Bi Santana mostra sua personalidade em novo EP

 

Bi Santana é cearense, viajou por vários lugares do mundo, e até mesmo morou na Coréia do Sul. Tudo isso, misturado a sua curiosidade musical, trouxe para sua bagagem um vasto campo de influências, o que se percebe claramente no novo EP da cantora e compositora. Com o trabalho, Bi também mostra quem é e sua personalidade.

O ukulele, dirianos que é um dos principais fatores do EP, pela intimidade em que Bi tem com o instrumento havaiano, na qual conheceu em 2015 na Coréia do Sul. Aliás, foi com esse pequeno instrumento de cordas que a cantora compôs as 6 faixas do trabalho.

O ukulele também trouxe mais e mais reconhecimentos a história de Bi Santana. Uma de suas canções CARTA AO MAR, composta em parceria com Diego Silvestre foi premiada com a 1ª colocação, como canção original, em um concurso nacional de ukulele, em 2017.

BI SANTANA é um trabalho totalmente autoral que só foi possível de ser realizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo na internet, com a colaboração de fãs da cantora por todo o mundo.

 

Abaixo, confira na íntegra uma entrevista que fizemos com Bi Santana.

 

Para ouvir as músicas completas, clique no botão branco no quadro abaixo.

 

O fato de você ser cearense, ter viajado por vários lugares e viver na Coréia do Sul influenciou quanto no EP?

Acredito que somos a soma das experiências que tivemos e o que aprendemos com elas. O Ukulele, por exemplo, o conheci e aprendi a tocá-lo enquanto vivia na Coréia do Sul onde, de fato, ele é bastante popular. Quanto a ser cearense, isso é algo que carregarei em mim para sempre. Mesmo assim, considero a linguagem que utilizo, e as histórias que conto, de essência universal. Falo de amor, de dor e de vitória. Todas as pessoas passam por isso independentemente de onde estejam.  

 

Você diz ter tentado inovar a música no EP, não é?

Ao misturar todas as referências musicais que levei para dentro do estúdio, acredito que tenha tentado reinventar com elementos ainda não utilizados em grande escala pelos grupos musicais encontrados aqui no Ceará. A tentativa de inovar a música de uma maneira geral pode ser bastante frustrante e temos que ser cuidadosos com o termo. Confesso que não carrego esse tipo de ambição. Espero, contudo, conseguir me reinventar a cada disco com um olho no cenário atual e outro no que está por vir.

 

Você toca e compõe no Ukulele. Qual a importância desse instrumento para o EP e seu processo criativo?

Apesar de atualmente estudar violão, o ukulele é único instrumento que faz parte do meu cotidiano. Seja para relaxar ou trabalhar, estou com ele. Sempre carrego um dos meus ukuleles em viagens, passeios e, sim, é a primeira coisa que vejo ao levantar e a última ao dormir.

 

Foto de David Felício

 

O EP surgiu de um financiamento coletivo na internet. Fale mais sobre isso.

Com o meu canal do Youtube ganhando visibilidade, senti muito amor por parte de quem o acompanha. Ao postar canções autorais, e sentir uma resposta positiva por parte do público, resolvi investir na ideia do financiamento coletivo. Por muitos anos ouvi as pessoas dizerem que gostariam de contribuir com o meu trabalho, então, apostei na ideia e o resultado vimos agora! 

 

Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o EP?

As coisas realmente aconteceram de forma fluida, como se estivesse predestinado. Cada pessoa que trabalhou no disco tem uma história comigo, e talvez por isso tenha sido mais fácil, ou menos complicado, de entender o som que eu gostaria de alcançar. Fizemos acontecer com um baixo orçamento sem interferir na integridade da nossa arte, e isso é uma recompensa sem igual.

 

Fique à vontade para falar o que quiser.

Cresci em um ambiente que me proporcionou diversas experiências musicais. Passei por vários estilos até encontrar a cor do meu som: do rock ao pop, do jazz ao samba. O meu encontro com o Ukulele foi mesmo determinante. Me parece que a doçura e leveza do seu som se harmonizou bem com a minha voz e com o que eu tinha pra dizer.

 

 

Capa do álbum

 

 

 

 

 

administrator
Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.