(Capa do álbum)
As seis faixas do EP “Winterstorm” foram compostas pelo próprio Pedro, que também assina a produção de alguns instrumentos, guitarras, baixo, violão e os vocais.
Com letras em inglês, o trabalho do músico não tem a intenção de ficar só no Brasil. A ideia do músico é alcançar vários lugares, quebrar fronteiras.
Apesar disso, Pedro alerta que pode lançar outros projetos com letras em português, a depender da aceitação do público desse que é o seu primeiro álbum solo.
A seguir, você confere na íntegra uma entrevista que fizemos com Pedro sobre o EP.
Você já passou por algumas bandas. O que isso trouxe de bom para este que é o seu primeiro EP em carreira solo?
Minha primeira banda foi formada em 2008, e de lá pra cá ganhei bastante experiência como músico e pude conhecer outros músicos que me ajudaram e me inspiraram bastante. Há coisas deste trabalho que tem influências de outras bandas que conheci em outras cidades que viajei para tocar, e boa parte deste material foi composto quando ainda estava nas minhas antigas bandas, sendo aprimoradas até chegar na versão que se encontram no EP.
Você parece se interessar muito em divulgar seu trabalho, assim como este EP, para fora do Brasil, não é? Também há o interesse em impactar o público brasileiro?
Com certeza! Apesar das letras em inglês, que abrangem um publico maior no exterior, boa parte da divulgação do trabalho é voltada também para o Brasil e há chances de no futuro haver letras em português no meu trabalho, caso veja que funciona bem. Há grandes bandas de metal no Brasil como a Project 46, John Wayne e Worst que fazem um material de muita qualidade com letras impactantes em português.
Fale um pouco das suas influências presentes em “Winterstorm”.
As influências deste trabalho vêm primordialmente do Prog Metal de bandas como o Dream Theater e Symphony X, e também de coisas mais modernas como o All That Remains, Periphery, e outras bandas desse cenário de Metalcore e Djent. Bandas nacionais de peso como o Maieuttica e Casti’El também foram influências na criação dessas músicas.
Todas as faixas do EP são assinadas por você. Como foi este processo? O que você traz nas letras?
As musicas deste EP foram escritas num período que vai de 2009 a 2016, sendo remodeladas varias vezes e passando por diferentes versões. Inicialmente, havia uma lista com 13 musicas, destas, acabei diminuindo pra três, que eram a “Winterstorm”, “Ressurection” e “The Illusion of Freedom”. Posteriormente, decidi colocar as músicas “Overcoming” e “Leave Your Ghosts Behind”, que se dividiu em duas, gerando a introdução “Before the Storm”. Acredito que adicionar essas faixas uma diferença gigante no resultado final do EP.
As letras do EP “Winterstorm” são bem autobiográficas e retratam momentos que vivi, reflexões e conclusões a respeito destes momentos. Mais do que simplesmente entreter pessoas, quero passar uma mensagem positiva para elas, que as ajudem em suas vidas pessoais, no dia a dia, assim como foi comigo.
Quem faz parte da banda que executa as músicas do EP? Qual a importância de cada um deles?
A maior parte do trabalho foi gravada por mim, vocais, guitarra, violão e baixo. O Guilherme Flauzino, produtor do trabalho tocou teclado nas músicas “Winterstorm” e “Overcoming”. Todos os demais instrumentos foram programados virtualmente. Foi um trabalho longo, que eu junto com o Guilherme produzimos arduamente, mas que no final nos agradamos bastante do resultado.
Você tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o EP?
Quando eu tive a ideia de fazer este EP, ainda estava nas minhas antigas bandas Perseverance e Rejected, que encerraram as atividades durante o processo de criação do “Winterstorm”. A ideia original do EP com poucas faixas era simplesmente ter algo para mostrar essas musicas que eu não queria que se perdessem. Mas com o tempo acabou se tornando um projeto serio e meu projeto principal, do qual me orgulho bastante. Por uma serie de fatores que incluem problemas de saúde, problemas com equipamentos, dentre outros, levamos bastante tempo pra conseguir concluir o trabalho, mas no final das contas, valeu a pena cada segundo gasto.
Fique à vontade para falar algo que eu não perguntei e que você gostaria de ter dito.
Vivemos num momento em que as pessoas se tornaram extremistas, incapazes de ouvir umas as outras e gostam de ditar regras e menosprezar as lutas alheias. Que possamos todos ser mais abertos a entender as pessoas antes de julgar. Que a musica sirva para nos unir, e não para nos dividir, e que haja sempre respeito e empatia ao próximo. Se você estiver passando por um momento difícil, que as letras neste trabalho possam te ajudar a refletir e encontrar seu caminho.