
Entre uma das vozes mais prestigiadas como intérprete, o cantor Pedro Mariano entrou com uma orquestra no Teatro Alfa (SP), neste ano, para gravar o CD/DVD PEDRO MARIANO E ORQUESTRA – DNA.
O trabalho, que eleva os desafios de Pedro, é composto por faixas inéditas como DNA (Edu Tedeschi), LABIRINTO (Jair Oliveira), ALGUÉM DIRÁ (Pedro Altério/Pedro Viáfora) e ENFIM (Daniel Carlomagno).
Por outro lado, o músico e toda sua equipe também se reinventaram em novas versões para canções já lançadas anteriormente, com ênfase em CASA NO CAMPO, na qual canta em parceria com sua mãe, Elis Regina, que aparece no palco por meio de um telão.
Abaixo, confira na íntegra uma entrevista que fizemos com Pedro Mariano.
1. O que o público pode esperar de novo e diferente em DNA, em relação aos seus outros trabalhos?
Esteticamente, existem algumas mudanças sutis, e musicalmente também. Mesmo se considerarmos ser um disco com orquestra, como o anterior, mesmo assim noto muitas diferenças. As composições inéditas têm uma temática bem pessoal e os arranjos soam “maiores”. Não chega a ser um tipo de ruptura com que eu vinha fazendo, mas certamente eu busco um caminho diferente, mais desafiador.
2. Você como intérprete, como foi escolher o repertório do álbum?
Creio que a maturidade somada à paternidade mudaram meu foco. Continuo cantando canções que falam do nosso cotidiano e eventualmente de relacionamentos, mas me pego me aproximando de canções que fazem reflexões de como conduzir a vida. Pode ser momentâneo, mas é o que me chama neste momento e, curiosamente, as primeiras canções inéditas que escolhi, iam nesta direção, mesmo não tendo orientado os compositores. Simplesmente estávamos nessa mesma sintonia.
3. E mais, como chegou até as composições inéditas?
Ao longo da minha carreira tive um ótimo relacionamento com os compositores com quem trabalhei, muitos deles são amigos pessoais. Isto facilita bastante.
4. O que mudou nas músicas já lançadas, como ÊXTASE, na sua voz, instrumentos, arranjos e interpretação?
Quando falamos de um projeto com orquestra, pode-se dizer que muda tudo. Trabalhar neste formato é o mesmo que ter uma paleta de cores com inúmeras matizes de uma mesma cor, e para todas as cores. Com isso em mãos, um universo de possibilidades se abre e cabe ao arranjador, diante da proposta de cada canção, pintar este quadro. Sempre cuidando para não distorcer a realidade daquela canção. São versões apoiadas nos originais, mas com toda uma proposta nova.
5. A ideia do álbum, como surgiu?
Surgiu da vontade de continuar explorando o universo orquestral do projeto anterior, porém o aproximando mais daquilo que quero para o meu trabalho de carreira. Não tenho a intensão de cantar com orquestra pro resto da vida. Tem sido um grande desafio, mas gosto de formatos menores e mais POP, e quis diminuir esta distância entre estes dois mundos neste projeto.
6. Como foram os momentos de gravação e produção do álbum?
Sempre são sensações misturadas. Um pouco de ansiedade, um pouco de euforia, muita emoção, mas o sentimento de realização é o que mais perdura durante o processo. Pensar em realizar um projeto deste tamanho, com um grau de complexidade tão alto, nos dias de hoje e com. O cenário musical tão restrito, é um feito que me orgulho de realizar.
7. Tem alguma história ou curiosidade interessante que envolva o álbum?
Tem muitas… nesses mais de 4 anos fazendo esse show, muita coisa acontece! O que mais me emocionou foi o fato de ver tantas pessoas, orquestras Brasil afora, músicos de base, produtores locais e da minha equipe focados em um só propósito: a música. Ser o fio condutor dessa energia toda é algo que não vou esquecer jamais!