Em 2020, nasceu o termo “Qeernejo”, criado pelos cantores e compositores Gali Galó e Gabeu (@eugabeu). A expressão é, na verdade, um subgênero do sertanejo que tem como principal objetivo a representatividade do público LGBTQA+. No entanto, o movimento inaugurado por Gabeu em seu disco de estreia do mesmo ano é de surpreender em termos de criatividade, liberdade artística e ousadia.
Gabeu e seus “discípulos” têm como base o sertanejo, mas fazem dele um gênero colorido, agregando elementos da cultura pop, assim como de outros gêneros, como o rock, reggaeton e até do funk carioca. Nas letras, muito humor, papo sério e temáticas LGBTQIA+. A novidade é que neste mês de setembro, Gabeu recebeu a notícia de que seu álbum de estreia, “AGROPOC”, foi indicado ao Grammy Latino 2022, levando o Queernejo a outros patamares.
Em entrevista à Arte Brasileira em Outubro de 2021, Gabeu comentou sobre o álbum indicado. “O “AGROPOC” é um processo de aceitação do meu eu sertanejo, do meu eu caipira, sem ignorar o fato de eu ser um menino gay afeminado. É a minha tentativa de unir as duas coisas que durante muitos anos pra mim jamais funcionariam juntas.”
CURIOSIDADE: Gabeu é filho de Solimões, da dupla Rio Negro e Solimões.
FONTES: Uol – Coluna Universa e Revista Arte Brasileira
Crédito da foto da capa da matéria: Gabriel Renné / Capa do álbum “AGROPOC”