8 de dezembro de 2024
Música

Na vibe dos litorais e da criação artistica, banda Velejante está em financiamento coletivo para lançamento de novo álbum [ENTREVISTA]

 

Velejante é uma banda criada em 2016, por jovens sonhadores que queriam fazer algo de diferente. E foi exatamente isso que acabou saindo do processo criativo do grupo. Mas tudo viria a mudar, a partir de quando a banda foi divulgar seu som no litoral da Bahia, lugar ideal e que fez com que as canções da Velejante alcançasse algo fora do comum. O reconhecimento veio também quando o grupo foi convidado para participar do carnaval BH 2017, no Bloco do Marley.

“Hoje o grupo está em processo de financiamento coletivo, em busca de apoio do público para a arcar com os gastos de gravação e realização do lançamento completo. Alto Mar já contabiliza 30 mil plays e o Velejante está mais firme do que nunca para realizar o sonho do lançamento do show e do CD em todos os meios de mídia.”, comentou Gustavo Sanna, baixista.

 

Abaixo, você confere na íntegra uma entrevista que fizemos com Gustavo Sanna.

 

 

A banda foi formada em 2016. De alguma maneira, esse período influenciou na criação do grupo e de suas respectivas músicas?

Analisando nossa trajetória, nesse período a gente vê claramente que a nossa ligação se deu pela música, pelo desejo de criar e inovar e pela paixão de se apresentar ao vivo. Uma conexão profissional, porém, com todo aprendizado e convivência que uma banda precisa ter. Devido a nossas viagens, nos tornamos amigos e hoje nossa relação é ótima.

 

Vocês fazem músicas autorais. Qual temática vocês abordam em suas canções?

Vivemos hoje em uma sociedade acelerada, onde as questões naturais são atropeladas pelas necessidades que o sistema implanta na nossa rotina. Contra toda essa corrente de manipulação, nós tentamos passar uma ideia diferente pra quem ouve o nosso som,  buscando abordar temas como a desigualdade social e a preservação da natureza, porém com uma roupagem mais tranquila.

 

E mais: como vocês definem o estilo musical da banda?

A gente costuma dizer que o nosso som é uma mistura de ritmos. Certamente ele não se encaixa em um estilo só, mas percebe-se claramente a influência do reggae, da música popular brasileira e do rock internacional (sobretudo nos solos de guitarra). Experimentamos várias texturas e formatos, mas a brincadeira de ser uma banda de música litorânea vem da nossa paixão pelo mar e as menções e metáforas com o oceano que as nossas letras carregam.

 

A primeira viagem de vocês foi em destino para a Bahia. Por que tiveram essa escolha?

Como bom Velejante, levar a mensagem pra outro lugar é parte do nosso objetivo. Por termos músicas de caráter litorâneo, escolhemos passar o verão no sul Bahia pelo desejo de estar em contato com a energia positiva oriunda dos habitantes, dos turistas e das praias de lá, assim como procuramos transparecer em nossas letras e melodias. Além disso, por também ser um local que possui diversos estabelecimentos para tocar e um fluxo grande de pessoas de várias regiões, o que garante maior divulgação do nosso trabalho.

 

 

E como foi essa experiência?

O contato com costumes diferentes dos nossos é uma fonte inesgotável de novas experiências. E nesses momentos, ver a reação positiva das pessoas com nossas músicas é renovador. Muitos foram os aprendizados pessoais e musicais que contribuiram para a evolução do grupo como um todo. Voltamos ricos! De novos conhecimentos, de amizades, de confiança e de respeito e entusiasmo pelo nosso trabalho.

 

Quando retornaram a Belo Horizonte, vocês foram convidados para o carnaval BH 2017, no Bloco do Marley. Conte para nós como foi fazer parte desse evento e o que ele trouxe de bom para a banda.

A repercussão positiva da nossa viagem para Bahia abriu portas para participarmos ativamente do carnaval de Belo Horizonte, reconhecido por ser um dos maiores do país. E foi incrível! Ainda mais por ter sido no viaduto Santa Tereza, local de grande relevância cultural para a cidade. Compartilhar nosso som e nossa energia em uma época tão calorosa com milhares de foliões foi uma experiência única e que corroborou nossas intenções de gravar um disco.

 

De volta à Bahia, como foi fazer 25 shows em 30 dias?

Voltamos ao sul da Bahia pelo sucesso obtido na primeira viagem. Com maior maturidade e experiência procuramos ficar mais dias no intuito de divulgar nossa música novamente. Logo, todo dia era dia de procurar marcar shows e de fazer shows, já que esse sempre foi nosso objetivo e era o que viabilizava nossa permanência na região. Muitas foram as dificuldades, mas os aprendizados, a união dos laços, a diversão e sobretudo o retorno positivo a respeito do nosso som e da nossa mensagem fez tudo valer a pena. Inclusive quando retornamos procuramos fazer um clipe que contemplasse tudo isso com as imagens que fizemos durante a viagem. A música escolhida para tal foi a NAVIO, o vídeo foi editado e finalizado pela produtora audiovisual conterrânea chamada Telazul e pode ser encontrado no nosso canal do YouTube.

 

E o projeto de financiamento coletivo? Como está? Se conseguirem arrecadar o dinheiro total, vão lançar um álbum? Como será esse álbum?

Na verdade, o álbum foi gravado ano passado. Em junho 2017 nosso o som foi apresentado ao engenheiro de som do estúdio Minério de Ferro, Rodrigo Aires, mais conhecido como Grilo, que gostou muito das músicas e decidiu entrar como parceiro na gravação do primeiro disco do Velejante: ALTO MAR. As gravações terminaram em Novembro e o disco foi lançado nas plataformas de streaming no dia 18 de Dezembro.

Para apoiar o financiamento coletivo entre aqui: catarse.me/velejante
Para escutar nosso som acesse Spotify: https://goo.gl/AGbXKb

 

 

 

 

 

 

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.