5 de dezembro de 2024
Música

O rock dos anos 70 foi a inspiração perfeita para o duo Dois Reis em disco de estreia

Foto: Carol Siqueira

 

Apesar de o disco ser de rock, ele tem elementos do folk, do pop e da balada. Nessa questão, os instrumentos foram usados cuidadosamente para que o disco florescesse com a cara dos Dois Reis. Além disso, o álbum é independente e também é inspirado no rock dos anos 70.

— O disco foi gravado com a seguinte formação: guitarra (Victor Barreto), baixo (Gabriel Gariba), teclado (Pedro De Lahoz) e bateria (Rafael Werblowsky), comigo no violão e nós dois dividindo os vocais. Ainda tivemos as participações do Wiliiam Bica no trombone em uma faixa e do Alexandre Fontanetti no lapsteel em outra. Nós buscamos uma sonoridade similar a dos anos 70 e para isso foi muito importante ter gravado no Space Blues. Utilizamos instrumentos antigos e equipamentos analógicos para isso. — comentou Sebastião.

 

Abaixo veja uma entrevista na íntegra com Sebastião.

 

 

No disco, vocês são acompanhados por renomados roqueiros. Como foi trabalhar com eles?

Além da banda que nos acompanha, os grandes responsáveis pelo resultado que alcançamos foram o Fernando Nunes, nosso produtor e arranjador, e o Alexandre Fontanetti, dono do estúdio, que foi o engenheiro de áudio e mixou o disco. Os dois são excelentes músicos, com uma vasta experiência de shows e gravações e ainda por cima muito bacanas. Aprendemos muito com esses dois caras, sem eles esse disco não seria o mesmo.

 

E a relação entre vocês dois, nesse disco, como foi?

Por sermos irmãos já temos uma relação muito próxima e íntima. Mas com certeza os anos de estrada juntos na banda e o processo de composição e gravação do disco aprofundaram ainda mais nossos laços. Além de irmãos somos grandes amigos.

 

O álbum foi gravado entre setembro de 2016 e fevereiro de 2017. Por que houve esse tempo de gravação?

Tínhamos a muito tempo o desejo de fazer um disco. Portanto quando chegou o momento quisemos fazer com muita calma pra encontrar a sonoridade que queríamos, não tivemos pressa. Além disso, esse é um trabalho independente e portanto seguiu o ritmo da nossa capacidade financeira de viabilizar o projeto.

 

Pode nos contar algum dos bastidores das gravações?

Nesse disco contamos ainda com participações especiais de vozes femininas. Na faixa O SEXO MAIS FORTE a Luiza Lian divide os vocais, e na música O TEMPO temos um coral formado pela Nathalie Alvim, a Talita Cabral e a Senhorita Paola. A Talita e a Paola nós havíamos conhecido durante as participações no programa “Superstar”, elas cantam na banda Mato Seco.

 

Em release, vocês dizem ter colocado a cara de vocês nas músicas. É isso mesmo?

Todas as composições do disco são muito autorreferentes e tratam das nossas vivências e sentimentos. Também procuramos colocar na sonoridade uma estética conforme aquilo que mais nos agrada, o rock dos anos 70.

 

Quem foi o compositor das 8 faixas do disco? Como foi esse processo criativo?

Todas das faixas são de nossa autoria. Contamos ainda com uma parceria com o Fernando Nunes e nosso pai, o Nando Reis. Algumas músicas já estavam compostas há anos, outras foram feitas num período mais recente e ainda teve uma que foi feita durante o processo de gravação.

 

Para finalizar, como é trabalhar com um disco totalmente independente? Quais são os desafios e vantagens?

A maior vantagem sem dúvida é ter a liberdade de fazer o trabalho conforme se deseja. Não tivemos nenhuma pressão em relação ao tempo e nem quanto à estética do disco. O maior desafio é viabilizar financeiramente e lidar com as limitações de um orçamento apertado.

 

Fale mais sobre o disco, algo que eu não tenha perguntado e que vocês gostariam de falar.

Uma coisa bem bacana é que a capa foi feita por nossa irmã Zoé!

 

 

 

 

 

 

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.