Rodrigo Amarante de Castro Neves, nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1976, é um musico brasileiro, integrante da banda carioca Los Hermanos. Após o recesso da banda, passou a dedicar-se também à Orquestra Imperial e, posteriormente, à banda Little Joy.
Atualmente, se apresenta em carreira solo, depois de lançar seu primeiro álbum solo, “Cavalo”, em setembro de 2013. Rodrigo Amarante também escreveu, performou e cantou “Tuyo”, o tema introdutório da série Narcos (2015) e “Narcos: México” (2018), ambas produções originais da Netflix.
RESENHA DO COLUNISTA
Eu comecei a ouvir o Rodrigo em 2016, logo após começar a me interessar mais pelos álbuns dos Los Hermanos. Eu sempre notei mais o Marcelo por causa dos meus amigos, eles viviam dizendo que o Camelo era mais interessante, só que quanto mais me aprofundava nos álbuns, notava a voz bêbada do Amarante, e após assistir o documentário ”Esse é só o começo do fim das nossas vidas”, foi então que tive a certeza da minha paixão pelo artista. Amarante sempre vai ser a minha referência em algum texto. Eu adoro citar o nome dele como se fosse um personagem no qual pudesse conversar as minhas loucuras mais profundas…
Assisti o documentário e via sua simplicidade, no ano que estavam gravando com eles, Amarante já estava começando a compôr “Irene” e chegou a cantar o refrão com o cinegrafista ali, meio que gravando disfarçadamente; no fundo estava o Camelo, ouvindo de relance e elogiando ”Porra, você que escreveu?’‘. Acredito eu que não é sobre o jornalismo falho do Brasil, é o interesse mesmo, quando se trata de artistas como Rodrigo Amarante, a gente tem que se aprofundar no álbum, ouvir e assistir documentários, entrevistas para poder falar e ter uma opinião própria.
Infelizmente não sou formado em jornalismo, só que me interessei tanto pelo talento desse Homem, mas tanto a ponto de saber de tretas, sentir falta do mesmo pelas redes sociais, querer vê-lo anunciando shows pelo Brasil. E a turnê do Los Hermanos em 2019 foi o motivo essencial para acreditar que quanto mais o Amarante envelhece, mais maduro, rouco e elegante ele fica — A simplicidade em pessoa, o afeto, o carinho com o público, a inteligência, as próprias referências colocadas em suas letras, tudo isso encanta de uma forma gigante — O cara é culto até falando.
O álbum “Cavalo” pra mim é mais para o lado espiritual das coisas, por exemplo: Comunicação, transporte. Você percebe em diversas vezes em suas letras, que tudo faz um sentido literário, é só fechar os olhos e abrir o coração, o arrepio virá em breve. É uma forma que o cantor tem de passar ao ouvinte, e quem é ouve com a alma, sente na pele tudo que foi colocado para transmitir. Não é fácil achar artistas como o Rodrigo, ainda mais nos tempos atuais, todo mundo tem sua maneira de trabalhar, todo mundo tem sua arte, mas o Amarante encanta com sua sensatez e intelectualidade…
”Ê maná, hoje o ponto é pra cura de amor”, trecho da música ”Maná”, faixa 5 do álbum.
Tudo percebe, tudo sente, tudo admira, tudo vira inspiração e referência. Há uma afago, simpatia em mim por todo trabalho feito por ele e não estou aqui apontar defeito, mas para apresentar qualidades; e quem gosta de barba, olha a famosinha frase que gosto de ouvir, ler e levar para a vida ”A barba não é de hipster, é de pajé”, mostrando mais uma vez que tudo que for tocado pelo Amarante, ou vira música ou vira poesia escrita, de alguma forma vira algo bonito. Tudo tem significado para o mesmo e é encantador.
Li um comentário uma vez, que dizia que ”O Rodrigo tem uma voz bêbada, parece que ele sempre bebe e fica chapado antes de fazer um show”, talvez ele considere isso como algo negativo, só que vejo isso como algo mais profundo, entende? Não o tiro de ser profissional, ele dá um duro muito grande e sério, quem nunca admirou sinceridade em um artista? Um cara que não foge de si, mostra quem é e foda-se o resto do mundo!
Ele não é qualquer um, tenha certeza. Se for ouvir o Amarante, então entenda o Rodrigo, os ouvidos da alma não podem ser olvido de jeito nenhum.
ENTREVISTA DE LUAN FH – 20 anos, escritor e colunista, gosta do indie brasileiro e coisas antigas