17 de abril de 2025

Projeto Yo Soy Toño lança a ternura da última despedida no clipe “Hotel”

(O projeto é a persona artística do alagoano Antonio Oiticica – Crédito: Escola Criattiva)

 

Uma despedida como oportunidade para amar intensamente uma única vez é o mote do clipe de “Hotel”, nova faixa do projeto Yo Soy Toño. Criado pelo cantor, compositor e produtor musical alagoano Antonio Oiticica, essa persona artística está prestes a estrear em disco após uma série de singles e EPs.

Lançado em 2014, o Yo Soy Toño caminha entre o indie e a MPB, usando a estética do lo-fi para criar canções climáticas e que buscam beleza na melancolia. Isso está presente em “Hotel”, single que ganha um vídeo dirigido por Duda Bertho.

‘Hotel’ conta a história de uma despedida, de um último dia juntos de um casal. A ideia era mostrar esse último dia juntos a partir de uma lógica não tão pesada, sem que houvessem brigas ou cenas com os motivos para o final do relacionamento.”, reflete o músico.

Ele continua “Na verdade, é muito mais um casal que reconhece seu fim e resolve viver mais um momento juntos para celebrar seu amor. Desejamos passar um misto de emoções entre certa maturidade pela celebração, assim como uma ingenuidade em achar que esse dia não traria também uma angústia pelo fim”.

 

SAIBA MAIS

(Cena do clipe)

A faixa é um dos pilares do disco de estreia do projeto, “Mundo Inteiro”, que será lançado em novembro. Foi a música que deu nome ao álbum, pelo verso “Eu quis andar o mundo inteiro, eu quis ganhar você primeiro, mas não deu”. O olhar ao mesmo tempo melancólico e feliz pela jornada mostra que a calma para a estreia do projeto vem de uma busca por maturidade pessoal e artística.

“Penso que o disco conta a história de alguém que sonha e o caminho que se percorre para realizar esse sonho. Não é sobre a viagem em si, mas sobre o desejo de viajar. Seria uma trilha sonora que se coloca pra arrumar a bagagem. ‘Hotel’ fala exatamente disso, sobre esse meio-lugar entre ficar e partir, sentir a dor, mas aceitar o fim. Ela seria alguém saindo da porta de casa, olhando pra dentro com saudade, mas confiante pela nova partida”, conclui ele.

 

FICHA TÉCNICA

Antonio Oiticica – guitarras, vozes, chocalho e coro

Fellipe Pereira – guitarras, bateria, meia-lua e coro

Robson Cavalcante – teclados, synths e coro

Lucas Mello, Lorena Firmino e Berta Cabral – coro

João Lamenha – baixo

Antonio Oiticica – produção musical

Fellipe Pereira – produção musical e gravação (Estúdio Montana Records)

Joaquim Prado – gravações adicionais e mix (Estúdio Panda)

Fernando Rocha – masterização (estúdio El Rocha)

Antonio Oiticica – roteiro

Duda Bertho – direção, roteiro, still e edição de vídeo e fotos

Manuela Barreiros – assistente de produção

Fernanda Simões – atriz

Felipe Jere – ator

 

LETRA

“Eu sei qual é a cor do seu cabelo

Eu lembro de você chegando, o sol fazendo uma coroa

Eu sei que a gente não foi na certeza

Apenas intuo que fomos um par de boas pessoas

Eu sei que tivemos várias conversas

Algumas tão interessantes e outras de cortar o peito

Eu sei que tá acabando a nossa inércia

Que a gente sonha bem bastante e o mundo é só o começo

 

Eu quis andar o mundo inteiro

Eu quis ganhar você primeiro

Mas não deu

 

O que será que fiz ou não fiz pra confiscar nossos dias de bem?

Ou as noites vazias de alguns telefonemas?

Você morava longe de mim, eu não podia me transportar

Você não queria tanto assim, só entendi agora

 

Eu quis andar o mundo inteiro

Eu quis ganhar você primeiro

E andar o mundo inteiro

Ganhar você primeiro

 

(coro)

 

Eu quis andar o mundo inteiro

Eu quis ganhar você primeiro

E andar o mundo inteiro

Ganhar você primeiro

Eu quis andar o mundo inteiro

Eu quis ganhar você primeiro

Mas não deu

Tudo bem”

 

Textos de Nathália Pandeló – Edição de Matheus Luzi

 

 

 

 

 

Artistas destacam e comentam álbuns de 2023 e de outros anos

Sob encomenda para a Arte Brasileira, o jornalista Daniel Pandeló Corrêa coletou e organizou comentários de onze artistas da nova.

LEIA MAIS

CONTO: A Falta de Sorte no Pacto de Morte (Gil Silva Freires)

Romeu amava Julieta. Não se trata da obra imortal de Willian Shakespeare, mas de uma história de amor suburbana, acontecida.

LEIA MAIS

[RESENHA] A literatura brasileira é seca, é úmida, é árida, é caudalosa.

            Desde a civilização mais antiga, a vida humana é orquestrada pelas estações do ano.  No poético livro “bíblico de.

LEIA MAIS

CONTO: O Flagrante No Suposto Amante (Gil Silva Freires)

Eleutério andava desconfiado da mulher. Ultimamente a Cinara andava de cochichos no telefone e isso e deixava com uma pulga.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #16 – Raffael Fragoso, um sertanejo pop a ser observado com atenção

No dia 17 de novembro de 2022, o jornalista Matheus Luzi conversou com o cantor e compositor sertanejo Raffael Fragoso,.

LEIA MAIS

MÚSICA CAIPIRA: Os caipiras de 1962 ameaçados pela cultura dos estrangeiros

Em 1962, Tião Carreiro e Carreirinho, dois estranhos se comparados ao mundo da música nacional e internacional, lançavam o LP.

LEIA MAIS

EUA, a esperança do mundo? Artista português diz que sim em depoimento sobre sua música

Fritz Kahn and The Miracles é um projeto musical de um artista português. Sua discografia é extensa, embora tenha sido.

LEIA MAIS

Podcast Investiga: Como era trabalhar na MTV? (com Perdido)

Nos anos 1990 e 2000, a MTV Brasil, emissora aberta de radiodifusão, não era nada comum para o padrão da.

LEIA MAIS

Podcast Investiga: O funcionamento de um cineclube (com Cadu Modesto e Tiago Santos Souza)

Neste episódio, Matheus Luzi investiga os cineclube, casas de cinema independentes cujo o viés comercial é, na prática e teoria,.

LEIA MAIS

Podcast Investiga: Cambismo, um crime quase submerso (com Ednilton Farias Meira)

Três afirmações estão próximas de você: (1) talvez você já praticou o Cambismo e muito provavelmente já viu alguém praticar.

LEIA MAIS