12 de fevereiro de 2025

[ENTREVISTA] Rapper Yoga representando o cenário do Rap Baiano

 

Na Bahia há muita cultura, de fato, o estado é a terra mãe do Brasil. Entre tanto apreço, considero o Rap Baiano cenário surpreendente dos dias atuais. Até alguns anos atrás não se falava de um rapper que vinha da Bahia, hoje em dia podemos enxergar vários, e vários.

Entre eles, está o Felipe Santana, nascido e criado em Salvador, ele é mais conhecido como Yoga, tem apenas 19 anos e conquistou admiração daqueles que ouvem Rap e conhecem as batalhas de Mc’s. 

 

A HISTÓRIA DO ARTISTA

Yoga teve seu primeiro contato desde muito novo, ouvindo rock em casa, e tinha 6 anos de idade quando ouviu pela primeira vez um Rap ”Soldado do Morro” de Mv BillO tio dele ficava ouvindo. E por conta deste fato, ele passou a querer ouvir mais.

Anos depois, com 15 anos, ele batalhava na rua com alguns amigos, depois no colégio e passou a ir em alguns eventos, no pelourinho, no parque da cidade. Somente para batalhar e conhecer a rapaziada do Rap. Foi pela primeira vez na Batalha da Torre em 2017 que acontecia toda semana, enfim, ele ia toda edição. 

O APOIO DA FAMÍLIA E AMIGOS!

Existiram pessoas que o incentivou muito, o inspirando para permanecer no cenário, dando a cara a tapa e colocando fé para vencer. A Dona Fernanda, mãe dele, foi fundamental nesta função, dando apoio e força. O Danilo, irmão dele, acolheu a ideia e abraçou a causa junto com o Yoga. Para completar o time temos o Davi Reis, mostrou as batalhas de rimas em 2015 e por conta disso, o Yoga não desistiu. 

A CONQUISTA DA ADMIRAÇÃO DO PÚBLICO

Yoga passou a ser reconhecido após os vídeos das batalhas que ele participava começar a bombar e rodar a internet inteira. Não demorou muito para surgir convites de outros organizadores das batalhas de outros estados. E ele passou a ir, óbvio. Toda ação tem uma reação, e em pouco tempo Yoga vem recebendo mensagens de admiradores: ”Mano, você é brabo, me inspiro em você”. 

O AMADURECIMENTO DURANTE, ANTES E DEPOIS

Antes de se jogar no mundo do Rap, ele ouvia muito, muito, vários Mc’s, porém não estava apto a falar de vivência. E quando passou a batalhar ele percebeu o amadurecimento rápido, a mudança de perspectiva, responsabilidade batendo na porta. A forma de pensar mudou, ficou muito mais politizado, aprendendo também a se expressar mais facilmente na hora do improviso. 

 

Luan FH – Em algum momento da sua vida, desde a sua chegada ao cenário do Rap, alguém te desmotivou disparando frases negativas?

Yoga – Já sim, sempre tem, na real. Sempre tem esse tipo de pessoa, tanto que na época não ligava muito e tampouco ligo em hoje.

 

Luan FH – Se você pudesse acrescentar algo cultural na Bahia, você acrescentaria? E se sim, o que seria?

Yoga – Acrescentaria sim; melhorar a estrutura das batalhas no geral, câmera para mostrar o Mc destaque indo para toda a cena do Rap do Brasil, a premiação. 

 

Luan FH – O Rap é fundamental para nas periferias do Brasil, principalmente as da Bahia e de Salvador, pensando nisso, você acredita que o Rap mudou o destino da tua vida?

Yoga – Com certeza mudou, deu um foco novo, uma coisa para sonhar mesmo, um bagulho para dar mais gás pra ir atrás. Antes do Rap eu era uma pessoa, depois do Rap sou outra. 

 

Luan FH – Em algum momento alguma pessoa chegou para você e elogiou seu trabalho?

Yoga – Já sim, mano. Recebi mensagens de pessoas que me elogiaram, disseram que se inspiram em mim. Pessoas também me viram na rua e vieram falar comigo, elogiar meu trampo… Eu acho isso gratificante, é muito bom!

 

Luan FH – Você batalhou em alguma Batalha de fora? 

Yoga – Sim! Batalhei nessas: Batalha da Leste, Batalha da Santa Cruz, Batalha do Villa, Batalha da Aldeia, Batalha da Atlântica e a Batalha do Coliseu

 

Luan FH – Espaço livre para você deixar mensagem. 

Yoga – Viva o agora, corra atrás dos seus sonhos, sonhem, não desistam. Não é fácil, pois não é para qualquer um. Então conquiste!

 

“Sertão Oriente”, álbum no qual é possível a música nordestina e japonesa caminharem juntas

A cultura musical brasileira e japonesa se encontram no álbum de estreia da cantora, compositora e arranjadora nipo-brasileira Regina Kinjo,.

LEIA MAIS

Resenha do filme “O Dia em que Dorival Encarou o Guarda”, de 1986 (por Tiago

Olá a todos! Feliz ano novo! Vida longa e prospera! Bom, a primeira obra do ano se chama “O Dia.

LEIA MAIS

Diante do novo, “O que Pe Lu faz?”

Sucesso teen da década passada com a Restart e referência no eletrônico nacional com o duo Selva, Pe Lu agora.

LEIA MAIS

A vida em vinil: uma reflexão filosófica sobre a jornada da existência

A vida, assim como um disco de vinil, é uma espiral contínua de experiências e aprendizados, em que cada fase.

LEIA MAIS

BEDEU – Em emocionante entrevista, a compositora Delma fala sobre o músico gaúcho

Em Porto Alegre (RS), no dia 4 de dezembro de 1946, nascia aquele que daria o ar da graça ao.

LEIA MAIS

LIVE BRASILEIRA #16 – Raffael Fragoso, um sertanejo pop a ser observado com atenção

No dia 17 de novembro de 2022, o jornalista Matheus Luzi conversou com o cantor e compositor sertanejo Raffael Fragoso,.

LEIA MAIS

CONTO: Os Bicos de Gás e o Cigarro King Size (Gil Silva Freires)

Maldita família. Malditos papai-mamãe-titia, como diziam os Titãs. Kleber era fã incondicional dos Titãs e a proibição paterna de assistir.

LEIA MAIS

Alguns livros que você precisa ler antes de morrer

A morte dá alusão ao fim do mundo, o Apocalipse e até mesmo o fim da vida de uma pessoa,.

LEIA MAIS

CONTO: Fixação Autêntica e Gêmeas Idênticas (Gil Silva Freires)

Antônio Pedro estava casado havia mais de um ano e ainda não tinha aprendido a distinguir sua esposa da irmã.

LEIA MAIS

“O único assassinato de Cazuza” (Conto de Lima Barreto)

HILDEGARDO BRANDÂO, conhecido familiarmente por Cazuza, tinha chegado aos seus cinqüenta anos e poucos, desesperançado; mas não desesperado. Depois de.

LEIA MAIS