Revista Arte Brasileira Álbum Como um bom artista pop, Grand Paradiso lança seu disco de estreia
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Como um bom artista pop, Grand Paradiso lança seu disco de estreia

Capa do lançamento (Arte e foto de Grand Paradiso)

Em 2015, o jovem artista catarinense Gustavo Vargas ingressou no Conservatório de Música de Itajaí Carlinhos Niehues. Mais de um ano depois, no final de 2016, Gustavo passou a ser o Grand Paradiso, nome que ele adotou para assinar sua carreira artística. Nesse mesmo período, nasceu a ânsia de lançar um disco, que, na verdade, seria o seu primeiro.

No cumprimento de um ano, o que era ideia passou a se tornar algo mais concreto, dando-se, então, o início dos processos de “Aurora”, álbum que agora o músico lançou nos streamings. No entanto, o local onde as músicas produzidas estavam alocadas no computador parou de funcionar, forçando uma breve parada. Já em 2018, a construção de “Aurora” voltou a todo vapor.

Todo esse tempo de gestação também nos leva a outro ponto: Grand Paradiso realizou praticamente todas as funções na construção do álbum. Ele foi compositor, fez as gravações e os arranjos, assina a produção musical, mixagem e a questão gráfica do projeto, entre outras.

E por falar em realizar tudo, o mesmo tudo de Grand Paradiso é o que se sente nas 14 faixas do trabalho. Nele, o artista é autêntico, vivo, intenso e muito sincero, sem que espace nenhuma de suas verdades que idealizou expor ao mundo por meio da arte. No quesito conceitual, pode-se dizer que o disco é “sobre um garoto de interior descobrindo a vida real da ‘cidade grande’, e sobre transição para a vida adulta”, como diz as próprias palavras de Grand.

Fiel ao pop, em “Aurora”, Grand Paradiso criou seu ambiente sonoro, num determinado ponto no qual o que ele ama fazer e escutar está explícito. “Sou um devoto do pop, então por mais que aqui no brasil esse gênero seja percebido de uma forma diferente do resto do mundo, ainda bato o pé e digo que faço música pop, por mais que ela muitas vezes tenha uma ‘roupagem’ alternativa.”, explica.

Outra curiosidade! “Aurora” também é um álbum audiovisual, do qual Grand já apresentou dois clipes, e já está nos preparativos para chegada dos próximos. Ele também alerta que o seu segundo disco já está sendo produzido.

Crédito: Grand Paradiso / Divulgação.

FAIXA A FAIXA nas palavras de Grand Paradiso

1 – “Aurora”: quis criar uma introdução curta, que traduzisse bem a jornada do álbum e principalmente a sua capa, misturando beats eletrônicos a instrumentos comuns do baroque pop. É a única faixa instrumental do disco.

2 – “Céu”: A versão do disco é uma versão retrabalhada de uma canção de 2017, quando assumi o codinome Grand Paradiso… Nessa nova versão mexi em muita coisa, regravei os vocais, mudei os instrumentos… Só não mexi na estrutura da faixa. É uma das mais aquáticas do disco.

3 – “Livre”: Também uma faixa produzida no decorrer de 2017 e finalizada em 2020, é um hino sobre a liberdade individual, bastante inspirada no hip-hop.

4 – “Sonhar/Acordar”: É uma das faixas mais divertidas e dançantes do álbum, nela conto sobre um romance que nunca veio a acontecer, tem um videoclipe inspirado no voguing da cultura ballroom.

5 – “Cambaleando”: É uma balada densa, sobre o amor cotidiano. Aqui o disco começa de vez a tomar o tom urbano e mais obscuro, a letra fala sobre fazer alguém de morada, mas no último refrão é como se tudo estivesse desmoronando. Talvez seja uma das minhas favoritas.

6 – “Caos”: Foi o primeiro single do disco, escolhi ela pois acho que traduz bem a produção maximalista que escolhi pra esse projeto. O videoclipe que fiz pra ela foi uma das coisas mais trabalhosas que já fiz na vida, mas amo o resultado, diz muito sobre quem sou como artista.

7 – “My Heart is an Empty Land”: É uma faixa propositalmente sem bateria, queria uma assim no disco, justamente por ele ser tão cheio de elementos. É a única em inglês também, foi assim que comecei a compor… É uma das mais obscuras, sonora e liricamente.

8 – “Metrópolis”: Durante muito tempo eu tive uma obsessão com o sonho americano, talvez por ter crescido ao redor da TV… Então é meio que uma reflexão sobre isso, de como esses ideais estão distantes, principalmente de nós brasileiros. A produção dessa é uma das minhas favoritas, é bem industrial e cinematográfica.

9 – “Do Tamanho de Deus”: Essa fecha o álbum e diz tudo o que eu queria sobre as desilusões da vida adulta, bastante influenciada pelo gospel estadunidense… Foi uma das mais difíceis de terminar, junto com “Metrópolis”.

10 – “Sonhar/Acordar (Deep in Vogue Mix)”: é apenas a versão single de “Sonhar/Acordar”, com algumas alterações na mixagem.

11 – “Caos (Paradiso Mix)”: uma versão mais acústica da versão original. Como já vinha produzindo esse disco há um bom tempo, já estava meio que cansado de ouvir as versões originais, então resolvi reimaginá-las em novos arranjos que nomeei de “Paradiso Mix”.

12 – “Sonhar/Acordar (Paradiso Mix)”: uma versão mais atmosférica da original, com influências da música eletrônica dos anos 90. Ela começa sem batida e termina com um beat de house.

13 – “Cambaleando (Paradiso Mix)”: uma versão smooth jazz da original. Por mais que minhas influências não fiquem tão claras nas minhas produções, jazz é o gênero que mais ouço no dia a dia.

14 – “Livre (Paradiso Mix)”: uma versão lo-fi da original, bem atmosférica também, inspirada no rock dos anos 90, com os sons da cidade… 

SOBRE GRAND PARADISO

Autodefinido como pessoa queer e um “colagista de sons e fiel a música pop”, Grand Paradiso é o projeto de Gustavo Vargas, músico catarinense que escreve desde os 17 anos, mas que se aventurou de vez no universo artístico em 2015, quando entrou para o Conservatório de Música de Itajaí Carlinhos Niehues.

Sua estreia fonográfica aconteceu com “Aurora”, álbum que apresenta um artista melancólico e autobiográfico, que traz versos sobre acontecimentos pertinentes a todos, como amor, tristeza, euforia e a maior de todas: a existência.

Suas influências são baseadas em artistas como Kanye West, Robyn, Michael Jackson, Nina Simone, Sade e Carpenters.

SOBRE GRAND PARADISO

Autodefinido como pessoa queer e um “colagista de sons e fiel a música pop”, Grand Paradiso é o projeto de Gustavo Vargas, músico catarinense que escreve desde os 17 anos, mas que se aventurou de vez no universo artístico em 2015, quando entrou para o Conservatório de Música de Itajaí Carlinhos Niehues.

Sua estreia fonográfica aconteceu com “Aurora”, álbum que apresenta um artista melancólico e autobiográfico, que traz versos sobre acontecimentos pertinentes a todos, como amor, tristeza, euforia e a maior de todas: a existência.

Suas influências são baseadas em artistas como Kanye West, Robyn, Michael Jackson, Nina Simone, Sade e Carpenters.

FICHA TÉCNICA

Composições: Grand Paradiso

Arranjos: Grand Paradiso

Produção musical: Grand Paradiso

Clipes: Grand Paradiso

Todos instrumentos: voz, sintetizadores, bateria, percussão, sax, trompete, cello, violino, baixo elétrico e acústico, guitarra, harpa, flauta: Grand Paradiso (com exceção da faixa “Céu”, que tem violão de Ozeias Rodrigues

Mixagem e masterização das faixas 1 a 10: Grand Paradiso e Alexandre Siqueira (com exceção da faixa 6, de Grand Paradiso)

Mixagem e masterização das faixas 11 a 14: Grand Paradiso

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