Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 189ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
La Chuka – “Ciclos” – (Chile) – [MINI ENTREVISTA]
– Qual a melhor sinopse desta música? “Ciclos” é nosso segundo single. A canção busca representar o caminho percorrido para deixar para trás tudo o que nos ancora ao passado e alcançar assim a liberdade. Este processo, cíclico por natureza, assemelha-se ao ciclo perpétuo da água, onde o fim de uma etapa sempre dá lugar a um novo começo. A canção funde ritmos folclóricos latino-americanos com a energia e sonoridade do rock, culminando em um explosivo carnaval musical nos minutos finais.
– Qual sua mensagem ao mundo atual? Como banda, acreditamos firmemente que a música melhora e salva vidas. Através da nossa música, queremos injetar força e boas energias em quem quiser nos ouvir.
– Como e por que surgiu esta música? A música surgiu numa manhã, enquanto eu estudava piano. Os acordes e a melodia inicial da canção foram tomando forma aos poucos. A letra foi finalizada junto com Nay (voz), e trabalhamos a música com Machine (guitarra elétrica) antes de apresentá-la à banda. A partir daí, continuamos construindo a música nos ensaios com a banda completa.
– O que esta música diz sobre a música e a cultura do seu país? A música incorpora diversos ritmos e sonoridades típicas do Chile e da América Latina, como o charango. No final da canção, é retratada uma festa de sons, transmitindo energias positivas e a força da Mãe Terra.
– Você tem alguma curiosidade sobre este lançamento que gostaria de destacar? Esta é a primeira canção em que toda a banda participou da composição desde o início. É um tema muito especial e, cada vez que o tocamos ao vivo, por seu contraste entre introspecção e celebração, cria-se um ambiente muito especial entre os presentes. Obrigado!
Respostas Nay/Klaudio/Pablolein
Timothy James – “More Than You Did” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– COMO VOCÊ DEFINIRIA ESSA MÚSICA EM GERAL? A música captura a profunda tristeza e complexidade de um casamento se desintegrando sob o peso do vício e da turbulência emocional. Ela narra o amor profundo e inabalável do marido por sua esposa, cuja luta contra o alcoolismo leva a um comportamento destrutivo e ciclos de abuso. A letra pungente transmite seus sentimentos de desamparo e desgosto enquanto ele luta com as memórias de tempos melhores. No final das contas, percebendo que o amor sozinho não pode curar as feridas infligidas pelo vício dela. A melodia assombrosa ressalta a dor de deixar ir enquanto ainda anseia pela mulher que ele uma vez adorou.
– QUAL É O SEU TEMA E QUAL É A SUA MENSAGEM? O tema da música gira em torno da luta agridoce do amor versus autopreservação; capturando o conflito emocional de um marido dividido entre sua profunda afeição por sua esposa alcoólatra e, finalmente, transmitindo a mensagem de que o amor às vezes pode significar escolher deixar ir.
– COMO E POR QUE ESSA MÚSICA SURGIU? A música surgiu quando eu estava na minha hora mais sombria depois que minha esposa foi embora e eu pedi o divórcio. No silêncio da minha casa agora vazia, cheguei a um ponto em que me sinto perdido e vazio. Peguei meu violão e escrevi meus sentimentos, que se tornaram a música que você ouve.
– O QUE ESSA MÚSICA DIZ SOBRE A CULTURA E A MÚSICA DO SEU PAÍS? A música reflete um aspecto profundamente arraigado da cultura americana que lida com as complexidades do amor, vício e saúde mental. Em um cenário de influências country e blues, ela ressoa com ouvintes que vivenciaram lutas semelhantes em seus próprios relacionamentos. A narrativa destaca o estigma em torno do vício e as conversas frequentemente tabu sobre abuso doméstico, encorajando um diálogo que desafia as normas sociais. Ao retratar as palavras “Mais do que você fez” no sentido de quanto de si mesmo foi dado a outra pessoa, era incrivelmente vulnerável. A turbulência emocional e a pressão social para manter uma fachada de um casamento perfeito; a música serve tanto como uma liberação catártica para os afetados quanto como um lembrete pungente da importância de buscar ajuda e priorizar o bem-estar de cada um. Seu impacto está em sua capacidade de promover empatia e compreensão; tornando-se um hino poderoso para aqueles que navegam nas dolorosas interseções de amor e perda.
– TEM ALGUMA CURIOSIDADE SOBRE ESTE LANÇAMENTO QUE VOCÊ GOSTARIA DE DESTACAR? A curiosidade em torno do lançamento desta música está em sua honestidade crua e vulnerabilidade. Ela convida os ouvintes a confrontar verdades desconfortáveis sobre amor e dependência. Ao desafiar narrativas tradicionais de romance, esta música encoraja a reflexão sobre as complexidades dos relacionamentos e a expansão de limites ao lançar luz sobre questões frequentemente mantidas nas sombras. Espero que minha história mova as pessoas e ressoe com elas quando elas ouvirem a música e assistirem ao videoclipe que a acompanha.
Respostas Timothy James
Nathalie King – “You” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– Sobre o que é essa música, em particular? “You” é sobre a parte mais íntima, suave e vulnerável de você, que fica por baixo das muitas camadas grossas que colocamos para nos proteger neste mundo. É uma compreensão mais profunda do porquê as pessoas usam máscaras. Porque elas foram machucadas por alguém/nossa sociedade e então elas fecham a parte gentil, bonita, compassiva e suave delas para se protegerem. Todos nós fizemos isso de alguma forma.
– O que a letra diz e qual é a mensagem para o mundo? A letra fala sobre fechar meu coração porque ele foi machucado por alguém em um relacionamento, da mesma forma que eu fui machucado pelos meus pais quando criança. Mas no fundo há um desejo de ser amado, por baixo da besta, que é um símbolo de emoções raivosas que às vezes saem. A música fala sobre duas emoções em particular, raiva e ansiedade que foram vivenciadas em traumas de infância. Como resultado, certas reações surgem em relacionamentos atuais que são emocionais em excesso. A mensagem para o mundo é perceber que as emoções são um indicador de que é preciso fazer um trabalho de cura. Que somos o programador que pode reprogramar nossos maus hábitos e traumas e criar uma vida melhor para nós mesmos.
– Como e por que essa música surgiu? Decidi que era hora de escrever sobre meu trauma de infância, pois suas lutas me acompanharam por toda a minha vida. Senti vergonha de falar sobre isso em público ou mesmo escrever músicas sobre isso, mas como tenho me curado na terapia e dado passos em direção a um estilo de vida mais saudável e consciente, senti que era hora de fazer um EP inteiro sobre os eventos passados, as lutas passadas e presentes e a luz no fim do túnel. Estou em um lugar melhor agora, mas o caminho do aprendizado é longo e contínuo.
Essa música em particular levou algumas reescritas e reproduções. No final, com a ajuda da minha equipe incrível, meu produtor Joseph Snook e minha engenheira de mixagem/coprodutora Anastasia Petrova, decidimos sobre as melodias finais, simplesmente voz no piano para enfatizar a intimidade e a natureza frágil do ponto fraco dentro de nós.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você gostaria de enfatizar? ‘You’ é a parte do EP que explora a dor. Gostaria de encorajar o ouvinte a experimentar o EP inteiro ‘PTSD’ (que sai em meados de outubro) para entender completamente a jornada de cura e tirar uma mensagem importante dela. Que você é o suficiente e que cada um de vocês traz algo único para o mundo. Como os outros o tratam não é um indicador do seu valor. Você é amado e não está sozinho.
Respostas Nathalie King
Colors In Motion – “Nights In Paris” – (Alemanha) – [MINI ENTREVISTA]
– O que é esta música, em resumo? Nesta música descrevo a sensação de estar sentado em um café parisiense tarde da noite e observar a agitação nas ruas. Tem cheiro de café e croissants . Em algum lugar ao longe alguém está tocando um acordeão
Há alguma mensagem? Não, não há uma mensagem por trás dessa música. Deve simplesmente tocar você emocionalmente e fazer você querer ir para Paris.
– Como surgiu a música? Estive em Paris duas vezes antes das Olimpíadas e ainda sentei em cafés diferentes tarde da noite. O cheiro, o silêncio no café e a inquietação nas ruas me inspirou muito a escrever essa música romântica
– O que esta música diz sobre vocês? O título mostra como me senti. Totalmente relaxado e muito agradavelmente tocado pelas noites parisienses. Muitos dos meus títulos musicais são emocionais e românticos. Sou eu!
– Há alguma curiosidade que você queira destacar? Devo destacar a guitarra comovente e comovente do meu amigo de longa data_” Bill Joseph Flynn “_no violão . Isso é de classe mundial, pois ele responde à atmosfera de “Nights In Paris” Há muitos anos que adoro tocar guitarra.
Respostas de “Curtis McLaw, produtor e compositor de Colors In
Motion
Ashtyn Barbaree – “Copenhagen” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Resumindo, sobre o que é essa música? “Copenhagen” é sobre o momento em que me apaixonei pelo meu parceiro durante um inverno na Escandinávia. A música captura a beleza e o romance daquela época, com suas luzes de corda, artesanatos de papel, vinho quente e mercados de rua, ao mesmo tempo em que reflete a resiliência e o calor que o amor pode trazer, mesmo nas situações mais frias e desafiadoras.
– Qual é a mensagem da música? A mensagem de “Copenhagen” é que o amor pode trazer luz e calor para nossas vidas, mesmo durante os momentos mais escuros e frios. É uma celebração do poder do amor para nos elevar, proporcionando conforto e positividade através dos altos e baixos da vida, assim como as mudanças de estação.
– Como você descreveria seu som? O som de “Copenhagen” tem raízes na Americana, misturando elementos de folk, indie, pop e um toque de influência escandinava para criar uma atmosfera calorosa e íntima. O sentimento geral é nostálgico e esperançoso.
– O que essa música diz sobre você como artista e como ser humano? “Copenhagen” reflete minha profunda apreciação pelos pequenos e belos momentos da vida e meu comprometimento em expressar emoções autênticas por meio da minha música. Como artista e ser humano, eu me esforço para encontrar beleza tanto nos momentos claros quanto nos escuros, e essa música incorpora esse equilíbrio entre vulnerabilidade e força.
– Há algum fato interessante que você gostaria de destacar? Um fato interessante sobre “Copenhagen” é que a pessoa que inspirou a música contribui com harmonias, adicionando um toque pessoal à gravação. O envolvimento dela na faixa a torna ainda mais especial.
Respostas Ashtyn Barbaree