11 de dezembro de 2024
Além da BR

Playlist “Além da BR” #220 – Sons do mundo que chegam até nós

Além da BR

Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 220ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.

Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.

David Goveia – “green eyes” – (EUA)

Qual aspecto da vida humana e social você retrata nesta música? O que inspirou esta composição? Na minha canção “Green Eyes”, exploro os sentimentos de amor, saudade e desejo—emoções que todos nós vivenciamos. Acho essas sensações bonitas porque me inspiram a criar músicas que realmente ressoam. A composição da canção foi bem intencional; eu queria algo divertido com sons de synth legais, mas senti que precisava de uma camada extra. Por isso, incluí a desaceleração e a mudança de ritmo por volta de 2:22—é uma das minhas partes favoritas!

Em qual gênero musical você define que é esta música e quais artistas/bandas são inspirações? Eu diria que essa canção se encaixa nos gêneros pop e indie pop, com um toque de alternativo. Me inspirei em artistas como Madison Beer, Ariana Grande e Taylor Swift. Adoro as produções orquestrais da Madison, as vozes incríveis da Ariana e a narrativa e o experimentalismo da Taylor. Tentei incorporar um pouco de cada uma dessas influências no meu som.

Por que a escolha desta fotografia como arte de capa? No começo, imaginei a arte da capa como uma cena fofa de mim e um amante na cama, algo saído de um filme. Mas depois mudei de ideia e passei um dia explorando a cidade, tirando fotos. Descobri uma linda floricultura e, a partir daquele momento, soube que a capa precisava me mostrar cercado por aquelas flores vibrantes. Ficou perfeito e realmente captura a essência da canção. Costumo deixar meus conceitos de capa surgirem de forma natural, muitas vezes no último minuto.

E, para finalizar, nos diga quem é David Goveia? Quanto a mim, sou David Goveia . Nasci no Brasil e me mudei para os EUA quando era jovem. Sempre sonhei em fazer música e só recentemente comecei a correr atrás desse sonho, o que parece tão certo. Também sou ator treinado profissionalmente e já atuei em peças na cidade de Nova York. No meu cerne, sou poeta; minhas músicas sempre começam com escrever. Quero contar histórias, transmitir sentimentos e fazer um impacto positivo no mundo—enquanto também me permito ser visto e curar minha criança interior.

Respostas David Goveia

John Flow – “Lo vi en sus ojos” – (Finlândia)

Quem é John Flow?

Sou um compositor e letrista finlandês com mais de 40 anos de experiência e paixão pela música. Meus principais instrumentos são o violão e o teclado, e componho músicas tanto em espanhol quanto em inglês. No início, eu tocava e criava novas canções com amigos, mas atualmente concentro-me em criar minha própria música na tranquilidade do meu estúdio em casa.

Adoro a versatilidade musical e me inspiro nas várias nuances da vida – de reflexões profundas a momentos mais leves e alegres.

Que diz a letra desta música? “Lo Vi en Sus Ojos ” é uma linda canção de amor que conta a experiência de uma mulher ao olhar nos olhos de um homem e ver ali um amor profundo e sincero. A canção descreve um momento em que as palavras não são necessárias, pois o olhar e o silêncio dizem tudo. A música é cheia de emoções e reflete o brilho e a verdadeira força do amor.

Musicalmente, você acredita ter trazido algo novo, de especial? Acredito que esta música pode ser uma lufada de ar fresco, algo diferente. Isso se deve ao fato de eu ser originário do norte, onde este tipo de música é raro. No entanto, minha mente é livre e aberta, sem limites, e faço tudo isso                         puramente por paixão e amor pela música.

Por que escolheu esta arte de capa? A capa da música simboliza fortemente o momento do nascimento do amor, um instante silencioso entre dois amantes, breve, mas significativo.

Há alguma outra curiosidade que você queira destacar? Meu sonho é que a música traga boas vibrações, sonhos e lembranças para os ouvintes. Se algum dia alguém a tocar em uma festa de casamento, eu gostaria de saber disso.

Respostas John Flow

Bennett Heidelberger – “Eater of God” – (EUA)

O que diz a letra dessa música? A letra fala sobre estar em um relacionamento com alguém e saber que vocês não estão bem juntos.

Como surgiu essa música? A frase “diga que você está cansado mais uma vez, e você me deve 100 dólares” estava passando pela minha cabeça por algumas semanas. Levei para o meu produtor, e a música começou a tomar forma como uma música indie rock.

Musicalmente, como você descreve a música? – A música foi gravada em um estúdio caseiro, como foi esse momento? Eu descreveria como uma música indie rock de construção lenta. Lembro-me de sentar no sofá do estúdio ouvindo meu amigo tocar o solo final  de guitarra elétrica  , e ficar tão animado. Para mim, fazer música é fazer coisas musicalmente que me deixam feliz.

Há alguma outra curiosidade que você gostaria de destacar? Nada mais me vem à mente. Eu adoraria visitar  o Brasil algum dia!! Paz e amor. <3

Respostas Bennett Heidelberger

Dorian Taj – “Devils Downstairs” – (EUA)

Qual é a melhor sinopse dessa música? O que ela diz ao mundo? É tudo sobre quando você se aproxima de outra pessoa, uma namorada, um namorado ou um bom amigo e você começa a sentir que algo está te separando e as vozes na sua cabeça vão fazer você acreditar nisso. A ansiedade e a paranoia definem quem você é e a única saída é se tornar a coisa que você temia que estivesse acontecendo com o outro. Você se torna o Diabo.

Musicalmente, como você descreveria a música? Musicalmente é bem direto. Bem direto. À moda antiga. Blues rock com um toque de R n B, country e atmosferas psicodélicas.

Como foram os processos de produção musical e gravação em estúdio? Gravar no Sunset Sound foi uma aula de história do Rock n Roll, aprendendo sobre todos os grandes e como eles fizeram isso lá. Muito humilhante e tende a fazer você sentir que nunca poderá ser tão bom. Mas ao usar os microfones vintage que podem ter estado nas mãos dos Beatles, The Stones, Neil Young e Van Halen para novos artistas como Miley Cyrus e Shooter Jennings, você percebe que tem que criar e ser você mesmo. E fazer algo acontecer do seu jeito. Mas sim, essa experiência de estúdio foi incrível. Gravamos tudo o mais cru possível. E tínhamos uma ótima equipe.

E por que você escolheu essa arte de capa? Escolhemos a arte da capa porque é uma foto da banda quando chegamos ao Sunset Sound para começar nosso primeiro dia de gravação. O assustador é que se você olhar pela janela do prédio, verá o diabo que tem me seguido por anos… se você acredita.

Respostas Dorian Taj

Cabell Rhode“Sheets-Sin City Remix” – (EUA)

Qual aspecto da vida humana e social você retrata nesta música? Eu retrato o aspecto da interação humana íntima entre duas pessoas que se amam. É um lembrete para amar um ao outro e valorizar o que é divertido no relacionamento.

E qual mensagem você esperava levar ao seu público? A mensagem que sempre trago com minha marca é aceitação das pessoas, amor, tolerância e inclusão de todas as pessoas.

O que inspirou esta composição? Um desejo de amar alguém inspirou essa música. A intimidade física é o núcleo fundamental de qualquer relacionamento romântico, e espero que inspire as pessoas a amarem umas às outras, à vida e às pessoas ao redor delas.

É possível estabelecer uma ligação direta ou indireta com o seu país, os EUA? Não relacionado à política. A arte deve sempre permanecer neutra o máximo possível.

Por fim, quem é Cabell Rhode e como esta música ilustra sua arte? Cabell Rhode é o espectro completo. Compositor, Artista Comercial, Compositor e muito mais. Minhas marcas têm algo para todos. Acho que esta peça ilustra o quão vestíbulo  Cabell Rhode realmente pode ser.

Respostas Cabell Rhode

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Fundador e editor da Arte Brasileira. Jornalista por formação e amor. Apaixonado pelo Brasil e por seus grandes artistas.