Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 228ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.
Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.
JulandJim – “lazy afternoon” – (França)
– Qual o tema da música? O tema da música é o tema de um dia ensolarado onde o tempo para na beira da água, onde as ondas avançam e recuam em uma praia perdida. Minha namorada bebendo um coco na praia e o momento em que começamos a adormecer na praia.
– Qual situação inspirou essa música, tem haver com a arte de capa? A música e a atmosfera foram inspiradas nos meus dias em uma ilha perdida nas Seychelles contemplando o mar e os jovens jogando futebol na praia em silêncio.
– Qual situação inspirou essa música, tem haver com a arte de capa? A capa é uma foto que tirei naquele momento e permite sentir a calma do cenário.
– Você se inspirou em quais músicos para essa composição? Minha inspiração para essa música é Rodrigo Amarante,Hermanos gutierrez, François de Roubaix e Interstellar Overdrive
Respostas JulandJim
Angie 444 – “Midnight Tryst” – (EUA)
– O que há nos versos da música e qual sua mensagem? Este lançamento mergulha nas complexidades da conexão humana, capturando a tensão entre luz e escuridão, amor e perda, como uma dança que oscila entre conexão e separação.
– Qual situação inspirou essa música? Pretendo criar esta música como uma mistura delicada de paixão e dor em um relacionamento. O amor pode ser tão entrelaçado com momentos de mágoa, mas também há muita beleza nisso. Quando eu estava escrevendo a letra, queria que cada linha parecesse uma cena de um filme. Em vez de dizer as coisas diretamente, me inclinei para imagens para criar algo cinematográfico e evocativo para os ouvintes vivenciarem. Por exemplo, a linha “Velvet hues softly gleam” descreve a imagem de um homem vestindo um terno de veludo enquanto ele entra com flores chamado “Midnight Tryst“. Esta frase tem um duplo significado, capturando perfeitamente a essência da música. “Spiraling in the air” se refere ao perfume das flores, adicionando profundidade à imagem. A letra mistura a dança entre os dois com elementos de perigo, beleza e melancolia. O refrão final exibe a interação de luz e sombra ao longo da letra e reflete a dualidade do amor e da perda.
– Musicalmente, como você a descreve? Na verdade, começou bem aleatoriamente durante uma jam session. Eu estava brincando com uma melodia sobre uma bateria estilo bossa nova e acordes sutis inspirados por influências de jazz e neo-soul. Depois que tive essa base, soube que queria transformá-la em algo mais. Então adicionei uma guitarra blues e a coloquei em camadas com meu estilo vocal suave que evocava intimidade e intensidade. Adicionar letras sinceras foi o passo final; como alguém que ama poesia, foi um processo agradável que se baseou tanto na minha história pessoal quanto na minha criatividade.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que mereça destaque? Esta é minha primeira música, o que parece surreal porque passei a maior parte da minha vida como estudante de psicologia clínica. A música sempre foi minha paixão, no entanto, e foi isso que impulsionou esta criação. É um novo capítulo para mim, e espero que esta música ressoe com as pessoas que se conectam com sua emoção e beleza. Também espero que inspire outras pessoas apaixonadas por música a dar esse salto e ir atrás de seus sonhos — porque se é algo que você realmente ama, nunca é tarde para começar a criar.
Respostas Angie 444
Ballad Of Our Body & Soul – “Eclipse” – (EUA)
– Descreve em poucas linhas o que é este lançamento. Este é Joe do Ballad Of Our Body & Soul. Eclipse é nosso primeiro single inspirado em Us and Them do Pink Floyd.
– Como vocês enxergam a versão original dessa música e do álbum da música do Pink Floyd? A música explora meu dia em que pudemos ver um eclipse solar em Nova Jersey, bem como minha mentalidade que me ajudou a escapar da depressão. “Atrás da escuridão há uma luz” representa que tempos ruins serão seguidos por momentos bons. Existem muitos outros exemplos de simbolismo ao longo da música que tentam transmitir mensagens de esperança de que os bons tempos estão chegando.
– O que, em especial, sua verão tem de inovação, de novo? Gravamos essa música com o Blue Light Recording Studios e seu engenheiro de áudio Zack Kronish. Ele foi uma excelente ajuda e até adicionou os ventos que você ouve ao fundo. Ele captou esse som de um vídeo de alguém tocando no local exato onde eu estava quando o eclipse aconteceu. Apesar da duração da música, acreditamos que ela parece muito mais curta do que realmente é. Isso demonstra nosso fraseado e dinâmica excepcionais. Cada instrumento tem um propósito e quase pinta um quadro.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que mereça destaque? Acreditamos que o destaque deve ser as diferentes dinâmicas que exploramos na música, mantendo o mesmo sentimento positivo e flutuante. Talvez até destaque que para uma primeira música isso é bastante excepcional.
Respostas Ballad Of Our Body & Soul
TILLA – “Champion” – (Noruega)
– O que te inspirou a fazer essa música?
Tal : Eu criei essa música com meu querido amigo Sid Hart, que escreveu a letra sobre desejo e solidão. O som é inspirado em R&B e trip-hop inglês, que nós dois amamos. Este é meu primeiro lançamento onde eu canto algo que não escrevi sozinho, me sinto abençoado e orgulhoso de poder colaborar com meus amigos talentosos!
Sid Hart: Às vezes, ficamos tão absorvidos por uma pessoa que deixamos nosso próprio valor de lado por um pouco de atenção. “Champion” não é sobre autorreflexão — simplesmente diz: “Eu não me importo; eu só quero você.”
– Que mensagem isso transmite ao público?
Tal : Acho que é fácil fingir que não temos esses sentimentos de vez em quando, e isso é uma parte tão humana de nós.
Sid Hart: A cultura de namoro de hoje nos empurra para sermos autossuficientes e nunca precisarmos de ninguém, o que pode ignorar um sentimento humano básico: solidão. Mesmo que não seja necessariamente saudável precisar de alguém, o sentimento é real, e essa música explora isso.
Zac Adams – “Joy In The Morning” – (Nova Zelândia)
– Quem é Zac Adams? Zac Adams é um cantor e compositor cristão da Nova Zelândia. Eu escrevo músicas que falam sobre fé, esperança e a experiência humana, extraindo tanto das minhas lutas pessoais quanto das vitórias na minha jornada com Deus. Meu objetivo é inspirar e encorajar os outros através de canções que carregam mensagens significativas e emoção genuína.
– Que história você retrata na letra, e qual é sua mensagem universal? “Joy in the Morning” fala sobre encontrar esperança e renovação após temporadas de dor e luta. Inspira-se na promessa bíblica do Salmo 30:5, “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” A música reflete a jornada de caminhar pela escuridão e confiar que a luz de Deus trará cura e paz. Sua mensagem universal é que, não importa quão difícil a vida se torne, sempre há esperança e alegria do outro lado se nos segurarmos e confiarmos na fidelidade de Deus.
– Como você descreveria a música musicalmente? A música mistura melodias edificantes com uma entrega vocal sincera. Está enraizada na música cristã contemporânea, mas incorpora elementos de folk e pop, criando um som acolhedor e suave. A instrumentação, com guitarras acústicas e leve percussão, complementa a mensagem de conforto e esperança da canção.
– Por que você escolheu esta foto para a arte da capa? A arte da capa apresenta uma imagem de um amanhecer surgindo sobre o horizonte, simbolizando a chegada de um novo dia e a promessa de alegria após as dificuldades. As cores e a composição refletem o tema da luz triunfando sobre a escuridão, que se alinha perfeitamente com a mensagem da canção.
– Qual é a conexão entre esta música e a Nova Zelândia? Como artista da Nova Zelândia, meu entorno frequentemente inspira minha música. “Joy in the Morning” captura a beleza e a resiliência que observei em minha terra natal—como mesmo após tempestades, o amanhecer aqui parece um novo começo. As paisagens naturais da Nova Zelândia também servem como uma metáfora para a mensagem de renovação e esperança da canção.
Respostas Zac Adams