Nessa terra manchada de sangue
estão as nossas raízes,
influências indígenas e africanas
numa luta sem fim.
A nossa travessia veio
com um misto de incertezas
abraçada pela perda do nosso lar
e identidade.
Entoamos o nosso canto,
pedimos bênçãos aos orixás e espíritos.
E cá estamos não para resistir,
mas para fazer valer a nossa luta.
Então Oyá vem conosco.
Abrimos o coração, a mente e o espírito.
Somos todos água, fogo,
vento e tempestade
nesse Brasil de desigualdade.
Clarisse da Costa