Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 152ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Air Traffic Controller – “100%” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Você tem que apresentar essa música para um amigo, o que você diria? Essa música pode ser sarcástica ou sincera. Seja como for, espero que ajude.
– O que esta música diz ao mundo? Se você acredita que tudo vai dar certo, então você tem uma chance de lutar.
– Como e por que surgiu a música? O otimismo é muitas vezes confundido com descuido, o que considero injusto. Não podemos presumir que tudo vai ficar bem e reagir conforme necessário? Certa noite, peguei o violão no escuro, me sentindo incompreendido, e saiu “100%”. Vejo duas maneiras de lidar com más notícias: esperar que as coisas melhorem ou fazer com que as coisas melhorem. Por outro lado, escrevo tantas músicas sobre dor, sofrimento e tempos difíceis, o que prova que isso não é “100%” exato.
– Musicalmente, como você descreve isso? Nossa versão acústica ao vivo traz um novo significado à música. É uma guitarra e três vocais, como um – cale-se, bebezinho, não chore, canção de ninar. Já no álbum a mensagem é mais parecida com – pare de chorar, querido! A versão do álbum tem a mistura exclusiva de sons orgânicos e eletrônicos da ATC. A letra descreve uma tempestade se aproximando e no estúdio criamos momentos na música onde as coisas realmente soam como se estivessem desmoronando. Nós nos divertimos muito gravando e você pode ouvir isso na mixagem, especialmente no final, quando estamos todos gritando e rindo juntos. Isso ajuda a transmitir a mensagem, porque às vezes as coisas vão mal e você só precisa rir.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você gostaria de destacar? Este é o primeiro de vários vídeos de performance acústica do ATC a serem compartilhados nas próximas semanas, seguido por um EP acústico ainda este ano.
Air Traffic Controller
Ryan Wayne – “Ready My Love” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– O que diz a letra da música? As letras dos versos exploram temas de arrependimento, escapismo e perda. Estas são justapostas a uma mensagem muito simples no refrão que oferece um compromisso mais esperançoso com o crescimento pessoal.
– Qual é a mensagem dela para o mundo? Na forma mais simples, suponho que a mensagem é que nunca é tarde para mudar.
– Como e por que surgiu a música? “Ready My Love” começou como uma colaboração com o compositor, baixista e velho amigo Alex Needleman, que me enviou alguns arquivos, incluindo um drone de sintetizador particularmente hipnotizante. A letra partiu principalmente de anotações e reflexões/lições aprendidas durante a recuperação de alguns AVCs que sofri em 2022.
– Há alguma curiosidade sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Na época em que Alex e eu começamos a trabalhar na música, eu estava tocando algumas músicas funk dos anos 70 com meu time de hóquei (eu jogo em uma liga de hóquei artístico) e fiquei impressionado com o quanto foi expresso nessas músicas com tão poucos acordes. . Eu me perguntei até onde eu poderia levar uma música folk básica de dois acordes sobrepondo instrumentos e focando mais no groove e na dinâmica.
Respostas Ryan Wayne
Alberto Caicedo – “La luna fue testigo” – (Colômbia) – [MINI ENTREVISTA]
– Qual a ideia da letra, o que a música diz? A ideia da letra é uma história de amor. É minha própria história.
– Qual a mensagem dela? A mensagem da música é que, para o amor dar certo, deve haver sinceridade, apoio e comprometimento de ambas as partes.
– Como esta canção surgiu, o que a inspirou? A música é inspirada em minha própria história de amor com minha esposa.
– O que esta música diz sobre seu país, a Colômbia? “La luna fue testigo” refere-se a uma tradição em meu vilarejo, Guapi, Colômbia, em que cantamos sob a lua cheia, as “lunadas”. É a maneira como me relaciono com a lua, que sempre esteve observando toda a minha história.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar? A música tem uma fusão de salsa com ritmos afro-colombianos, como, nesse caso, o “chande”.
É o primeiro single de meu terceiro álbum, intitulado “Horizonte”.
Respostas Alberto Caicedo
Uno Gold – “Green and Red” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Você tem que apresentar esta música a uma amigo, o que diria? Eu diria ao meu amigo que temos uma nova música de rock que é uma homenagem aos amigos e familiares do uno gold. Vermelho e Verde é uma homenagem aos nossos grandes amigos com quem nos encontramos todo Natal para uma festa de fim de semana. É também uma ode às minhas raízes pessoais como ítalo-americana e tem muitas letras dedicadas à minha viagem à Itália no verão passado.
– Como e por que a música surgiu? A música foi tocada pela primeira vez durante uma jam aleatória na garagem do nosso baterista. Na verdade, eu não comia há vários dias, mas me sentia muito enérgico, forte e claro, e a música veio até nós na hora
– Qual a ideia da capa da música? A arte da música foi criada pelo nosso baixista Alec. Representa a equipe do Uno Gold e todos os nossos muitos amigos que amam e apoiam a banda
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar? Esta é uma das seis músicas que gravamos durante nossa primeira sessão de estúdio profissional. Temos muito mais músicas que lançaremos durante o resto do ano.
Respostas Uno Gold
Spencer Jo – “Talking to Myself” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– Você tem que apresentar essa música para um amigo, o que você diria?
Minha nova música “Talking to Myself” é sobre como diferentes tipos de pessoas vivenciam a pressão em torno da sobrevivência e do bem-estar. Mostra a hipocrisia das expectativas modernas de saúde e bem-estar das classes média e alta, colocando-as lado a lado com as experiências vividas pelas classes pobres e trabalhadoras.
– O que essa música diz ao mundo? “Talking to Myself” é um apelo ao pensamento crítico, à compaixão e à justiça. Nos últimos anos, o bem-estar mental, espiritual e físico entrou no discurso dominante de forma significativa. No entanto, as nossas sociedades não estão preparadas para apoiar esta mudança de paradigma. Como resultado, classes inteiras de pessoas estão a escapar pelas fendas e uma superioridade moral é exercida sobre elas por aqueles que têm o privilégio de acesso desproporcional ao autocuidado. Essa música é um tiro contra essas injustiças socioeconômicas.
– Como e por que a música surgiu? Perdi muitos entes queridos devido ao suicídio, aos opioides e à epidemia de saúde mental. “Falar consigo mesmo” é apenas isso – uma conversa consigo mesmo para ajudar a perceber a situação dos outros. Escrevi essa música para tentar ajudar as pessoas a suavizar as experiências daqueles que perdemos.
– Musicalmente, como você descreve isso? É uma das músicas mais animadas do disco. Escrevi dessa forma para tornar o conteúdo da letra mais acessível. Esta música é sobre conversas que precisamos ter conosco mesmos – pessoal e socialmente. Quero que as pessoas sintam que podem cantar junto as coisas importantes.
– Há alguma curiosidade sobre esse lançamento que você gostaria de destacar? “Talking to Myself” é um single do meu próximo álbum. A Água sai dia 29 de maio!
Respostas Spencer Jo