Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”.
Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 173ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes da playlist.
Debra-Jean Creelman – “Heavy Blow” – (Canadá) – [MINI ENTREVISTA]
– Você tem que apresentar essa música para um amigo, o que você diria? É uma música animada, movida por metais, com Jasmin Parker (Mother Mother) e JP Carter (Destroyer)
– O que essa música diz para o mundo? É sobre não se conformar com as normas sociais.
– Como e por que a música surgiu? Pedi a um amigo para gravar um loop de bateria, no qual escrevi o verso e a melodia do refrão. Então Jo Hirabayashi arranjou todos os metais e escreveu a melodia da ponte.
– Há alguma curiosidade sobre esse lançamento que você gostaria de destacar? Gravamos um vídeo ao vivo para “Heavy Blow”, que será lançado no YouTube também em 12 de julho.
Respostas Debra-Jean Creelman
Chaz – “Spy Girl” – (Estados Unidos) – [MINI ENTREVISTA]
– Você tem que apresentar essa música para um amigo, o que você diria? Essa música foi escrita para minha filha, que é superinteligente e adora a ideia de fantasia e de tornar as pessoas melhores. É essencialmente a celebração da energia e da perspectiva incansável da juventude.
– O que essa música diz ao mundo? Para perseverar, alcançar e compartilhar o sucesso com os outros.
– Como e por que a música surgiu? “Spy Girl” é, em termos musicais, uma peça lírica sobre uma jovem que vê o mundo através de uma lente diferente. Ela está quebrando o sistema, mas não para ganho próprio, mas para a melhoria do ambiente de todos.
– Qual a proposta para o cover da música? A ideia original era uma jovem que espionava uma organização com um grande cofre cheio de joias e dinheiro com a intenção de redistribuir a riqueza para aqueles que mais a mereciam.
– O que essa música diz sobre o seu país, os EUA? Ficamos cansados da idade adulta, das experiências e de viver na riqueza. Viajei pelo mundo e vi quase tudo. No entanto, quando olhamos para os jovens de hoje na América, eles não estão cansados de certas ideologias do sistema. Eles têm as ideias e, esperançosamente, a tenacidade para seguir em frente no mundo e alcançar o que a minha geração não conseguiu. Percorremos um longo caminho, mas ainda há um longo caminho a percorrer. O desejo de que todos estejam conectados e compassivos, com a ideia de que isso é. NOSSO mundo, todo nosso, e devemos manter nosso espírito jovem para não cometer os erros do passado. Nossa geração futura é brilhante e muito mais misericordiosa, sei que farão grandes coisas!
Respostas Chaz
Demi Dawn – “Sunshine” – (Holanda) – [MINI ENTREVISTA]
– O que diz a letra da música? Esta música é sobre conhecer alguém e se apaixonar. Quando você tem uma queda por alguém, pode parecer que essa pessoa ilumina todos os seus dias. Nesses momentos, é como se você pudesse ver o sol brilhar sempre que a pessoa sorri, isso é exatamente sobre o que fala essa música. A letra é bastante auto explicativa, mas em geral a música é sobre se apaixonar e encontrar alegria na presença de outra pessoa.
– Qual sua mensagem ao mundo? Às vezes, nossa música é sobre se divertir e, às vezes, olhamos para nós mesmos e como interagimos com o mundo com introspecção. Enfim, queremos que nossa música faça as pessoas sentirem algo ou pensarem. Quando se trata da categoria de músicas introspectivas, tudo o que queremos é que aquela pessoa que está tendo um dia ruim ouça uma de nossas músicas e se sinta um pouco melhor. Nossas músicas tendem a ser sobre emoções com as quais as pessoas podem se identificar, mas nem sempre falam (como ‘Fake’ ou ‘When I Grow Up’). Esta música em particular é literalmente feita para fazer as pessoas felizes, o que é claro que também é algo com que esperamos que os ouvintes possam se identificar.
– Como e por que a música surgiu? Alan criou a parte instrumental. Assim que Demi ouviu, ela se apaixonou pela vibe, escreveu a letra e compôs a melodia vocal. Nosso processo é um de cooperação, respeito mútuo e colaboração, então sempre há muita comunicação de ida e volta , especialmente antes da gravação e durante a fase de mixagem. Sabíamos que ambos amávamos o que a música poderia ser, e queríamos que fosse um dos nossos melhores trabalhos, então tivemos muitas, muitas versões desta música antes de lançá-la. Estamos extremamente orgulhosos do resultado final.
– Há alguma curiosidade sobre este lançamento que você queira destacar? Provavelmente a coisa mais interessante sobre nós é como nos conhecemos! Nós dois fazemos parte de uma comunidade/competição de música online que faz algumas músicas por mês em grupos e depois votamos em qual é a melhor. A competição se chama “Game of Bands”. Quando Demi se juntou como letrista – a competição é dividida em 3 categorias: música, letras e voz – em sua primeira rodada, ela foi colocada em uma equipe com Alan como vocalista. Alan entrou em contato com Demi para ver se ela queria fazer um cover juntos. O que deveria ser algo único acabou se tornando uma parceria de três anos que ainda está indo forte. Claro, devido a circunstâncias pessoais, nem sempre somos capazes de fazer tanta música quanto gostaríamos. Demi é mãe de um bebe de 15 meses, o que limita seu tempo, mas tentamos fazer música quando podemos. Demi mora na Holanda e Alan mora no Brasil, então nunca nos conhecemos pessoalmente. Mas, depois de anos trabalhando juntos e depois de inúmeras ligações, nos consideramos muito bons amigos.
Além disso, especificamente para esta música, estamos fazendo um videoclipe mais elaborado do que o que fizemos no passado. No passado – para nossas músicas originais – fizemos vídeos com letras, mas nunca realmente videoclipes. Este será o maior “videoclipe” que já fizemos!
Respostas Demi Dawn
Café da Manhã – “Fósforo” – (Suíça) – [MINI ENTREVISTA]
– O que diz a letra da música e qual sua mensagem? A música “Fósforo” fala sobre um palito de fósforo que aguarda em uma caixa o momento de ser usado. O palito de fósforo reflete sobre sua curta vida útil e a possibilidade de acender várias coisas, como uma vela, um cigarro ou um fogão. Ele expressa o desejo de ser escolhido para iluminar a vida de alguém por um curto período de tempo e de trazer o melhor em uma comemoração, mesmo que sua chama acabe se apagando.
– Como e por que esta música surgiu? Curiosamente, de um exercício de composição de músicas chamado “object writing”. Você pega um objeto aleatório e escreve sobre ele por 10 minutos sem parar. Belas ideias surgem desse brainstorming e assim, peça por peça, nasceu o Fosforo.
– Musicalmente, como você a descreve? Damos vida à música brasileira fresca e acústica com nossos arranjos animados de samba e bossa nova. Com a nossa batida envolvente e energia inconfundível, criamos uma atmosfera que inevitavelmente convida você a dançar.
– O que esta música diz sobre o seu país, a Suíça? Nossa música não é sobre nosso país, mas sobre nossa paixão. Somos uma banda da Basiléia, Suíça, com um grande amor pela música brasileira. Nosso guitarrista Daniel Messina é originalmente do Brasil. Começamos como uma dupla há oito anos. Descobri meu amor pela bossa nova desde cedo e me esforcei para aprender português rapidamente.
– O que representa a capa da música? A capa foi criada pelo meu grande amigo Noé Herrmann, um talentoso artista gráfico da Basiléia. Assim como em nosso álbum de estreia, queremos que nossas capas tenham um visual vintage. Ele nos fez essa sugestão e ficamos imediatamente entusiasmados.
Respostas Debora – Café da Manhã
Nasty Neighbours – “Caipirinha Caipiroshka” – (Argentina) – [MINI ENTREVISTA]
– Em resumo, o que é esta música? “Los Nasty“ somos “vizinhos desagradáveis” – os vizinhos que nunca quis ter. E isto não é uma piada – a não ser que gostes de rock ou tenhas bons tampões para os ouvidos. A música é punk rock/rock alternativo, muitas vezes com uma piscadela, sempre carregada de energia.
– O que você canta na letra e qual sua mensagem ao mundo? Algumas das letras dos Nasty Neighbours tratam de temas sérios, como In my Brain, sobre ansiedade. A vocalista Karina Kaos está amaldiçoada. O mundo é controlado por vampiros. VIP é dedicada aos aspirantes a VIPs – aqueles que se sentem tão importantes como nunca o serão na vida. De seguida, celebramos com “Caipirinha, Caipiroshka“, a nossa ode às duas bebidas. A letra é, obviamente, irrelevante para os brasileiros: A receita em forma de canção.
– Como e por que esta música surgiu? “Los Nasty” foram formados numa pequena e velha casa em Buenos Aires, entre Karina Kaos e eMon. Karina tinha acabado de passar por uma grave doença. E o que as duas precisavam era o que a Nasty é hoje: energia positiva, música que entra nos ouvidos e nos músculos da dança.
– O que esta música sobre seu país e sobre o Brasil? Embora a faixa seja sobre caipirinha, provavelmente diz mais sobre a Argentina: A imagem onírica do Brasil, todas as associações que a simples pronúncia de “capirinha” traz consigo. Mas, para ser sincero: Nós adoramos essa bebida (e o Brasil, é óbvio).
– Há alguma curiosidade sobre o lançamento que você queira destacar? Nasty Neighbours só existe desde 2023, mas muita coisa aconteceu desde então. O álbum “Nastysimo” foi lançado a 14 de junho – e “Los Nasty” estão atualmente a apresentá-lo numa digressão de cinco semanas pela Europa. O álbum inclui os dois primeiros EPs, regravados, parcialmente rearranjados – tudo old school, sem autotune, bateria, baixo e guitarra gravados em estúdio.
Respostas Nasty Neighbours