12 de maio de 2025

Playlist “Além da BR” #270 – Sons do mundo que chegam até nós

Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 270ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.

Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.

Tall Bird “Valley of The Crooked Trees” – (Reino Unido)

Qual é a melhor descrição dessa música, seu conceito geral?

Martin: Tanto essa música quanto o álbum inteiro são uma carta de amor à beleza da natureza escandinava.

Petter: Temos mesclado música folclórica com música tradicional sueca e estilos mais contemporâneos. Também temos nos inspirado muito em sons vintage antigos.

Qual é o tema da música? Tentamos mesmo pintar um quadro da natureza do norte da Escandinávia com sons. Tentamos mesmo trazer uma esperança melancólica à composição.

O que motivou a composição?

Martin: Tentamos várias ideias diferentes e trocamos conceitos, e essa ideia nos chamou a atenção. Petter criou a estrutura dos acordes e eu construí os instrumentos de sopro em cima disso.

Petter: Trabalhamos assim durante a maior parte do processo de composição do álbum. Trocando ideias e deixando as músicas crescerem organicamente. Quando tínhamos uma ideia que dava certo, geralmente tentávamos reduzi-la ao essencial da música. Removendo elementos, encurtando trechos, etc.

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar?

Martin: O álbum inteiro destaca os belos contrastes e combinações do folk tradicional e do jazz contemporâneo/música clássica.

Petter: Também é muito baseado em improvisação!

Respostas Martin/Petter

Tim McInnes – “When I Get Low I Get High (Marion Sunshine Cover)” – (Canadá)

O que é este lançamento? When I Get Low I Get High” é uma canção escrita pela primeira vez por Marion Sunshine em 1931. Tornou-se popular em 1938, quando Ella Fitzgerald a cantou com a orquestra Chick Webb. Esta é a minha versão dela.

Como você vê a versão original da música? Procurei a música na Wikipédia e ela me deu todo o histórico dela.

Por que você decidiu gravá-lo? O Canadá tinha acabado de legalizar a compra e venda de maconha em 2018, no dia 1º de julho, que coincidentemente é o Dia do Canadá. Achei que seria fofo chamar o Dia do Canadá de “Dia da Cannabis” e fazer uma longa introdução sobre como se drogar legalmente para a ocasião. A versão da música que me inspirou foi do “Speakeasy Three“, lançado por volta de 2010.

O que há de especial na sua versão? Certamente a introdução é especial, onde divago sobre a maconha agora ser legalizada no Canadá e sobre a música em si. Achei que Marion Sunshine fosse um nome “hippie”, para 1931.

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Sim, a introdução é certamente curiosa.

O que a letra diz e qual é a sua mensagem? A letra fala sobre os relacionamentos complexos que às vezes temos com nossas figuras parentais e como às vezes nos tornamos eles inesperadamente com o passar do tempo.

O que inspirou a composição? Esta música foi inspirada durante uma estadia em uma pequena fazenda perto de Atlanta, Geórgia, nos últimos 4 anos, e durante o reencontro com a família.

Em termos musicais, o que você propõe e quais artistas/gêneros são referências? Esta faixa é inspirada em folk como Vashti Bunyan, Karen Dalton, folk-rock como os Byrds, e também um pouco de country/americana, como Dwight Yoakam e Gram Parsons.

Afinal, quem é o artista Mystic Toad? O Sapo Místico vive em algum lugar e faz o melhor que pode para aproveitar a vida e ser um sapo mágico .

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Esta é a primeira faixa do meu novo EP “A Night at the Lost Palms Hotel” agora disponível em todas as plataformas de streaming. Foi gravado em Nashville com o produtor Daniel Dennis. Muito obrigado, paz e magia, Mystic Toad .

Respostas Tim McInnes

Mystic Toad – “Whiskey Bitters” – (EUA)

O que a letra diz e qual é a sua mensagem? A letra fala sobre os relacionamentos complexos que às vezes temos com nossas figuras parentais e como às vezes nos tornamos eles inesperadamente com o passar do tempo.

O que inspirou a composição? Esta música foi inspirada durante uma estadia em uma pequena fazenda perto de Atlanta, Geórgia, nos últimos 4 anos, e durante o reencontro com a família.

Em termos musicais, o que você propõe e quais artistas/gêneros são referências? Esta faixa é inspirada em folk como Vashti Bunyan, Karen Dalton, folk-rock como os Byrds, e também um pouco de country/americana, como Dwight Yoakam e Gram Parsons.

Afinal, quem é o artista Mystic Toad? O Sapo Místico vive em algum lugar e faz o melhor que pode para aproveitar a vida e ser um sapo mágico .

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Esta é a primeira faixa do meu novo EP “A Night at the Lost Palms Hotel” agora disponível em todas as plataformas de streaming. Foi gravado em Nashville com o produtor Daniel Dennis. Muito obrigado, paz e magia, Mystic Toad .

Respostas Mystic Toad

A.D.A.M. Music Project – “Punch Out” – (EUA)

Qual a melhor descrição que você poderia dar para essa música? Boxe, videogame e hard rock se unem para dar ao ouvinte um “golpe” nos “ouvidos”. rsrs

Em termos musicais, o que você propõe e quais artistas/gêneros são referências? Esta é uma música com muitas influências e estilos de rock. Gostamos de pensar que é a mistura perfeita de rock antigo e novo, com uma boa dose de testosterona e agressividade.

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? “Punch Out”, a faixa-título do último álbum do ADAM Music Project, é um hino do rock de alta octanagem que mistura riffs contundentes e refrãos antológicos com uma referência ao clássico videogame de Mike Tyson dos anos 80. Liderada pelo fundador Adam DeGraide e Dameon Aranda, com os vocais poderosos de Gabe Aranda e o trabalho de guitarra afiado de Adam e Dameon, a música captura a emoção das batalhas de videogames clássicos e modernos. Esta música oferece um tributo caótico e eletrizante à cultura dos jogos retrô, com participações especiais surpreendentes e uma mistura de humor e heroísmo. É uma viagem selvagem e nostálgica que mescla a fúria desenfreada do rock com a nostalgia dos videogames, tornando-se um destaque para fãs de ambos os mundos. (Obrigado, Grok, pela ajuda com esta resposta! rsrs)

É possível estabelecer uma conexão entre essa música e o seu país, os Estados Unidos da América? Apenas no sentido de que Punch Out é muito americano em sua popularidade e nós, da AMP, somos todos americanos. Mas sentimos que boxe, videogames e hard rock são para todos… em todos os lugares!

E qual é a ideia e a proposta do videoclipe? Quando estávamos escrevendo o conceito para o videoclipe, queríamos homenagear o antigo esporte e um dos maiores filmes de boxe de todos os tempos, “Rocky“, tudo isso misturado a uma performance musical e visual clássica, porém inovadora. Sentimos que fizemos exatamente isso.

Respostas A.D.A.M. Music Project

Juki – “Holiday” – (Suécia)

Qual é a melhor descrição deste lançamento? É o primeiro single do meu terceiro lançamento. Meus 9 ouvintes mensais no Spotify ficarão muito felizes que estou lançando material novo. 😉

O que você retrata nas suas letras e qual é a sua mensagem? A resposta curta é que esta música é literalmente sobre precisar de férias. Moro na Suécia, mas sou originalmente da África do Sul, então estou acostumado com um clima quente – bem diferente do frio, cinza e neve que estou enfrentando agora. A letra fala sobre o desejo de estar em um lugar com clima quente e pessoas lindas ao redor, porque eu acredito que, por algum motivo, as pessoas mais bonitas sempre estão nos lugares com o melhor clima.
“All the beautiful faces in all the beautiful places” (Todas as faces bonitas em todos os lugares bonitos)
Me levem para lá! 🙂

O que inspirou a composição? Acredite ou não, essa música foi originalmente escrita e enviada para o Robbie Williams para o próximo álbum dele. Não parece uma música típica do Robbie Williams, e isso porque as referências que me enviaram eram do Britpop dos anos 90 e outras faixas de rock alternativo/indie. No fim das contas, a música não foi escolhida pelo Robbie e ficou engavetada por dois anos. Quando a ouvi novamente alguns meses depois, achei que era divertida demais para ser descartada, então resolvi fazer minha própria versão dela.

Sobre os arranjos e instrumentos da música, qual é o seu comentário? Mesmo sendo um “one man show”, eu queria que esse EP soasse como uma banda, então ele tem uma sensação bem solta e vibrante, como se fosse tocado por um grupo.

Há algo curioso sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Além do fato de que eu realmente não sei cantar e, com orgulho, não disfarcei isso usando autotune ou Melodyne, acho que a música tem um charme “_faça você mesmo” (_DIY), e quis manter essa pegada crua. Não sei se “DIY” se traduz bem para o português, hahaha.

Respostas Juki

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