Somos uma revista de arte nacional, sim! No entanto, em respeito à inúmeras e valiosas sugestões que recebemos de artistas de diversas partes do mundo, criamos uma playlist chamada “Além da BR”. Como uma forma de estende-la, nasceu essa publicação no site, que agora chega a sua 274ª edição. Neste espaço, iremos abordar alguns dos lançamentos mais interessantes que nos são apresentados.
Até o primeiro semestre de 2024 publicávamos também no formato de texto corrido, produzido pela redação da Arte Brasileira. Contudo, decidimos publicar apenas no formato minientrevista, em resposta aos pedidos de parte significativa dos nossos leitores.
Pretty Dealer – “Por tu culpa” – (Espanha)
– O que você diz especificamente na letra? A letra conta uma história de desgosto em um relacionamento, tentando transmitir algo que todos nós já vivenciamos em algum momento de nossas vidas.
– O que deu origem à composição? A composição surgiu, como sempre, discretamente, no meu estúdio em casa, onde me sinto mais confortável. Tenho sempre um lanchinho comigo e, com paciência, faço o que mais gosto: compor músicas.
– Em quais artistas esse reggaeton é inspirado? Sinceramente, não ouço muito reggaeton, então toda vez que uso uma batida desse gênero tento aproximá-la mais do meu estilo, que sempre foi o trap, e com o tempo evoluí para um estilo que considero “muito meu”.
– Quem é a cantora e compositora Pretty Dealer? Pretty Dealer é Pedro José Pilar Irles, um rapaz de 25 anos do bairro que está envolvido com o mundo da música desde a escola, compondo suas próprias canções e sempre acompanhado de um grande sonho, que é viver daquilo que mais ama.
– Há algum fato interessante sobre o lançamento que você gostaria de destacar? Quero enfatizar que isso não seria possível sem as pessoas que me cercam e me apoiam todos os dias.
Respostas Pretty Dealer
Emiko – “Fighting Under Water (Acoustic Version)” – (EUA)
– Sobre o que é esse lançamento? Esta música, Fighting Under Water, foi a primeira que escrevi para o meu álbum “LA After the War”. A música fala especificamente sobre encontrar a força para SER o apoio de alguém que precisa de você. Que, não importa o que aconteça, às vezes você precisa deixar de lado a própria dor para ser forte e encorajar alguém que precisa de você.
– Que ideias você desenvolve na letra da música? Embora a música pareça triste à primeira vista, a letra, na verdade, conta a história de uma conversa secreta entre alguém que está sofrendo e busca ajuda, e a outra pessoa, também sofrendo, encontrando forças para se levantar e oferecer apoio. Nesse sentido, espero que as pessoas se inspirem e se energizem com a música, em vez de tristeza. A frase do refrão, _”I’ll leave the light on, for you, for you, for you” (_Deixarei a luz acesa, por você, por você, por você), diz às pessoas que sempre há esperança e que nunca devemos desistir. Apoio está disponível.
– O que originou isso, o que inspirou a composição? Tive uma conversa com alguém muito especial há algum tempo. Percebi que ele estava com um pouco de dificuldade e suspeitei que estivesse com muita dor. Só quando ele me procurou e me contou detalhadamente o quanto estava sofrendo é que a verdade veio à tona. Percebi que o contato deles comigo foi tão especial. Foi, na verdade, um presente – um presente de confiança e esperança. Fiquei acordada a noite toda conversando com ele até que se acalmasse e disse que estaria sempre ao seu lado. 24 horas por dia, 7 dias por semana. É aí que…
“Vou deixar a luz acesa” veio de.
– O que a capa da música representa? A arte da capa é a de um aeroporto. Para mim, isso tem um significado profundamente pessoal na minha vida. Mas, para outros, espero que vejam isso como uma jornada e que, não importa onde estejam, sempre possam voltar para casa.
– Há algo curioso que você gostaria de destacar? Só que os eventos que me levaram a escrever “Fighting Under Water” me ensinaram como e onde encontrar força. Espero que novos ouvintes que ouvirem essa música saibam que também têm força e apoio dentro de si.
Respostas Emiko
Phoenix Dark – “Another Starry Night” – (Reino Unido)
– Descreve, em algumas linhas, o que vem a ser este lançamento. Também explique quais ideias você desenvolve na letra da música. Another Starry Night é uma canção sobre felicidade e uma perspectiva de um futuro brilhante com a pessoa que você ama.
– O que a originou, o que inspirou a composição? A ideia nasceu em uma noite quente e clara, enquanto caminhávamos para casa depois de uma festa com minha família. Um dos nossos filhos olhou para cima e disse: “Papai, você consegue ver as luzes no céu?”. Acho que eram Vênus e Júpiter, na verdade; mas imediatamente ficou na minha mente como uma ótima letra, e as outras palavras simplesmente se encaixaram.
Eu já tinha uma progressão de acordes simples em mente há muito tempo, mas nunca tinha encontrado um tema adequado para acompanhá-la. Agora tudo fazia sentido, a letra e a música se encaixavam de forma rápida e natural!
– O que representa a arte de capa da música? A arte da capa é uma peça que representa calma e conforto na companhia de um bom amigo ou ente querido.
– Há algo de curioso que você queira destacar? O que mais gosto na peça é como as harmonias se desenvolvem em 2 e 3 partes no final e terminam em uma expressão alegre!
Obrigado pelo seu tempo e espero que você goste dessa música tanto quanto nós gostamos de produzi-la!
Respostas Phoenix Dark
ARIA – “Jaguar” – (EUA)
– Descreve, em algumas linhas, o que vem a ser este lançamento. O single mais recente de ARIA, “Jaguar“, entra em cena com uma batida fluida e com graves pesados, que poderia facilmente se encaixar na programação noturna de Tyga. Desde o início, fica claro que esta faixa foi feita para volume — janelas abaixadas, alto-falantes ligados.
– Quais ideias você desenvolve na letra da música? Em termos de letras, ARIA está em modo totalmente flexível. Ele percorre a batida com precisão aguçada, se esforçando para ficar à frente da concorrência, trabalhando sem parar, empilhando seu papel e se movendo com delicadeza sem esforço. Sua entrega é tranquila, mas assertiva, combinando um fluxo rápido com versos firmes e polidos que nunca erram o alvo.
– Há algo de curioso que você queira destacar? Um dos momentos mais memoráveis? A interpolação inteligente de ARIA do refrão “Money Ain’t a Thing“, de Jermaine Dupri. Ele o reinventa com um toque moderno, criando um refrão pronto para a balada que remete à história do hip-hop, mas ainda soa inegavelmente atual.
“Jaguar” não é apenas mais um hino flexível — é uma declaração. ARIA continua a trilhar seu caminho, provando que não está apenas acompanhando — ele está ditando o ritmo.
Respostas ARIA
Jason Callear – “Westside” – (Reino Unido)
– Descreva, em poucas linhas, o que é esse lançamento. E que ideias você desenvolve na letra da música? “Westside” captura as lutas de crescer em meio a tempos difíceis, o desejo de seguir em frente e encontrar algo “melhor”, com a compreensão de que nossas raízes nunca nos abandonam de verdade. A canção fala a todos que enfrentaram adversidades e superaram com mais força.
– O que originou isso, o que inspirou a composição? Eu queria escrever um conto, um lembrete poderoso da importância da resiliência, da perseverança e dos valores que aprendemos, além de uma celebração das comunidades que moldam nossas identidades.
– O que a capa da música representa? A capa mostra a personagem principal olhando do ferro-velho decadente para as luzes brilhantes da cidade grande, presumindo que esta seria uma vida melhor. No final, haverá coisas boas e ruins em todas as situações e, na história, a personagem volta para casa.
– Há algo curioso que você queira destacar? Minhas músicas são criadas em um pequeno estúdio caseiro e eu toco todas as partes. Cuido e me orgulho da apresentação das faixas.
Respostas Jason Callear